O ano da Ucrânia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/2917 |
Resumo: | 2014 foi o ano da Ucrânia. Para o bem e para o mal. Pela terceira vez desde a sua independência, o país tenta (re)iniciar um processo de transição democrática. As duas tentativas anteriores – depois do referendo de Dezembro de 1991 que resultou na desintegração da URSS, e após a Revolução Laranja de 2004 – serviram para os ucranianos compreenderem que a transição estava destinada a ser um desafio complexo. A localização da Ucrânia mostram bem a sua relevância geopolítica. Com laços históricos profundos com a Rússia, a Polónia e a Lituânia, foi cobiçada e dividida ao longo dos tempos por potências como os Impérios Russo, de Habsburgo e o Otomano. Estas influências culturais diversas e experiências políticas distintas estão na base do dilema central que tem marcado a política ucraniana nos quase vinte e cinco anos de independência formal. Em termos gerais, esse dilema coloca-se nos seguintes termos: deve a Ucrânia ser um país da Europa Ocidental, procurando a plena integração nas suas instituições políticas, económicas e de segurança? Ou deve a Ucrânia manter-se na esfera de influência do Kremlin e ser parte das estruturas regionais que esta lidera? Dito de maneira mais simples: deve a Ucrânia escolher ser parte da Europa ou da Rússia? A hesitação e a dúvida ucranianas parecem estar inscritas de modo perene no topónimo do próprio país: afinal «Ucrânia» designa literalmente uma zona limítrofe, de fronteira, entre mundos diferentes. |
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