Avaliação do Efeito Analgésico da Cetamina em Doses Sub-Anestésicas no Controlo da Dor Perioperatória
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/408 |
Resumo: | No presente estudo foi investigado o efeito analgésico adicional de uma infusão de cetamina em doses sub-anestésicas, em cadelas submetidas a ovariohisterectomia. Para o efeito foram utilizadas 20 cadelas hígidas aleatoriamente distribuídas em 2 grupos, grupo de controlo (CTR) n=10, e grupo de animais onde foi administrada a cetamina (CTM) n=10, estando o investigador cego aos procedimentos. Os animais foram pré-medicados com acepromazina (0,025 mg/kg) e tramadol (0,4 mg/kg) por via subcutânea e após 30 minutos foram induzidos com propofol (3 mg/kg) e diazepam (0,3 mg/kg) por via intravenosa, sendo a manutenção anestésica assegurada com isoflurano e oxigénio a 100 %. Aos 10 animais incluídos no grupo CTM foi administrada cetamina, um bolo de 0,5 mg/kg previamente à cirurgia, imediatamente antes da indução, e em infusão contínua na dose de 0,6 mg/kg/h durante todo o procedimento cirúrgico, enquanto no grupo CTR foi administrada solução salina isotónica (Nacl 0,9 %), no mesmo volume. Ambos os grupos foram ainda tratados com meloxicam na dose de 0,2 mg/kg, 5 minutos após o final da cirurgia. Foram monitorizados alguns parâmetros fisiológicos, como frequência cardíaca e respiratória, temperatura, saturação da hemoglobina em oxigénio e pressão arterial média. Foram ainda analisados parâmetros comportamentais: agitação, vocalização, postura, estado mental e dor à palpação a 2 cm da ferida cirúrgica, transpostas para escalas de avaliação de dor e desconforto (escala de Melbourne), bem como do grau de analgesia (escala numérica categorizada) e de sedação (escala visual análoga). Os resultados referentes às variáveis fisiológicas foram submetidos a uma análise de medidas repetidas ANOVA, enquanto as variáveis comportamentais, não paramétricas, foram submetidas ao teste de Wilcoxon - Mann-Whitney. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas dentro do grupo ou entre grupos relativamente às variáveis fisiológicas no período perioperatório. Quanto aos parâmetros comportamentais, verificou-se um aumento significativo do grau de sedação nos animais do grupo CTM às 2 (P=0,002) e às 4 horas (P=0,011), o mesmo não sucedendo em relação à dor e desconforto ou grau de analgesia. Com base neste estudo, não se pode concluir que exista um benefício da cetamina em doses sub-anestésicas como analgésico adjuvante, num protocolo que por si só assegure uma boa analgesia. |
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Avaliação do Efeito Analgésico da Cetamina em Doses Sub-Anestésicas no Controlo da Dor PerioperatóriaCetaminaAnalgesiaInfusão contínuaCanídeoNo presente estudo foi investigado o efeito analgésico adicional de uma infusão de cetamina em doses sub-anestésicas, em cadelas submetidas a ovariohisterectomia. Para o efeito foram utilizadas 20 cadelas hígidas aleatoriamente distribuídas em 2 grupos, grupo de controlo (CTR) n=10, e grupo de animais onde foi administrada a cetamina (CTM) n=10, estando o investigador cego aos procedimentos. Os animais foram pré-medicados com acepromazina (0,025 mg/kg) e tramadol (0,4 mg/kg) por via subcutânea e após 30 minutos foram induzidos com propofol (3 mg/kg) e diazepam (0,3 mg/kg) por via intravenosa, sendo a manutenção anestésica assegurada com isoflurano e oxigénio a 100 %. Aos 10 animais incluídos no grupo CTM foi administrada cetamina, um bolo de 0,5 mg/kg previamente à cirurgia, imediatamente antes da indução, e em infusão contínua na dose de 0,6 mg/kg/h durante todo o procedimento cirúrgico, enquanto no grupo CTR foi administrada solução salina isotónica (Nacl 0,9 %), no mesmo volume. Ambos os grupos foram ainda tratados com meloxicam na dose de 0,2 mg/kg, 5 minutos após o final da cirurgia. Foram monitorizados alguns parâmetros fisiológicos, como frequência cardíaca e respiratória, temperatura, saturação da hemoglobina em oxigénio e pressão arterial média. Foram ainda analisados parâmetros comportamentais: agitação, vocalização, postura, estado mental e dor à palpação a 2 cm da ferida cirúrgica, transpostas para escalas de avaliação de dor e desconforto (escala de Melbourne), bem como do grau de analgesia (escala numérica categorizada) e de sedação (escala visual análoga). Os resultados referentes às variáveis fisiológicas foram submetidos a uma análise de medidas repetidas ANOVA, enquanto as variáveis comportamentais, não paramétricas, foram submetidas ao teste de Wilcoxon - Mann-Whitney. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas dentro do grupo ou entre grupos relativamente às variáveis fisiológicas no período perioperatório. Quanto aos parâmetros comportamentais, verificou-se um aumento significativo do grau de sedação nos animais do grupo CTM às 2 (P=0,002) e às 4 horas (P=0,011), o mesmo não sucedendo em relação à dor e desconforto ou grau de analgesia. Com base neste estudo, não se pode concluir que exista um benefício da cetamina em doses sub-anestésicas como analgésico adjuvante, num protocolo que por si só assegure uma boa analgesia.In the present study, the additional analgesic effect of a low-dose ketamine infusion was investigated, in female dogs undergoing ovariohysterectomy. For such, in this assessor-blinded study, 20 healthy dogs were randomly allocated into 2 groups, a control group (CTR) n=10, and a group in which the ketamine was added (CTM) n=10. The animals were pre-medicated with acepromazine (0,025 mg/kg) and tramadol (0,4 mg/kg) subcutaneously, and after 30 minutes were inducted with intravenous administration of propofol (3 mg/kg) and diazepam (0,3 mg/kg). The maintenance was assured with isoflurane and 100% oxygen. The animals included in CTM group were treated with intravenous ketamine as a bolus of 0,5 mg/kg before induction, and as a continuous rate infusion of 0,6 mg/kg/h during surgical procedure, while the CTR group received the same volume of saline solution (Nacl 0.9%). Animals from both groups received a 0,2 mg/kg dose of meloxicam, 5 minutes after surgery. Some physiological parameters were monitored; cardiac and respiratory frequency, temperature, saturation of haemoglobin with oxygen and mean blood pressure. It were also clinically assessed behavioral changes, such as agitation, vocalization, body position, mental status and pain response to a gently applied pressure 2 inches round the surgical wound, converted into pain and discomfort scales (Melbourne pain scale), as well as analgesia scales (numerical categorized scale) and sedation scales (visual analogue scale). The results referring to the physiological variable were submitted to the ANOVA repeated measures statistic test, while the behavioral variables, non parametric, were tested with Wilcoxon - Mann-Whitney. There were no statistically relevant differences inside group or between groups concerning to physiological variable at perioperative period. Regarding to behavioral parameters, a significant increase of sedation degree in the animals belonging to the CTM group was verified at 2 (P=0,002) and 4 hours (P=0,011) after surgery. The same scenario did not occur in pain and disconfort or analgesia degree scales. Based in this study, it cannot be concluded that the use of sub-anesthetical doses of ketamine as adjuvant analgesic, in a protocol that, by itself, assures great analgesia, is somehow benefic.2010-10-08T09:44:38Z2009-01-01T00:00:00Z2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/408pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessDias, Leonor Campos Vasconcelosreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-24T04:30:30Zoai:repositorio.utad.pt:10348/408Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-03-24T04:30:30Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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