Deteção e quantificação de arsénio inorgânico em arroz

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Alexandra Alberto da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/93003
Resumo: Dissertação de Mestrado em Segurança Alimentar apresentada à Faculdade de Farmácia
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spelling Deteção e quantificação de arsénio inorgânico em arrozDetection and quantification of inorganic arsenic in riceArsénio InorgânicoarrozICP-MStoxicidadeexposiçãoInorganic arsenicriceICP-MStoxicityexposureDissertação de Mestrado em Segurança Alimentar apresentada à Faculdade de FarmáciaOs metais pesados estão naturalmente presentes no ambiente, no caso do arsénio asua exposição ocorre através das águas e dos alimentos, e também por exposição ocupacionalatravés de indústrias. Após exposições a este metal pesado, este não é eliminado doorganismo, onde se pode vir a acumular e levar a uma exposição crónica, provocando efeitostóxicos e nocivos. O arsénio está classificado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre oCancro (IARC) como um agente cancerígeno para o homem (Grupo 1). Os limites máximosde resíduo estão estabelecidos para a água destinada ao consumo humano em 10 μg L-1 etambém para alguns alimentos, dos quais o arroz, com diferentes limites de arsénio inorgânicopara arroz branqueado (0,20 mg Kg-1), para arroz estufado e arroz descascado (0,25 mg Kg-1),e para arroz para a produção de alimentos destinados a lactentes e crianças jovens (0,10 mgKg-1).O arroz é um dos cereais mais consumidos a nível mundial, é também dos cereais queestá mais exposto a este metal pesado devido à sua forma de cultura, por isso é importanteque estejam definidos limites de concentração de arsénio inorgânico no arroz e derivados dearroz.Foram analisadas setenta amostras para quantificar arsénio inorgânico através deespectrometria de massa com plasma acoplado indutivamente. Quarenta e oito amostrasprovenientes recolhidas numa fábrica portuguesa de descasque e embalamento de arroz(Ernesto Morgado, SA) e vinte e duas amostras provenientes de supermercado de diferentesmarcas e tipos de arroz. Em todas as amostras foi detetado arsénio inorgânico, sendo que sófoi possível quantificar em 81% das amostras (57 amostras). A região de origem do arroz queapresenta maior concentração de arsénio inorgânico é a região do Tejo e Sado com um valormédio de 51,1 μg Kg-1, e o Mondego apresenta o valor médio mais baixo de concentração dearsénio inorgânico com 26,84 μg Kg-1. Entre arroz branqueado e arroz integral, é este últimoque apresenta maior concentração média de arsénio inorgânico, 47,07 μg Kg-1. E entre osdiferentes tipos de arroz o que apresenta maior concentração é o grupo denominado “outros”onde se encontram tipos de arroz distintos como arroz preto, arroz selvagem e arrozvaporizado, e com uma concentração média de arsénio de 71 μg Kg-1, seguido de arrozCarolino com 31,66 μg Kg-1 , arroz Agulha com 20,62 μg Kg-1e a menor concentração é doarroz Basmati com 10,36 μg Kg-1.Conclui-se que em nenhuma das amostras é ultrapassado o valor que está estipuladopor lei, e que a avaliação de risco nos diz que não existe perigo na ingestão de arroz, mas nãose pode considerar o arroz como a única fonte de arsénio inorgânico, existe outras fontesque também fazem parte da nossa alimentação.Heavy metals are naturally present in the environment, in the case of arsenic itsexposure occurs through water, food, and by occupational exposure through industries. Afterexposure to this heavy metal, it is not eliminated from the body, where it can accumulate andlead to chronic exposure, causing toxic and harmful effects. Arsenic is classified by theInternational Agency for Research on Cancer (IARC) as a carcinogen to human (Group 1).The maximum residue limits are established for water intended for human consumption at 10μg L-1 and for some foods, like rice, present different limits of inorganic arsenic. For blanchedrice (0.20 mg Kg-1), for stewed rice and husked rice (0.25 mg Kg-1), and for rice for theproduction of food for young children (0.10 mg Kg-1). Rice is one of the most consumed cerealsin the world, it is also the cereal that is most exposed to this heavy metal due to its cultureform, so it is important to define limits for the concentration of inorganic arsenic in rice andrice derivatives.Seventy rice samples were analysed for quantification of arsenic inorganic by inductivelycoupled plasma mass spectrometry. Forty-eight samples from a portuguese rice hulling andpackaging plant (Ernesto Morgado, SA) and twenty-two samples from supermarkets ofdifferent brands and types of rice. The limit of detection and limit of quantification was 3.3 μgKg-1 and 10 μg Kg-1 respectively. In all samples, inorganic arsenic was detected, however, itwas only possible to quantify in 81% of the samples (57 samples). The region of origin of ricewith the highest concentration of inorganic arsenic is the Tejo and Sado region with an averagevalue of 51.1 μg Kg-1, and Mondego has the lowest average value of concentration of inorganicarsenic with 26.84 μg Kg-1. Between blanched rice and brown rice, the latter has the highestaverage concentration of inorganic arsenic, 47.07 μg Kg-1. Among the different types of rice,the one with the highest concentration is the group called “others” where distinct types ofrice are found, such as black rice, wild rice and steamed rice, with an average arsenicconcentration of 71 μg Kg-1. This was followed by Carolino rice with 31.66 μg Kg-1, Agulharice with 20.62 μg Kg-1 and the lowest concentration is Basmati rice with 10.36 μg Kg-1.It is concluded that none of the samples exceeds what is stipulated by law, and that therisk assessment tells us that there is no danger in eating rice regarding arsenic exposure,however, rice cannot be considered as the only source of inorganic arsenic, there is othersources that are also part of our diet.2020-12-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/93003http://hdl.handle.net/10316/93003TID:202632237porSilva, Alexandra Alberto dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T05:42:53Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/93003Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:12:00.781566Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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