A questão Europeia no Marcelismo : o debate geracional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11067/6686 |
Resumo: | Este artigo analisa o debate político relativo ao “dilema integrativo” português que ocorreu durante o marcelismo. Neste período emergiu uma questão europeia em Portugal que se centrou na possibilidade de uma reorientação europeia da política externa de Portugal e que teve importantes reflexos na política interna. Deste modo, através da análise das condicionantes culturais e identitárias do debate ocorrido no marcelismo relativamente a uma estratégia europeia defendida por uma parte das elites políticas, e das consequentes resistências por parte do conservadorismo imperial das elites do establishment político do Estado Novo, o texto que se segue visa contribuir para uma melhor compreensão da incipiente europeização de parte da sociedade portuguesa. Sem prejuízo de uma perspetiva contextual mais global, optamos, por regra metodológica, por concentrar a nossa análise nos discursos percecionais de alguns dos principais atores que participaram no debate que ocorreu neste período do regime autoritário português relativo à possibilidade de compatibilizar a ideia imperial de Portugal com uma aproximação europeia da política externa portuguesa. Neste sentido, o presente trabalho desenvolve-se em torno do debate ocorrido na Assembleia Nacional entre os defensores de uma política externa imperial-continuísta e os defensores de uma política externa europeia-reformista. Mais do que numa perspetiva descritiva dos factos relativos à definição da política externa portuguesa, o nosso problema centra-se na análise compreensiva, diríamos weberiana, relativamente às imagens e às ideias que compõem as visões do mundo dos atores políticos envolvidos neste debate. É, portanto, partindo da problemática da análise das atitudes percecionais destes atores que procuramos evidenciar a internalização dos assuntos de política externa nos últimos anos do regime autoritário português. |
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Este artigo analisa o debate político relativo ao “dilema integrativo” português que ocorreu durante o marcelismo. Neste período emergiu uma questão europeia em Portugal que se centrou na possibilidade de uma reorientação europeia da política externa de Portugal e que teve importantes reflexos na política interna. Deste modo, através da análise das condicionantes culturais e identitárias do debate ocorrido no marcelismo relativamente a uma estratégia europeia defendida por uma parte das elites políticas, e das consequentes resistências por parte do conservadorismo imperial das elites do establishment político do Estado Novo, o texto que se segue visa contribuir para uma melhor compreensão da incipiente europeização de parte da sociedade portuguesa. Sem prejuízo de uma perspetiva contextual mais global, optamos, por regra metodológica, por concentrar a nossa análise nos discursos percecionais de alguns dos principais atores que participaram no debate que ocorreu neste período do regime autoritário português relativo à possibilidade de compatibilizar a ideia imperial de Portugal com uma aproximação europeia da política externa portuguesa. Neste sentido, o presente trabalho desenvolve-se em torno do debate ocorrido na Assembleia Nacional entre os defensores de uma política externa imperial-continuísta e os defensores de uma política externa europeia-reformista. Mais do que numa perspetiva descritiva dos factos relativos à definição da política externa portuguesa, o nosso problema centra-se na análise compreensiva, diríamos weberiana, relativamente às imagens e às ideias que compõem as visões do mundo dos atores políticos envolvidos neste debate. É, portanto, partindo da problemática da análise das atitudes percecionais destes atores que procuramos evidenciar a internalização dos assuntos de política externa nos últimos anos do regime autoritário português. |
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