Análise do ciclo de vida de argamassas com resíduos de madeira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, João Filipe Matos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/92217
Resumo: O sector da Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação (AECO) é um dos principais responsáveis pelo crescimento económico e social. Contudo, este sector é também responsável pela extração de uma enorme quantidade de recursos naturais e pela produção de resíduos. Na transformação das matérias-primas extraídas são produzidas elevadas quantidades de emissões gasosas e energia consumida que tem consequências bastante severas para o ambiente. Em Portugal, ainda não está enraizada a prática de reutilização de resíduos na produção de novos materiais, pelo que existe muitos resíduos que são encaminhados para aterro na natureza, o que pode provocar um risco, não só para o ambiente, mas também para a saúde pública. A areia é um agregado bastante utilizado e muito importante para o fabrico de argamassas e betões. Nas últimas décadas, tem havido uma maior extração desta matéria-prima e muitas fontes foram esgotadas, deixando enorme buracos abertos, e foram construídos edifícios em seu redor, o que pode pôr em risco a vida das pessoas que aí habitam. Com o objetivo de contribuir para o aumento da sustentabilidade da AECO, têm-se realizado vários estudos para incorporar resíduos em argamassas de revestimento em substituição da areia, que é um recurso não-renovável. Estes estudos têm usado resíduos de madeira, como por exemplo resíduos florestais (biomassa), e obtiveram bons resultados. Apesar da redução da resistência mecânica e da massa volúmica, e o aumento da porosidade aberta, os resultados estão dentro dos limites aceitáveis para uma argamassa de revestimento para edifícios novos ou antigos. O resultado mais benéfico é a diminuição da condutibilidade térmica, sendo que uma argamassa com incorporação de resíduos torna-se mais ecológica, por utilizar resíduos de uma outra indústria. Para ultrapassar os problemas dos impactes ambientais, devidos à extração dos vários materiais que compõem as argamassas convencionais, procede-se à análise do ciclo de vida de várias argamassas com incorporação de diferentes dosagens de resíduos de madeira em substituição da areia tradicional. Com o intuito de comparar os impactes ambientais provocados por várias argamassas, recorreu-se à ajuda do software OpenLCA que realiza o cálculo global dos impactes ambientais em todas as fases consideradas para cada argamassa, com o auxílio dos dados provenientes de um banco de dados online. Os resultados demonstraram que o cimento é o maior responsável pelos impactes ambientais das argamassas. Numa análise apenas com a areia e os resíduos de madeira, é possível rapidamente concluir que existem efeitos benéficos no impacte ambiental ao substituir até 40% da areia pelos resíduos, obtendo-se ao mesmo tempo uma argamassa bastante competente no desempenho técnico.
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