Amoras bravas no Verão: o país de Eugénio de Andrade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://www.cepese.pt/portal/pt/publicacoes/obras/identidade-nacional-entre-o-discurso-e-a-pratica/amoras-bravas-no-verao-o-pais-de-eugenio-de-andrade |
Resumo: | <p>Este artigo propõe uma leitura da poesia de Eugénio de Andrade (1923-2005), como elaboração criativa sobre questões de identidade. E, em particular, procura caracterizar a relação entre o poeta e o seu país. Põe, assim, em relevo uma dupla afinidade. Afinidade da poesia solar com a experiência vivida ao rés-do-chão, rente à terra e ao território, das portuguesas e dos seus filhos. E afinidade da poesia consigo própria, com a opção radical pela expressão mais lapidar, e por aí afinidade formal com essoutros trabalhos de transformação de simples matérias disponíveis em obra sua e comunicável para uso de outrem, esses trabalhos que qualificam os camponeses, os artesãos e as lides caseiras. A poesia não é, pois, um derivado, para o poeta, um efeito ou uma aplicação da representação da pátria; a pátria é que é um efeito da poesia: uma criação da palavra poética. A palavra poética é a mais forte e mais constante ligação de Eugénio de Andrade ao seu país.</p> |
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