Biomarcadores Precoces de Sarcopenia: Revisão Sistemática da Literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Portela, Liliana; USF Descobertas - ACES Lisboa Ocidental e Oeiras – ARSLVT, Lisboa, Portugal
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Sousa, Mónica; Nova Medical School, Lisboa, Portugal, Silvestre, Marta; Nova Medical School, Lisboa, Portugal
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25759/spmfr.461
Resumo: Introdução: Apesar de a sarcopenia ser considerada uma doença do idoso sabe-se que a perda muscular começa no adulto jovem. A sarcopenia, é responsável por uma menor qualidade de vida e perda de independência, pelo que o desenvolvimento e validação de biomarcadores de sarcopenia poderá ser uma estratégia custo efetiva no diagnóstico e monotorização deste problema nos cuidados de saúde primários. Pretende-se rever os principais biomarcadores estudados em indivíduos jovens que nos permitam implementar medidas preventivas em fases iniciais de doença.Métodos: Revisão sistemática da literatura com os termos MeSH “sarcopenia” e “biomarkers”, entre 2011 e 2021 em bases de dados científicas. Foram incluídos estudos em adultos com menos de 65 anos, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Toda a revisão seguiu a metodologia PRISMA. Foi utilizada a Strenght of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Academy of Family Physicians para estratificar o nível de evidência e a ferramenta AMSTAR2 (A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews) para avaliação da qualidade da revisão sistemática.Resultados: Foram incluídos oito estudos (seis observacionais transversais e dois caso controlo). Os biomarcadores fator de diferenciação de crescimento 5, a isoleucina, a leucina, o triptofano, a insulina em jejum, o índice HOMA, os triglicerídeos e o C1q associaram-se a piores resultados de avaliação muscular enquanto que a irisina sérica, o rácio putrescina/ornitina, o rácio quinurenina/triptofano, a lipoprotéina de alta densidade, o fator de crescimento semelhante à insulina e a isoforma solúvel do recetor dos produtos finais de glicação avançada mostraram uma relação positiva com os parâmetros musculares avaliados.Conclusão: Não parece existir evidência robusta para definir um único biomarcador precoce isolado de sarcopenia, no entanto, alterações em biomarcadores serológicos juntamente com a avaliação física podem ser úteis na prática clínica. Com base na ferramenta SORT foi atribuída uma força de recomendação B e com base na ferramenta AMSTAR2 foi considerada uma revisão de moderada qualidade.
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Foram incluídos estudos em adultos com menos de 65 anos, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Toda a revisão seguiu a metodologia PRISMA. Foi utilizada a Strenght of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Academy of Family Physicians para estratificar o nível de evidência e a ferramenta AMSTAR2 (A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews) para avaliação da qualidade da revisão sistemática.Resultados: Foram incluídos oito estudos (seis observacionais transversais e dois caso controlo). Os biomarcadores fator de diferenciação de crescimento 5, a isoleucina, a leucina, o triptofano, a insulina em jejum, o índice HOMA, os triglicerídeos e o C1q associaram-se a piores resultados de avaliação muscular enquanto que a irisina sérica, o rácio putrescina/ornitina, o rácio quinurenina/triptofano, a lipoprotéina de alta densidade, o fator de crescimento semelhante à insulina e a isoforma solúvel do recetor dos produtos finais de glicação avançada mostraram uma relação positiva com os parâmetros musculares avaliados.Conclusão: Não parece existir evidência robusta para definir um único biomarcador precoce isolado de sarcopenia, no entanto, alterações em biomarcadores serológicos juntamente com a avaliação física podem ser úteis na prática clínica. Com base na ferramenta SORT foi atribuída uma força de recomendação B e com base na ferramenta AMSTAR2 foi considerada uma revisão de moderada qualidade.Introduction: Although sarcopenia is considered a disease of the elderly, it is known that muscle loss begins in young adults. Sarcopenia is responsible for a lower quality of life and loss of independence, so the development and validation of sarcopenia biomarkers could be a cost-effective strategy for diagnosing and monitoring this problem in primary health care. It is intended to review the main biomarkers studied in young individuals that allow us to implement preventive measures in the early stages of the diseaseMethods: Systematic literature review using the MeSH terms “sarcopenia” and “biomarkers”, between 2011 and 2021 in scientific databases. Studies in adults aged less than 65 years, in Portuguese, English and Spanish were included. The entire review followed the PRISMA methodology. The Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) of the American Academy of Family Physicians was used to stratify the level of evidence and the AMSTAR2 (A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews) to assess the quality of the systematic review.Results: Eight studies were included (six cross-sectional and two case-control). Growth Differentiation Factor-15, isoleucine, leucine, tryptophan, fasting insulin, HOMA index, triglycerides and C1q protein complement biomarkers were associated with worse muscle assessment results, while serum irisin, putrescine/ ornithine, kynurenine/tryptophan ratio, high density lipoprotein, insulin like growth factor 1 and soluble isoform of a receptor for advanced glycation end products showed a positive relationship with the muscle parameters evaluated.Conclusion: There does not appear to be robust evidence to define a single isolated early sarcopenia biomarker, however, changes in serological biomarkers together with physical assessment may be useful in clinical practice. Was given a SORT B-level recommendation and a moderate quality review by the AMSTAR2 tool.Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação2022-09-08T00:00:00Zjournal articlejournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://doi.org/10.25759/spmfr.461oai:ojs.spmfrjournal.org:article/461Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação; v. 34, n. 2 (2022): Ano 30; 88-990872-9204reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/461https://doi.org/10.25759/spmfr.461https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/461/248Copyright (c) 2022 Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitaçãohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPortela, Liliana; USF Descobertas - ACES Lisboa Ocidental e Oeiras – ARSLVT, Lisboa, PortugalSousa, Mónica; Nova Medical School, Lisboa, PortugalSilvestre, Marta; Nova Medical School, Lisboa, Portugal2022-09-20T15:28:42Zoai:ojs.spmfrjournal.org:article/461Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:51:17.524836Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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