Cuidados de Enfermagem Omissos e Fatores Relacionados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://web.esenfc.pt/?url=MSakpsHf |
Resumo: | Enquadramento: Os cuidados de enfermagem omissos (CEO) são definidos como os cuidados de enfermagem necessários que são omitidos, em parte ou na totalidade, ou significativamente adiados, o que corresponde a um erro de omissão (Kalisch, 2015). A escala MISSCARE é um instrumento validado por Kalisch e Williams (2009), que avalia a frequência e as razões da omissão. Objetivo geral: Analisar as causas dos CEO identificados pelos enfermeiros que trabalham em serviços de medicina e cirurgia de um centro hospitalar português. Metodologia: Estudo de cariz metodológico, descritivo-correlacional. Amostragem não probabilística de conveniência, sendo a amostra constituída por 208 enfermeiros (idade: X=39,77; DP=7,94; sexo: 75% feminino, 25% masculino). A colheita de dados foi realizada por autorrelato escrito, a partir de um questionário de autopreenchimento construído no GoogleForms®. Resultados: A dimensão cuidados para a capacitação/autonomia do doente apresentou valor médio superior, correspondendo ao grupo de CEO mais frequentes. A dimensão cuidados instrumentais apresentou o valor médio mais baixo. Em média, os enfermeiros reportaram como razões significativas para a omissão as dimensões dotação de profissionais e, gravidade e fluxo de doentes. Como razões menores, os itens das dimensões comunicação na equipa e recursos materiais. Não se registaram diferenças estatisticamente significativas entre o tipo de unidade de internamento, a intenção de abandonar a instituição e a omissão de cuidados. Não foi identificada relação estatisticamente significativa entre o número de doentes cuidados, de anos de experiência profissional e a omissão de cuidados. O APC correlacionou-se negativamente com a frequência dos CEO. A comunicação na equipa emergiu como principal fator preditor da omissão de cuidados. Conclusão: A escala MISSCARE revelou ser um instrumento válido e fiável. Verificou-se maior omissão de cuidados no que se prende com a capacitação/autonomia do doente e menor omissão nos cuidados instrumentais. As variáveis socioprofissionais não foram associadas aos CEO identificados. A gravidade e fluxo de doentes e a dotação de profissionais foram razões moderadas/significativas para a omissão de cuidados. Este estudo revelou um APC desfavorável. A comunicação e algumas dimensões do APC emergiram como preditoras da omissão de cuidados. É relevante clarificar este fenómeno para definir estratégias preventivas da omissão. |
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