Resilience to cyber-attacks in critical infrastructures of Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Any Keila Fortes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/44780
Resumo: As infraestruturas críticas são sempre um potencial alvo para ciberataques, uma vez que a repercussão de um ataque bem-sucedido pode ser catastrófica, visto que esses sistemas controlam e permitem o acesso aos principais serviços do país. Um dos sistemas que fazem parte deste grupo de infraestruturas críticas de um país são os Sistemas de Controlo Industrial (ICSs), utilizados para automatizar e controlar os processos das várias infraestruturas industriais. No passado, os ICSs eram utilizados em ambiente isolado, no entanto, com o passar do tempo e para satisfazer as exigências do mercado moderno, começaram a estar ligados com o ambiente externo. Isto trouxe muitos benefícios, mas também aumentou o nível de exposição e vulnerabilidade dos mesmos. Embora estes sistemas sejam vitais para o bom funcionamento de um país, não há nenhum trabalho público que avalie o estado de segurança destes sistemas em Portugal. Este trabalho teve como maior objetivo, identificar os ICSs expostos na Internet em Portugal e investigar o nível de risco dos mesmos em termos de segurança. Com base nisso, foi desenvolvido uma metodologia que implicou a identificação dos ICSs, o cálculo do risco dos mesmos de acordo com as características que apresentam, e o desenvolvimento de uma data warehouse para juntar e organizar os dados, e permitir uma análise de forma fácil. Ao analisar os resultados verificamos que existem muitos ICSs expostos e facilmente encontrados na Internet em Portugal. A maioria deles estão localizados em Lisboa e têm pelo menos uma característica que apresenta um risco elevado à segurança do sistema. A maioria dos sistemas não têm disponível um algoritmo de encriptação para assegurar a segurança da ligação. Dos que têm, uma enorme percentagem utiliza algoritmos que não são considerados seguros. A maioria dos sistemas identificados têm pelo menos uma porta a correr o protocolo HTTP, uma ligação que há muito tempo já não é considerada segura. Dos sistemas que estão a correr portas com risco elevado, a maioria está a correr o protocolo FTP, um protocolo não construído para ser seguro. Muitas das organizações não possuem infraestruturas próprias para gerir as políticas de rede dos seus sistemas. Nesta situação, não é possível identificar as organizações porque escondem atrás dos ISPs. Isto pode ser vantajoso porque as organizações não são facilmente identificadas pelos hackers, no entanto, ficam dependentes dos ISPs, no sentido de que, se este sofrer um ataque, todas as organizações ligadas a ela podem ser severamente afetadas. Os resultados encontrados neste trabalho permitem à Dognædis ter uma base de conhecimento sobre o estado dos ICSs expostos na Internet em Portugal, tornando possível sugerir melhorias de segurança. Também permite que a indústria e todas as organizações que têm ICSs estejam conscientes de quão expostos e vulneráveis estão os seus sistemas, de forma a dedicarem mais atenção aos sistemas que possam estar em risco de um ataque cibernético.
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