Feeding ecology of small deep-water lanternsharks (Etmopterus Spinax and Etmopteru Pusillus) off the Algarve Coast

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nuño Muñoz, Laura
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/8265
Resumo: Dissertação de Mestrado, Biologia Marinha, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2016
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spelling Feeding ecology of small deep-water lanternsharks (Etmopterus Spinax and Etmopteru Pusillus) off the Algarve CoastEtmopterus spinaxEtmopterus pusillusAlgarveFeeding ecologyStomach contents analysisTrophic levelDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasDissertação de Mestrado, Biologia Marinha, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2016Os eslasmobrânquios, um dos principais predadores do oceano, desempenham um papel bastante importante nos ecossistemas marinhos. Eles exercem um controle no tamanho e na dinâmica de muitas espécies, no sentido dos níveis tróficos mais baixos para os mais altos, ajudando na gestão dos ecossistemas do oceano. Em resultado, o conhecimento da ecologia trófica de predadores marinhos torna-se crucial para compreender o importante papel que desempenham nos ecossistemas. Neste sentido, este estudo tem por objetivo estudar a ecologia alimentar de duas espécies de tubarões de profundidade, Etmopterus spinax (Linnaeus, 1758) (lixinha da fundura) e Etmopterus pusillus (Lowe, 1839) (xarinha preta), sobre as quais a informação é muito escassa ou até inexistente. Assim, neste estudo são descritos os hábitos alimentares de Etmopterus spinax e Etmopterus pusillus, na costa do Algarve, a sul de Portugal. A fim de conhecer a composição da dieta alimentar de cada espécie de tubarão de profundidade, efectuaram-se análises de acordo com o sexo,o estado de maturação dos indivíduos e as estações do ano para a espécie E. spinax e análises de acordo com o sexo para a espécie E. pusillus. A sua dieta foi determinada através da análise do conteúdo dos estômagos de 231 espécimes capturados acessoriamente por arrastos de crustáceos, ao longo da costa do Algarve e no período compreendido entre 1999-2000 e em 2015, tendo sido rejeitados devido ao seu baixo ou nulo valor comercial. Do total de espécimens analisados, 173 pertencem à espécie E. spinax e os 58 restantes à espécie E. pusillus. Os espécimes foram medidos (comprimento total) e pesados em laboratório, e o estado de maturação de cada um foi atribuido em funçãodo comprimento da sua primeira maturação . Os estômagos foram pesados e abertos e o estado de digestão dos seus conteúdos foram analisados seguindo uma escala com cinco níveis de digestão de acordo com o estado de decomposição em que as presas se encontravam. As presas ingeridas foram identificadas através de diferentes chaves taxonómicas até ao menor nível de classificação taxonómica possível. Além disso, as presas mais afetadas pelo processo de digestão foram identificadas pelas suas estruturas duras, como sejam os otólitos no caso dos peixes e os bicos no caso dos cefalópodes. Esta análise foi realizada através da aplicação de três tipos de análise, a saber: (1) análises quantitativas, como o método numérico (% N), o método gravimétrico (% W) e a frequência de ocorrência (% FO); (2) análise mista, como o Índice de Importância Relativa (IRI) e o Índice Alimentar Ponderado (IPO2); e (3) análise qualitativa, como a classificação das categorias de presas encontradas. De igual modo, também foram aplicados seis tipos de análise complementar, como sejam os índices de diversidade (índice de Shannon), riqueza específica (índice de Margalef) e uniformidade de espécies (indice de Pielou), o índice de sobreposição trófica (índice de Schoener), o nível trófico e o índice de vacuidade (VI). Além disso, foi realizada uma análise estatística multivariada, mediante a utilização do software PRIMER V6.0, recorrendo ao uso de diferentes testes (CLUSTERS, MSD, ANOSIM e SIMPER). Mediante estas análises, este estudo vem demonstrar a existência de uma sobreposição trófica na dieta de E. spinax e E. pusillus, onde foi observado que a diversidade das espécies de presas encontradas nos conteúdos dos estômagos foi baixa, não existindo diferencas significativas entre as duas dietas (Mann-Whitney, p > 0,05), o que leva a sugerir que podem apresentar uma dieta seletiva. Portanto foi possível observar a existência de uma certa homogeneidade na dieta alimentar entre as duas espécies de tubarões de profundidade. Alem disso, os resultados obtidos neste estudo permitiram observar evidências de que ambas as espécies partilham os mesmos recursos se bem que em proporções diferentes. Ambas as espécies alimentaram-se principalmente de três grupos de presas: crustáceos, peixes e cefalópodes. As principais presas encontradas na dieta dos tubarões de profundidade em estudo consistiram em organismos da subordem Natantia (presas preferenciais), peixes não identificados (presas secundárias) e cefalópodes (presas acessórias) no caso de E. spinax. Enquanto que as principais presas encontradas na dieta de E. pusillus foram peixes não identificados (presas preferenciais), organismos da subordem Natantia (presas secundárias) e cefalópodes (presas acessórias). Para além disso, encontrou-se um número elevado de estômagos vazios que se veio a reflectir num elevado valor de vacuidade em ambos os tubarões, podendo este facto estar relacionado, com a duração dos arrastos (de várias horas), na medida em que o período de longas horas em que a embarcação vai arrastando no fundo pode ser que seja o suficiente para que haja uma completa digestão dos estômagos, tornando os seus conteúdos não identificáveis. Não houve diferenças significativas na composição da dieta de E. pusillus de acordo com o sexo (ANOSIM, p>0,05). Para E. spinax tambem não foram encontradas diferenças de acordo com o sexo e a estação do ano (ANOSIM, p>0,05). Além disso, também não houve diferenças de acordo com o estado de maturação , apresentando a dieta entre espécimes imaturos e maturos uma elevada variabilidade (ANOSIM, R=0,05, p<0.05). No entanto, no caso dos espécimes maduros de ambos os sexos de E. spinax foi possível observar uma ligeira variação da dieta alimentar. A dieta consistiu principalmente de pequenos crustáceos para os espécimes imaturos, mudando a sua composição para presas potencialmente maiores, como peixes, para espécimes maduros. Esta mudança na dieta alimentar pode ser causada por variações ontogénicas, uma vez que a alimentação está relacionada com o tamanho da boca, a capacidade de armazenamento do estômago e a capacidade de natação de cada indivíduo; e também pela necessidade de obter a energia necessária de acordo com o ciclo reprodutivo em que se encontra. Consequentemente, o fato de os espécimes maiores consumirem presas maiores pode ajudar a reduzir a competição entre indivíduos da mesma espécie ou de espécies diferentes. Por outro lado, em termos de sazonalidade, os crustáceos continuaram a fazer parte da dieta principal de E. spinax. O fato de não se terem encontrado diferenças significativas entre a sazonalidade e a composição da dieta de E. spinax pode ser devido à estabilidade da temperatura no meio. As variações de temperatura são geralmente grandes na superfície e mínimas a grandes profundidades, de modo que podem afectar na composição das presas, nas flutuações de abundância e/ou as alterações na distribuição na coluna de água. Finalmente, os resultados obtidos neste estudo foram comparados com os de outros autores, verificando-se algumas diferenças, no que respeita à dieta alimentar entre E. spinax e E. pusillus.Gonçalves, Jorge M.S.Fonseca, María Esmeralda S.L.C. Costa daSapientiaNuño Muñoz, Laura2016-05-18T10:02:56Z2016-02-0120152016-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/8265TID:202177610enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:19:31Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/8265Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:00:28.534Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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