Alimentação em final de vida: A opinião dos enfermeiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.16/1362 |
Resumo: | RESUMO A alimentação em final de vida desempenha um papel importante, uma vez que afeta o doente, a família e os próprios profissionais. Os Enfermeiros, sendo aqueles que estão mais próximos do doente, têm como foco da sua atenção e intervenção a alimentação do doente. No entanto, pouco se sabe sobre a sua opinião relativamente à alimentação do doente terminal (Bryon, de Casterlé & Gastmans, 2008). Desta problemática emergem duas questões de investigação: “Qual é a opinião dos Enfermeiros relativamente à alimentação do doente terminal?” e “Como percebem os Enfermeiros o início/suspensão da alimentação no doente terminal?”; bem como dois objetivos centrais: “Conhecer a opinião dos Enfermeiros relativamente à problemática que envolve a alimentação em final de vida” e “Analisar a opinião dos Enfermeiros relativamente ao início/suspensão da alimentação no doente terminal”. Neste sentido foi realizado um estudo descritivo do tipo inquérito e transversal, em que a população é constituída por todos os Enfermeiros que prestam cuidados diretos aos doentes internados nos serviços de medicina (três) do Centro Hospitalar do Porto – Hospital Geral de Santo António. Para a recolha de dados foi construído um questionário de raiz. A amostra é constituída por 74 Enfermeiros, com uma média de idades de 31 anos, maioritariamente do género feminino e com uma experiência profissional média de sete anos. Pouco mais de 66% da amostra possui formação em Cuidados Paliativos, sendo que a média de horas de formação é de aproximadamente de 73 horas. A maioria dos Enfermeiros (63%) pratica uma religião, sendo que a única religião praticada é a Católica. Relativamente à opinião dos Enfermeiros sobre a alimentação em final de vida é possível concluirmos que: • A esmagadora maioria dos Enfermeiros (95%) é da opinião que se deve respeitar a vontade do doente terminal, caso este recuse alimentar-se; • Cerca de 85% dos inquiridos não considera a suspensão da alimentação no doente terminal uma prática negligente; • A maioria dos Enfermeiros (85%) nega que a sua decisão de suspender/continuar a alimentar um doente terminal seja influenciada pelas suas crenças religiosas; 7 • A esmagadora maioria dos Enfermeiros (92%) não concorda que suspensão da alimentação no doente terminal seja sinónimo que este vá morrer à fome; • A maioria dos Enfermeiros não considera que é fundamental colocar uma SNG para continuar a alimentar o doente terminal que apresenta recusa alimentar (96%) ou que se encontra prostrado (80%); • Uma grande parte dos Enfermeiros (84%) considera que a decisão de continuar/suspender a alimentação do doente terminal deve ser tomada pela equipa interdisciplinar (onde estão incluídos o doente e a sua família); • Mais de 87% dos Enfermeiros partilha da ideia que a família pensa que se não alimentarmos o doente terminal este vai morrer à fome; • Perto de 86% dos Enfermeiros considera que é frequente haver atitudes contraditórias dentro da equipa multidisciplinar na decisão de suspender/continuar a alimentar o doente terminal; • Todos os Enfermeiros (100%) concordam que o facto de suspender a alimentação num doente terminal não é sinónimo de o estarmos a matar. |
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