Muxarabis, rótulas, gelosias: o caso de Alfama e Mouraria. Piscinas do Cais da Santinha
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/17692 |
Resumo: | Os muxarabis, rótulas e gelosias, são estruturas de madeira nas fachadas que aliam a sua estética à funcionalidade, proporcionando o controlo de iluminação e ventilação de um compartimento interior, que se relacionam com a expressão da arquitetura. Embora sejam consideradas estruturas de uma cultura árabe, com a expansão do islão e consequentemente o domínio peninsular muçulmano, os muxarabis, rótulas e gelosias difundiram-se pelo território português, nomeadamente em Alfama e Mouraria. Estes bairros constituem as áreas mais antigas da cidade de Lisboa, com uma malha urbana semelhante às cidades do norte de África, formadas por ruas, ruelas e becos, com fachadas opostas muito próximas e sem privacidade. Propõe-se uma abordagem que coloca em confronto as fotografias do Arquivo Municipal de Lisboa, que apresentem as estruturas em estudo, em Alfama e na Mouraria, com fotografias da atualidade, registadas pela autora sob o mesmo ponto de vista. A análise encontra-se fundamentada através das representações de arquitetura efémera em vídeo-documentais e da divulgação desta particular característica dos bairros em postais, revistas e gravuras. Os muxarabis, rótulas e gelosias aparentam, numa primeira instância ser estruturas históricas, porém, através do seu estudo, constatou-se o seu surgimento no período do Estado Novo, tornandose em um vício visual, uma imagem que é formada por uma questão de interesse. Por outro lado, atualmente estes bairros evidenciam uma grande promoção turística. Esta conjuntura, proporcionou uma sistemática aplicação dos elementos de forma desconsiderada, através de estruturas que mantém a traça anterior, concebidas em PVC, e com mecanismos modernos. |
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