Catastrofização da dor: comparação entre grupos de uma amostra clínica e não clínica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Helena Catarina Freitas
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/26218
Resumo: O presente estudo visa caracterizar indivíduos com dor crónica lombar ou artrose quanto à intensidade e interferência da dor, ansiedade, depressão e crenças relacionadas com a dor (e.g. catastrofização, controlo percebido sobre a dor, perceção de si próprio). Para tal, foi utilizada uma amostra total de 79 pessoas com idades compreendidas entre os 22 e os 79 anos, com dor crónica lombar ou devido a artrose, seguidas nas consultas de dor da Unidade de Dor do Pólo Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e da Unidade de Dor do Hospital Central do Funchal (amostra clínica) e indivíduos da população em geral, não seguidos em qualquer consulta de dor de uma instituição de saúde nacional (amostra não clínica). Os instrumentos utilizados foram o Brief Pain Inventory (BPI), a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS), a Escala de Desânimo associado à Dor (PCS) e o Survey of Pain Attitudes (SOPA). A catastrofização é definida como um «estado mental» constituído por pensamentos, convicções ou perceções, maioritariamente negativas e irreais que surgem no contexto da experiência da dor ou da sua antecipação. A literatura refere que o desânimo e/ou pessimismo são um dos mais importantes determinantes psicológicos da experiência e dos resultados clínicos da dor, de modo especial quando a dor é crónica. Os resultados deste estudo mostraram que indivíduos com dor crónica apresentam maiores níveis de ansiedade e de depressão quando comparados com a população normal. Além disso, a maioria dos indivíduos apresentam níveis elevados de intensidade e interferência da dor, tendo esta variado entre ligeira e moderada, associada a incapacidade funcional e crenças. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre géneros, com as mulheres a apresentarem valores mais elevados em ambas as dimensões. Em suma, evidenciamos as relações existentes entre as diferentes componentes da dor crónica, sendo referidas algumas implicações clínicas que permitam compreender a dor crónica e melhorar a qualidade de vida do doente
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