Proteina a-sinucleina como alvo terapeutico no tratamento da doença de Parkinson
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/15290 |
Resumo: | A doença de Parkinson (DP) apresenta uma elevada prevalência entre as doenças neurodegenerativas, acarretando um impacto clínico muito significativo nos pacientes, familiares e cuidadores, especialmente através dos seus efeitos degenerativos progressivos na mobilidade do doente. As evidências científicas apontam para a centralidade da alfa sinucleína, uma proteína intrinsecamente desordenada no citosol que é tida como fundamental no desenvolvimento da doença. A etiologia da DP é variada e, consoante o fator desencadeante da patologia, podem ocorrer várias alterações nas vias fisiológicas e na alfa-sinucleína monomérica. Alterações na proteína podem levar a danos nas vias celulares, bem como danos nestas vias podem provocar alterações na proteína. Em última instância ocorre morte neuronal, e em neurónios resilientes são encontrados corpos de Lewy compostos maioritariamente por alfa-sinucleína. Estes corpos são formados porque numa fase inicial ocorrem alterações na homeostase celular que induzem perturbações nos equilíbrios entre as diferentes formas de alfa sinucleína, originando a formação de oligómeros e fibrilas tóxicas. Além dos danos que causam sobre as vias celulares, estas espécies têm a capacidade de se disseminarem de forma semelhante a um prião, interferindo com a homeostase de células vizinhas. As terapias atualmente utilizadas em quadros clínicos de DP apenas controlam sintomas e não inibem a progressão da doença, pelo que o estudo de novas estratégias e fármacos que impeçam essa progressão são de extrema relevância. A presente dissertação centra-se na análise das formas tóxicas da alfa-sinucleína e dos seus mecanismos de toxicidade, abordando estudos conducentes a novas estratégias que atuem sobre esta proteína. De entre as estratégias descritas na literatura, as mais promissoras envolvem a diminuição da produção da alfa-sinucleína, a inibição da sua agregação, a potenciação da autofagia, a redução de formas extracelulares tóxicas bem como inibição da captação das mesmas por células vizinhas. |
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Proteina a-sinucleina como alvo terapeutico no tratamento da doença de ParkinsonAlfa-sinucleínaOligómeros alfa-sinucleínaFibrilas alfa-sinucleína e estratégias baseadas em alfa-sinucleínaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências MédicasA doença de Parkinson (DP) apresenta uma elevada prevalência entre as doenças neurodegenerativas, acarretando um impacto clínico muito significativo nos pacientes, familiares e cuidadores, especialmente através dos seus efeitos degenerativos progressivos na mobilidade do doente. As evidências científicas apontam para a centralidade da alfa sinucleína, uma proteína intrinsecamente desordenada no citosol que é tida como fundamental no desenvolvimento da doença. A etiologia da DP é variada e, consoante o fator desencadeante da patologia, podem ocorrer várias alterações nas vias fisiológicas e na alfa-sinucleína monomérica. Alterações na proteína podem levar a danos nas vias celulares, bem como danos nestas vias podem provocar alterações na proteína. Em última instância ocorre morte neuronal, e em neurónios resilientes são encontrados corpos de Lewy compostos maioritariamente por alfa-sinucleína. Estes corpos são formados porque numa fase inicial ocorrem alterações na homeostase celular que induzem perturbações nos equilíbrios entre as diferentes formas de alfa sinucleína, originando a formação de oligómeros e fibrilas tóxicas. Além dos danos que causam sobre as vias celulares, estas espécies têm a capacidade de se disseminarem de forma semelhante a um prião, interferindo com a homeostase de células vizinhas. As terapias atualmente utilizadas em quadros clínicos de DP apenas controlam sintomas e não inibem a progressão da doença, pelo que o estudo de novas estratégias e fármacos que impeçam essa progressão são de extrema relevância. A presente dissertação centra-se na análise das formas tóxicas da alfa-sinucleína e dos seus mecanismos de toxicidade, abordando estudos conducentes a novas estratégias que atuem sobre esta proteína. De entre as estratégias descritas na literatura, as mais promissoras envolvem a diminuição da produção da alfa-sinucleína, a inibição da sua agregação, a potenciação da autofagia, a redução de formas extracelulares tóxicas bem como inibição da captação das mesmas por células vizinhas.Parkinson’s disease (PD) presents a high prevalence among the neurodegenerative diseases, resulting on a significant clinical impact on patients, their family and care takers, especially through its progressive degenerative effects on patient’s mobility. Scientific evidence points to the centrality of alpha-synuclein, an intrinsically disordered protein in the cytosol known to be crucial for the development of the disease. The etiology of the PD varies, largely depending on the triggering factor of the pathology. Several changes to the physiological pathways and in the monomeric alpha-synuclein may occur. Changes to the protein can lead to damage on the cellular pathways as well as damages in the physiological pathways may alter the protein. At last, neuronal death occurs and Lewy bodies composed mainly of alpha-synuclein are found in resilient neurons. These bodies are formed because in an initial phase changes in cell homeostasis occur, causing disturbances in the balance between the different forms of alpha synuclein which lead to formation of toxic oligomers and fibrils. Aside from the damages caused on cellular pathways, these species have de capacity to spread like a prion, interfering with the homeostasis of neighboring cells. The therapies currently available for PD only control symptoms, not slowing the progression of the disease. The study of new strategies that prevent this progression are thus extremely important. This dissertation focuses on the analysis of toxic forms of alpha-synuclein and their mechanisms of toxicity, together with recent studies described in the literature aiming at the development of new strategies targeting this protein. The most promising approaches are related to reducing alpha-synuclein production, inhibiting its aggregation, potentiating autophagy, reducing toxic extracellular forms as well as inhibiting their uptake by neighboring cells.Cristiano, Maria Lurdes SantosSapientiaCaldeira, Miguel António Brazão2021-03-25T16:39:38Z2020-11-132020-11-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/15290TID:202652173porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:27:42Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/15290Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:06:09.213936Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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