Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212015000400002 |
Resumo: | Introdução: A alergia ao pêssego é prevalente, persistente e potencialmente grave, sendo o Pru p 3 (proteína de transferência lipídica, LTP) o principal alergénio envolvido. O elevado risco de reações graves e a possibilidade de a maioria dos doentes reagirem a outros alimentos (síndome LTP), torna esta alergia um alvo importante para imunoterapia específica (IT). Objetivo: Demonstrar a eficácia e segurança da IT sublingual (SLIT) com pêssego (Pru p 3) em doentes com reações sistémicas associadas à ingestão de pêssego, através da avaliação de parâmetros clínicos e imunológicos durante 12 meses. Métodos: Dez doentes (8F,2M;19-41;26,2 anos) com história de alergia ao pêssego, confirmada por prova de provocação oral (PPO) ou anafilaxia, submetidos a SLIT-Pru p 3. 100% doentes: reacções sistémicas (80%-anafilaxia) associadas à ingestão de pêssego (60%-sintomas com outros alimentos). Foram realizados TCP com aeroalergénios, pêssego pele e polpa, alimentos de acordo com os sintomas, Pru p 3 e Pho d 2. A SLIT-Pru p 3 consiste: fase de indução (4 dias) e fase de manutenção (3 anos). Foram efetuados doseamento de IgE, IgA e IgG4 específicas (sIgE,sIgA,sIgG4) para pêssego, Pru p 3, Pru p 4, Teste de Activação de Basófilos (TAB) com Pru p 3 em 3 concentrações (0,05, 0,5 e 5ug/mL), antes (T0), 1 (T1), 6 (T6) e 12 meses (T12) após início da SLIT; PPO com polpa de pêssego em T12. Resultados: T0-12: diminuição significativa do diâmetro médio da pápula no TCP com pêssego pele e polpa (p=0,0039) e Pru p 3 (p=0,0078) e de sIgE para pêssego (p=0,0046) e Pru p 3 (p=0,0089); aumento significativo de sIgG4 (p=0,0020); sIgA para os mesmos alergénios sem alterações; diminuição significativa da activação de basófilos entre os diferentes tempos e nas três concentrações; PPO com polpa de pêssego negativa em todos os doentes em T12. Durante um ano de SLIT observaram-se apenas reações locais (prurido) durante a fase de indução em 60% dos doentes, de resolução espontânea. Conclusões: A SLIT-Prup3 parece ser uma opção terapêutica promissora e segura em doentes com alergia grave ao pêssego. |
id |
RCAP_fedbb723ebf02ea5eab15b01b1bde60f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0871-97212015000400002 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurançaAlergia ao pêssegoIgE específicaIgG4 específicaimunoterapia sublingualprova de provocação oralproteínas de transferência lipídicaPru p 3síndrome LTPteste de ativação dos basófilosIntrodução: A alergia ao pêssego é prevalente, persistente e potencialmente grave, sendo o Pru p 3 (proteína de transferência lipídica, LTP) o principal alergénio envolvido. O elevado risco de reações graves e a possibilidade de a maioria dos doentes reagirem a outros alimentos (síndome LTP), torna esta alergia um alvo importante para imunoterapia específica (IT). Objetivo: Demonstrar a eficácia e segurança da IT sublingual (SLIT) com pêssego (Pru p 3) em doentes com reações sistémicas associadas à ingestão de pêssego, através da avaliação de parâmetros clínicos e imunológicos durante 12 meses. Métodos: Dez doentes (8F,2M;19-41;26,2 anos) com história de alergia ao pêssego, confirmada por prova de provocação oral (PPO) ou anafilaxia, submetidos a SLIT-Pru p 3. 100% doentes: reacções sistémicas (80%-anafilaxia) associadas à ingestão de pêssego (60%-sintomas com outros alimentos). Foram realizados TCP com aeroalergénios, pêssego pele e polpa, alimentos de acordo com os sintomas, Pru p 3 e Pho d 2. A SLIT-Pru p 3 consiste: fase de indução (4 dias) e fase de manutenção (3 anos). Foram efetuados doseamento de IgE, IgA e IgG4 específicas (sIgE,sIgA,sIgG4) para pêssego, Pru p 3, Pru p 4, Teste de Activação de Basófilos (TAB) com Pru p 3 em 3 concentrações (0,05, 0,5 e 5ug/mL), antes (T0), 1 (T1), 6 (T6) e 12 meses (T12) após início da SLIT; PPO com polpa de pêssego em T12. Resultados: T0-12: diminuição significativa do diâmetro médio da pápula no TCP com pêssego pele e polpa (p=0,0039) e Pru p 3 (p=0,0078) e de sIgE para pêssego (p=0,0046) e Pru p 3 (p=0,0089); aumento significativo de sIgG4 (p=0,0020); sIgA para os mesmos alergénios sem alterações; diminuição significativa da activação de basófilos entre os diferentes tempos e nas três concentrações; PPO com polpa de pêssego negativa em todos os doentes em T12. Durante um ano de SLIT observaram-se apenas reações locais (prurido) durante a fase de indução em 60% dos doentes, de resolução espontânea. Conclusões: A SLIT-Prup3 parece ser uma opção terapêutica promissora e segura em doentes com alergia grave ao pêssego.Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica2015-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212015000400002Revista Portuguesa de Imunoalergologia v.23 n.4 2015reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212015000400002Costa,Ana CéliaDuarte,FátimaPedro,ElisaMelo,Alcinda CamposPereira-Barbosa,ManuelPereira Santos,Maria Conceiçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:04:23Zoai:scielo:S0871-97212015000400002Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:18:37.971243Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança |
title |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança |
spellingShingle |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança Costa,Ana Célia Alergia ao pêssego IgE específica IgG4 específica imunoterapia sublingual prova de provocação oral proteínas de transferência lipídica Pru p 3 síndrome LTP teste de ativação dos basófilos |
title_short |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança |
title_full |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança |
title_fullStr |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança |
title_full_unstemmed |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança |
title_sort |
Imunoterapia sublingual com pêssego (Pru p 3): Eficácia e segurança |
author |
Costa,Ana Célia |
author_facet |
Costa,Ana Célia Duarte,Fátima Pedro,Elisa Melo,Alcinda Campos Pereira-Barbosa,Manuel Pereira Santos,Maria Conceição |
author_role |
author |
author2 |
Duarte,Fátima Pedro,Elisa Melo,Alcinda Campos Pereira-Barbosa,Manuel Pereira Santos,Maria Conceição |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa,Ana Célia Duarte,Fátima Pedro,Elisa Melo,Alcinda Campos Pereira-Barbosa,Manuel Pereira Santos,Maria Conceição |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Alergia ao pêssego IgE específica IgG4 específica imunoterapia sublingual prova de provocação oral proteínas de transferência lipídica Pru p 3 síndrome LTP teste de ativação dos basófilos |
topic |
Alergia ao pêssego IgE específica IgG4 específica imunoterapia sublingual prova de provocação oral proteínas de transferência lipídica Pru p 3 síndrome LTP teste de ativação dos basófilos |
description |
Introdução: A alergia ao pêssego é prevalente, persistente e potencialmente grave, sendo o Pru p 3 (proteína de transferência lipídica, LTP) o principal alergénio envolvido. O elevado risco de reações graves e a possibilidade de a maioria dos doentes reagirem a outros alimentos (síndome LTP), torna esta alergia um alvo importante para imunoterapia específica (IT). Objetivo: Demonstrar a eficácia e segurança da IT sublingual (SLIT) com pêssego (Pru p 3) em doentes com reações sistémicas associadas à ingestão de pêssego, através da avaliação de parâmetros clínicos e imunológicos durante 12 meses. Métodos: Dez doentes (8F,2M;19-41;26,2 anos) com história de alergia ao pêssego, confirmada por prova de provocação oral (PPO) ou anafilaxia, submetidos a SLIT-Pru p 3. 100% doentes: reacções sistémicas (80%-anafilaxia) associadas à ingestão de pêssego (60%-sintomas com outros alimentos). Foram realizados TCP com aeroalergénios, pêssego pele e polpa, alimentos de acordo com os sintomas, Pru p 3 e Pho d 2. A SLIT-Pru p 3 consiste: fase de indução (4 dias) e fase de manutenção (3 anos). Foram efetuados doseamento de IgE, IgA e IgG4 específicas (sIgE,sIgA,sIgG4) para pêssego, Pru p 3, Pru p 4, Teste de Activação de Basófilos (TAB) com Pru p 3 em 3 concentrações (0,05, 0,5 e 5ug/mL), antes (T0), 1 (T1), 6 (T6) e 12 meses (T12) após início da SLIT; PPO com polpa de pêssego em T12. Resultados: T0-12: diminuição significativa do diâmetro médio da pápula no TCP com pêssego pele e polpa (p=0,0039) e Pru p 3 (p=0,0078) e de sIgE para pêssego (p=0,0046) e Pru p 3 (p=0,0089); aumento significativo de sIgG4 (p=0,0020); sIgA para os mesmos alergénios sem alterações; diminuição significativa da activação de basófilos entre os diferentes tempos e nas três concentrações; PPO com polpa de pêssego negativa em todos os doentes em T12. Durante um ano de SLIT observaram-se apenas reações locais (prurido) durante a fase de indução em 60% dos doentes, de resolução espontânea. Conclusões: A SLIT-Prup3 parece ser uma opção terapêutica promissora e segura em doentes com alergia grave ao pêssego. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-12-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212015000400002 |
url |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212015000400002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212015000400002 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Portuguesa de Imunoalergologia v.23 n.4 2015 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137277038821376 |