A ascenção dos BRICS: fim do momento unipolar?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/7163 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais |
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A ascenção dos BRICS: fim do momento unipolar?BRICSDissertação de Mestrado em Relações InternacionaisA ordem internacional atual é substancialmente distinta da ordem que surgiu com o colapso da União Soviética, em 1991. Se, por um lado, deixou de ser totalmente correto classificar a ordem atual como exclusivamente unipolar, por outro lado é igualmente prematuro classificá-la como multipolar. Ora, os BRICS – enquanto maiores representantes do protagonismo das potências emergentes – constituem um dos principais fatores que contribuíram para esta modificação, em especial durante a década de 2000 a 2010. A razão fundamental já não é o desenvolvimento militar ou a ameaça nuclear, mas sobretudo a força da economia e da geoeconomia. O colossal crescimento económico está, portanto, na base de todo o protagonismo dos BRICS. De um modo geral, os BRICS são representativos de seis perspetivas fundamentais: (1) Surgiram a partir de um conceito criado pelo mundo económico e financeiro (a Goldman Sachs), o que prova que os mercados, a geoeconomia e, cada vez mais, a geofinança influenciam crescentemente a geopolítica dos Estados. (2) Representam o desenvolvimento crescente do regionalismo enquanto característica marcante da ordem internacional atual. A entrada da África do Sul é exemplo disto mesmo. (3) Não atuam enquanto um bloco coeso e com uma estratégia comum, mas antes baseados em acordos esporádicos e objetivos muito concretos, como a alteração de regras em organizações como o Banco Mundial, o FMI e a ONU, ou a defesa de um mundo multipolar. (4) Possuem graves constrangimentos regionais, desde Taiwan, passando por Caxemira, até à Tchetchénia, que constituem uma desvantagem considerável em relação aos EUA. (5) São essencialmente fortes em hard power (sobretudo na capacidade económica e na massa crítica), mas ainda muito fracos em soft power, justamente a vertente que versa sobre o desenvolvimento social, os direitos humanos, o regime político e a capacidade de atrair e persuadir os Estados e a opinião pública mundial a seguir o seu modelo de organização social e cultural. (6) E, por fim, não são ainda sociedades pós-industriais, mas os dados indicam que, assim que atingirem este patamar, têm todas as potencialidades para atingir o nível dos EUA. Em suma, a superpotência continua a ser apenas uma – os EUA – mas já não se trata do mesmo conceito de superpotência que surgiu no final da Guerra Fria. A presente dissertação avalia o poder atual dos EUA – e a sua evolução ao longo da última década – face ao poder crescente dos BRICS, tanto na vertente de hard power como de soft power.Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de LisboaRUNAlmeida, Miguel Barata Garcia2012-04-11T15:17:06Z2011-092011-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/7163porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T03:38:48Zoai:run.unl.pt:10362/7163Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:17:15.031780Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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