Análise da informação disponibilizada em suplementos alimentares com indicações de uso no sistema cardiovascular e sistema nervoso central

• Autor(a) principal: Ferreira, Liliana Patrícia Costa Marques
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/15523
• topic: Suplementos alimentares; Plantas medicinais; Rotulagem; Sistema cardiovascular; Sistema nervoso central; Dietary supplements; Medicinal plants; Central nervous system; Label; Cardiovascular system

Introdução: Os suplementos alimentares (SA) têm um papel importante na manutenção da saúde da população e diversos benefícios demonstrados. No entanto, a crença errónea de que estes são isentos de risco e as escassas obrigações legais requeridas para a sua entrada no mercado, têm servido de alerta para a necessidade de mais estudos. Objetivos: Reunir informação científica sobre plantas medicinais utilizadas em SA para patologias do Sistema Cardiovascular e Sistema Nervoso Central (SNC); analisar a rotulagem de SA comercializados para as mesmas patologias. Métodos: Estudo observacional descritivo transversal, com compilação da informação científica sobre plantas medicinais utilizadas em SA para patologias do Sistema Cardiovascular e SNC (Parte 1); e recolha e análise da informação presente na rotulagem de SA vendidos em Farmácias Comunitárias e Ervanárias para as mesmas patologias, sob o ponto de vista legal e científico (Parte 2). Resultados: Na parte 1 do trabalho foi compilada a informação de 58 monografias para 24 plantas medicinais. Na parte 2 do trabalho analisaram-se 76 SA. Do ponto de vista legal, a maioria dos SA analisados cumpriu as 6 menções obrigatórias na rotulagem, pela legislação portuguesa. Do ponto de vista científico, o nome científico das plantas e as precauções de uso, foram as informações mais presentes nos SA, com 93,4 e 92,1%, respetivamente. Por sua vez, as interações (17,1%), o aconselhamento (11,8%); os efeitos adversos (10,5%); e a padronização (39,5%) foram as informações menos referidas. Conclusões: Os resultados do estudo realçam a necessidade de alterações na legislação dos SA, com a inclusão obrigatória de informações que permitam aos consumidores escolher SA de forma informada e segura.