Crescimento e actividade fetal às 20-24 semanas de gestação: estudo preliminar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Conde, Ana
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Figueiredo, Bárbara, Tendais, Iva, Pereira, Ana F., Afonso, Elisa, Nogueira, Raúl
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/274
Resumo: Introdução: Evidências empíricas recentes mostram que o desenvolvimento psicológico se inicia muito antes da nascença e que condições pré-natais podem explicar uma parte significativa da futura variabilidade comportamental e desenvolvimental da criança. Objectivos: O objectivo deste estudo foi caracterizar o desenvolvimento fetal entre as 20 e as 24 semanas de gestação, no que se refere a indicadores de crescimento fetal – distância biparietal, perímetro abdominal, perímetro cefálico, comprimento do fémur e peso fetal estimado – e os indicadores de actividade fetal – batimentos cardíacos e movimentais fetais. Visou, ainda, estabelecer possíveis diferenças em cada uma destas medidas, tendo em conta variáveis sócio-demográficas da mãe e do bebé, bem como condições obstétricas e consumo de substâncias na actual gravidez. Método: A amostra deste estudo englobou 48 fetos (52.1% do sexo feminino e 47.9% do sexo masculino), com uma idade gestacional estimada (GA) compreendida entre as 20-24 semanas (média = 21 semanas e 1 dia), cujas mães eram utentes da Consulta Externa de Ginecologia/Obstetrícia da Maternidade de Júlio Dinis (Porto). Foi efectuado um registo em vídeo do comportamento fetal e recolhidas as medidas biométricas correspondentes à ecografia morfológica. Resultados: A análise estatística dos dados mostrou, após controlada a idade gestacional, diferenças nas medidas de crescimento fetal tendo em conta a ocupação [F(1,41) = 7.28; p = .000], o estado civil [F(1,41) = 2.61; p = .04], o agregado familiar [F(1,41) = 2.91; p = .03] e o consumo de café [F(1,40) = 2.55; p = .05] por parte da mãe. Diferenças nas medidas da actividade fetal (batimentos cardíacos) foram também observadas para a variável sexo do bebé [F(1,16) = 5.84; p = .009]. Conclusão: Conclui-se quanto à sensibilidade do desenvolvimento fetal a factores relacionados com as características sóciodemográficas maternas e fetais e o consumo de substâncias por parte da mãe durante a gestação.
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