Tratamentos intercetivos em odontopediatria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/26090 |
Resumo: | Introdução: A avaliação do crescimento e desenvolvimento craniofacial das crianças é idealmente multidisciplinar. É fundamental a integração das diferentes áreas médicas para um correto planeamento estético e funcional do sistema estomatognático. Os tratamentos intercetivos estão integrados num conjunto de abordagens específicas onde a odontopediatria e a ortodontia atuam, evitando a progressão de uma má-oclusão através da remoção de hábitos deletérios, da colocação de aparelhos ou rampas/pistas. O principal objetivo deste estudo foi verificar, através de uma análise observacional descritiva transversal, a importância dos tratamentos intercetivos em odontopediatria, avaliando os conhecimentos e as práticas dos médicos dentistas perante cada criança. Material e métodos: Realizaram-se 3 questionários. O questionário I foi divulgado online e direcionado a médicos dentistas, alcançando 206 profissionais. Os questionários II e III foram efetuados pelo método de entrevista, obtendo-se 10 participantes em cada. O questionário II foi dirigido a crianças submetidas a tratamentos intercetivos e o questionário III aos respetivos encarregados de educação. Resultados: 20,4% da amostra não consulta pacientes pediátricos, pelo que a nossa amostra para as questões mais relevantes foi de 164 participantes. Todos estes (100%, n=164) consideraram saber o que são tratamentos do foro intercetivo, sendo que 56,7% (n=93) não aconselhou a execução destes em pacientes com má higiene oral. No entanto, referiram como fator mais relevante para a sua realização a necessidade funcional do paciente (79,9%). São ainda os profissionais que exercem há mais anos que privilegiam o tratamento em colaboração com terapeutas da fala (p-value=0,004) e otorrinolaringologistas (p-value=0,001). Verifica-se que os médicos dentistas não generalistas não consideram tanto o fator custo para a realização de tratamentos do foro intercetivo comparativamente com os generalistas (p-value=0,018). Quase todas as crianças questionadas (n=9) consideraram o tratamento de fácil adaptação. Também os seus encarregados, na sua totalidade (n=10), acharam que a adaptação dos seus filhos face ao tratamento executado foi boa. Conclusões: Os tratamentos intercetivos são uma realidade sólida praticada por médicos dentistas generalistas, odontopediatras e ortodontistas. A grande maioria dos casos de má-oclusão quando diagnosticada precocemente pode ser intercetada, tentando evitar tratamentos corretivos mais complexos. |
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Tratamentos intercetivos em odontopediatriaOdontopediatriaOrtodontia intercetivaMá-oclusõesManutenção de espaçoMordida cruzadaPediatric dentistryInterceptive orthodonticsMalocclusionsSpace maintenanceCrossbiteDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da SaúdeIntrodução: A avaliação do crescimento e desenvolvimento craniofacial das crianças é idealmente multidisciplinar. É fundamental a integração das diferentes áreas médicas para um correto planeamento estético e funcional do sistema estomatognático. Os tratamentos intercetivos estão integrados num conjunto de abordagens específicas onde a odontopediatria e a ortodontia atuam, evitando a progressão de uma má-oclusão através da remoção de hábitos deletérios, da colocação de aparelhos ou rampas/pistas. O principal objetivo deste estudo foi verificar, através de uma análise observacional descritiva transversal, a importância dos tratamentos intercetivos em odontopediatria, avaliando os conhecimentos e as práticas dos médicos dentistas perante cada criança. Material e métodos: Realizaram-se 3 questionários. O questionário I foi divulgado online e direcionado a médicos dentistas, alcançando 206 profissionais. Os questionários II e III foram efetuados pelo método de entrevista, obtendo-se 10 participantes em cada. O questionário II foi dirigido a crianças submetidas a tratamentos intercetivos e o questionário III aos respetivos encarregados de educação. Resultados: 20,4% da amostra não consulta pacientes pediátricos, pelo que a nossa amostra para as questões mais relevantes foi de 164 participantes. Todos estes (100%, n=164) consideraram saber o que são tratamentos do foro intercetivo, sendo que 56,7% (n=93) não aconselhou a execução destes em pacientes com má higiene oral. No entanto, referiram como fator mais relevante para a sua realização a necessidade funcional do paciente (79,9%). São ainda os profissionais que exercem há mais anos que privilegiam o tratamento em colaboração com terapeutas da fala (p-value=0,004) e otorrinolaringologistas (p-value=0,001). Verifica-se que os médicos dentistas não generalistas não consideram tanto o fator custo para a realização de tratamentos do foro intercetivo comparativamente com os generalistas (p-value=0,018). Quase todas as crianças questionadas (n=9) consideraram o tratamento de fácil adaptação. Também os seus encarregados, na sua totalidade (n=10), acharam que a adaptação dos seus filhos face ao tratamento executado foi boa. Conclusões: Os tratamentos intercetivos são uma realidade sólida praticada por médicos dentistas generalistas, odontopediatras e ortodontistas. A grande maioria dos casos de má-oclusão quando diagnosticada precocemente pode ser intercetada, tentando evitar tratamentos corretivos mais complexos.Introduction: The craniofacial growth assessment and development of children is ideally multidisciplinary. The integration of the different medical areas is fundamental for a correct esthetic and functional planning of the stomatognathic system. Interceptive treatments are integrated in a set of specific approaches where pediatric dentistry and orthodontics work, avoiding malocclusion progression through the removal of deleterious habits, appliance placement or ramps/lanes. The main objective of this study was to verify, through a transverse descriptive observational analysis, interceptive treatments importance in pediatric dentistry, evaluating the knowledge and practices of the dentists. Material and methods: Three questionnaires were carried out. Questionnaire I was published online and directed to dentists, reaching 206 professionals. Questionnaires II and III were performed by the interview method, obtaining 10 participants in each. Questionnaire II was directed to children undergoing interceptive treatments and Questionnaire III to their parents. Results: 20.4% of the sample did not consult pediatric patients, so our sample for the most relevant questions was of 164 participants. All of these (100%, n = 164) considered knowing what interceptive treatments are, and 56.7% (n = 93) did not advise their implementation in patients with poor oral hygiene. However, the functional need of the patient (79.9%) was the most relevant factor. Treatment in collaboration with speech therapists (p-value = 0.004) and otorhinolaryngologists (p-value = 0.001) is prefered by professionals who have been practicing for more years. It can be seen that non-generalists dentists do not consider the cost factor for the intersegmental treatments as compared to generalists (p-value = 0,018). Almost all children (n = 9) considered the treatment easy to adapt. All of their caretakers (n = 10), said that their children 's adaptation to the treatment was good. Conclusions: Interceptive treatments are a solid reality practiced by general dentists, pediatric dentists and orthodontists. The vast majority of malocclusion cases when early diagnosed can be intercepted, trying to avoid more complex corrective treatments.Figueiredo, Andreia Sofia de PaivaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaAlves, Joana Paiva2020-02-28T01:30:48Z2018-07-2620182018-07-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/26090TID:201986396porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:31:34Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/26090Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:20:49.514820Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: A avaliação do crescimento e desenvolvimento craniofacial das crianças é idealmente multidisciplinar. É fundamental a integração das diferentes áreas médicas para um correto planeamento estético e funcional do sistema estomatognático. Os tratamentos intercetivos estão integrados num conjunto de abordagens específicas onde a odontopediatria e a ortodontia atuam, evitando a progressão de uma má-oclusão através da remoção de hábitos deletérios, da colocação de aparelhos ou rampas/pistas. O principal objetivo deste estudo foi verificar, através de uma análise observacional descritiva transversal, a importância dos tratamentos intercetivos em odontopediatria, avaliando os conhecimentos e as práticas dos médicos dentistas perante cada criança. Material e métodos: Realizaram-se 3 questionários. O questionário I foi divulgado online e direcionado a médicos dentistas, alcançando 206 profissionais. Os questionários II e III foram efetuados pelo método de entrevista, obtendo-se 10 participantes em cada. O questionário II foi dirigido a crianças submetidas a tratamentos intercetivos e o questionário III aos respetivos encarregados de educação. Resultados: 20,4% da amostra não consulta pacientes pediátricos, pelo que a nossa amostra para as questões mais relevantes foi de 164 participantes. Todos estes (100%, n=164) consideraram saber o que são tratamentos do foro intercetivo, sendo que 56,7% (n=93) não aconselhou a execução destes em pacientes com má higiene oral. No entanto, referiram como fator mais relevante para a sua realização a necessidade funcional do paciente (79,9%). São ainda os profissionais que exercem há mais anos que privilegiam o tratamento em colaboração com terapeutas da fala (p-value=0,004) e otorrinolaringologistas (p-value=0,001). Verifica-se que os médicos dentistas não generalistas não consideram tanto o fator custo para a realização de tratamentos do foro intercetivo comparativamente com os generalistas (p-value=0,018). Quase todas as crianças questionadas (n=9) consideraram o tratamento de fácil adaptação. Também os seus encarregados, na sua totalidade (n=10), acharam que a adaptação dos seus filhos face ao tratamento executado foi boa. Conclusões: Os tratamentos intercetivos são uma realidade sólida praticada por médicos dentistas generalistas, odontopediatras e ortodontistas. A grande maioria dos casos de má-oclusão quando diagnosticada precocemente pode ser intercetada, tentando evitar tratamentos corretivos mais complexos. |
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