O desafio dos recursos humanos na área da saúde privada e pública : as motivações dos profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Ana Helena Pinto da Conceição
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/27623
Resumo: Nas últimas décadas, a oferta de prestação de cuidados de saúde em Portugal sofreu uma grande alteração. Verifica-se cada vez mais o peso do setor privado no Serviço Nacional de Saúde, tendo este já um papel fundamental no que toca à prestação de cuidados de saúde, de acordo com o estudo “Setor Privado da Saúde em Portugal”, realizado pela consultora Augusto Mateus & Associados, 2017. A iniciativa privada no campo da saúde tem vindo a crescer cada vez mais, solidificando-se como uma alternativa aos serviços públicos, na medida em que muitas vezes estes são mais céleres e com uma maior oferta de serviços (por exemplo no que toca a serviços de medicina dentária) dando assim oportunidade à população de escolher os seus prestadores de cuidados. O setor privado da saúde não é só uma oportunidade para os utentes, mas também para os profissionais de saúde que, devido à lei portuguesa, têm uma grande facilidade em transitar entre o setor público e o setor privado da saúde, uma vez que, segundo a Lei das Bases da Saúde, é apoiado o desenvolvimento do setor privado da saúde, facilitando a mobilidade entre o público e o privado, de modo a satisfazer as necessidades da população, evitando assim conflitos de interesse entre as atividades públicas e as atividades privadas. O objetivo principal desta dissertação é compreender as razões que levam os profissionais de saúde a optar por trabalhar no setor privado e compreender as razões que levam os profissionais de saúde a fazer a opção de trabalhar no setor público. Para tal recorreu-se à metodologia qualitativa, tendo sido realizadas entrevistas a 11 profissionais de saúde, sendo que 5 trabalhavam no setor privado da saúde e 6 no setor público da saúde. As entrevistas aplicadas são semiestruturadas, com o objetivo de aceder a informações sobre a satisfação das necessidades psicológicas básicas, sobre o bem-estar no trabalho, a motivação e a relação com o individualismo/coletivismo no trabalho. De notar que, enquanto a perspetiva individualista enfatiza objetivos individuais, esperando assim que o indivíduo atenda às necessidades individuais, o coletivismo vai dar mais importância às necessidades e aos objetivos de grupo. Os resultados revelaram que a possibilidade de progressão de carreira, aliado a uma boa remuneração são os principais motivos para estes profissionais escolherem o setor privado. No que concerne às principais motivações apontados pelo setor público destacam-se o gosto pela profissão, o querer ajudar os outros e o amor pela ciência. No geral, o relato dos profissionais de saúde do público e do privado são muito semelhantes no que toca à autonomia, motivação e orientação e vocação para o trabalho que realizam.
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A iniciativa privada no campo da saúde tem vindo a crescer cada vez mais, solidificando-se como uma alternativa aos serviços públicos, na medida em que muitas vezes estes são mais céleres e com uma maior oferta de serviços (por exemplo no que toca a serviços de medicina dentária) dando assim oportunidade à população de escolher os seus prestadores de cuidados. O setor privado da saúde não é só uma oportunidade para os utentes, mas também para os profissionais de saúde que, devido à lei portuguesa, têm uma grande facilidade em transitar entre o setor público e o setor privado da saúde, uma vez que, segundo a Lei das Bases da Saúde, é apoiado o desenvolvimento do setor privado da saúde, facilitando a mobilidade entre o público e o privado, de modo a satisfazer as necessidades da população, evitando assim conflitos de interesse entre as atividades públicas e as atividades privadas. O objetivo principal desta dissertação é compreender as razões que levam os profissionais de saúde a optar por trabalhar no setor privado e compreender as razões que levam os profissionais de saúde a fazer a opção de trabalhar no setor público. Para tal recorreu-se à metodologia qualitativa, tendo sido realizadas entrevistas a 11 profissionais de saúde, sendo que 5 trabalhavam no setor privado da saúde e 6 no setor público da saúde. As entrevistas aplicadas são semiestruturadas, com o objetivo de aceder a informações sobre a satisfação das necessidades psicológicas básicas, sobre o bem-estar no trabalho, a motivação e a relação com o individualismo/coletivismo no trabalho. De notar que, enquanto a perspetiva individualista enfatiza objetivos individuais, esperando assim que o indivíduo atenda às necessidades individuais, o coletivismo vai dar mais importância às necessidades e aos objetivos de grupo. Os resultados revelaram que a possibilidade de progressão de carreira, aliado a uma boa remuneração são os principais motivos para estes profissionais escolherem o setor privado. No que concerne às principais motivações apontados pelo setor público destacam-se o gosto pela profissão, o querer ajudar os outros e o amor pela ciência. No geral, o relato dos profissionais de saúde do público e do privado são muito semelhantes no que toca à autonomia, motivação e orientação e vocação para o trabalho que realizam.In the last decades, the supply of health care in Portugal has undergone a major change. The role of the private sector in the National Health Service is becoming more and more important, as it already plays a fundamental role in the delivery of health care, according to the study "Private Sector of Health in Portugal" carried out by the consultant Augusto Mateus & Associados, 2017. Private health care has been growing more and more, solidifying itself as an alternative to public services, since they are often faster and offer more services (for example, in relation to services of dentistry) thus giving the population the opportunity to choose their caregivers. The private health sector is not only an opportunity for users, but also for health professionals, who, due to Portuguese law, have a great deal of ease in moving between the public sector and the private health sector, since, according to the Health Bases Act supports the development of the private health sector by facilitating public-private mobility in order to meet the needs of the population, thus avoiding conflicts of interest between public activities and private activities. The main objective of this dissertation is to understand the reasons that cause health professionals to work in the private and the reasons that cause health professionals to work in the public. To do so, a qualitative methodology was used, with 11 health professionals interviewed, 5 of whom worked in the private health sector and 6 in the public health sector. The interviews are semi-structured, with the goal to accessing information about the satisfaction of basic psychological needs, on well-being at work, motivation and the relation with individualism/collectivism at work. While the individualist perspective emphasizes individual goals, waiting for the individual to meet individual needs, collectivism will give more importance to group needs and goals. The results showed that the possibility of career progression, coupled with good remuneration, are the main reasons for these professionals to choose the private sector. The main motivations pointed out by the public sector are the profession, the desire to help others and the love they have for the science. In general, the reports of public and private health professionals are very similar in terms of autonomy, motivation and orientation and vocation to the work they do.Oliveira, Eva Teresa Valente Dias deVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSousa, Ana Helena Pinto da Conceição2019-05-13T14:10:49Z2018-07-0920182018-07-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/27623TID:202101762porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:32:39Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/27623Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:21:42.428424Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Nas últimas décadas, a oferta de prestação de cuidados de saúde em Portugal sofreu uma grande alteração. Verifica-se cada vez mais o peso do setor privado no Serviço Nacional de Saúde, tendo este já um papel fundamental no que toca à prestação de cuidados de saúde, de acordo com o estudo “Setor Privado da Saúde em Portugal”, realizado pela consultora Augusto Mateus & Associados, 2017. A iniciativa privada no campo da saúde tem vindo a crescer cada vez mais, solidificando-se como uma alternativa aos serviços públicos, na medida em que muitas vezes estes são mais céleres e com uma maior oferta de serviços (por exemplo no que toca a serviços de medicina dentária) dando assim oportunidade à população de escolher os seus prestadores de cuidados. O setor privado da saúde não é só uma oportunidade para os utentes, mas também para os profissionais de saúde que, devido à lei portuguesa, têm uma grande facilidade em transitar entre o setor público e o setor privado da saúde, uma vez que, segundo a Lei das Bases da Saúde, é apoiado o desenvolvimento do setor privado da saúde, facilitando a mobilidade entre o público e o privado, de modo a satisfazer as necessidades da população, evitando assim conflitos de interesse entre as atividades públicas e as atividades privadas. O objetivo principal desta dissertação é compreender as razões que levam os profissionais de saúde a optar por trabalhar no setor privado e compreender as razões que levam os profissionais de saúde a fazer a opção de trabalhar no setor público. Para tal recorreu-se à metodologia qualitativa, tendo sido realizadas entrevistas a 11 profissionais de saúde, sendo que 5 trabalhavam no setor privado da saúde e 6 no setor público da saúde. As entrevistas aplicadas são semiestruturadas, com o objetivo de aceder a informações sobre a satisfação das necessidades psicológicas básicas, sobre o bem-estar no trabalho, a motivação e a relação com o individualismo/coletivismo no trabalho. De notar que, enquanto a perspetiva individualista enfatiza objetivos individuais, esperando assim que o indivíduo atenda às necessidades individuais, o coletivismo vai dar mais importância às necessidades e aos objetivos de grupo. Os resultados revelaram que a possibilidade de progressão de carreira, aliado a uma boa remuneração são os principais motivos para estes profissionais escolherem o setor privado. No que concerne às principais motivações apontados pelo setor público destacam-se o gosto pela profissão, o querer ajudar os outros e o amor pela ciência. No geral, o relato dos profissionais de saúde do público e do privado são muito semelhantes no que toca à autonomia, motivação e orientação e vocação para o trabalho que realizam.
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