A teoria em questão: Stanley Fish e Frederic Jameson

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Rui Costa
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/3747
Resumo: Tese de mestrado, Teoria da Literatura, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2006
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spelling A teoria em questão: Stanley Fish e Frederic JamesonFish, Stanley, 1938-Jameson, Fredric, 1934- - Crítica e interpretaçãoFilosofia literáriaTeses de mestrado - 2006Tese de mestrado, Teoria da Literatura, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2006Esta tese tem como objectivo inicial mostrar como Fredric Jameson e Stanley Fish, apesar de partirem de diferentes (e sob certos, talvez mesmo antagónicas) tradições teórico-filosóficas, acabam ainda assim por partilhar alguns princípios gerais em teoria literária. Partindo de uma convicção relativa à impossibilidade de uma teoria da literatura que pretenda dispor de critérios de objectividade, de justificação e de metodologias de trabalho universalmente aceites como válidas, Jameson e Fish (a partir de um determinado momento das suas obras) acabam por centrar a sua atenção em questões, não já de índole teórica, mas meta-teórica. Este movimento é, a meu ver, particularmente significativo. Com efeito, o pensamento dialéctico de Jameson (o «pensar sobre o pensar») e a sua defesa de uma certa teoria da pós-modernidade acabam por determinar o modo como são determinadas as condições de (im)possibilidade da crítica literária. Esta passará a ficar limitada a uma identificação de sintomas de «contradições sociais». Por outro lado, e de modo análogo, a teoria da crença de Stanley Fish, bem como o seu antifundacionalismo essencial, situando-se igualmente a um nível meta-teórico, acabam em última análise por se tornar meios de avaliação crítica das condições de (im)possibilidade da teoria da literatura. Com a minha explícita referência a diferentes leituras de Hegel procurei revelar que os modos pelos quais se opta ler o autor da Fenomenologia tanto pode permitir a defesa de um argumento antifundacionalista (Rorty estabelece a ponte entre Hegel e a crítica à ideia de verdade como representação), como a integração da epistemologia numa filosofia da História (Lukacs e Sartre exibem duas tendências diferentes de perceber a relação de Hegel com Marx). Sucede, porém, quer relativamente à teoria da crença e ao antifundacionalismo de Stanley Fish, por um lado, quer relativamente à ideia de uma contradição social existente como sustento de uma hermenêutica do inconsciente político, defendido por Jameson, por outro, podem ser levantadas as dúvidas sobre critérios e fundamentos que anteriormente já tinham posto em causa a possibilidade da teoria e mais particularmente da teoria literária. Em suma, a minha tese geral, é que a passagem do discurso teórico para o dicurso meta-teórico (que corresponde grosso modo, à substituição de um discurso ontológico por um discurso sobre as condições de possibilidade do conhecimento) – passagem essa, que Jameson e Fish protagonizaram, acaba por não conseguir evitar os problemas que esses mesmos autores haviam atribuído ao discurso teórico e à teoria.Abstract: This thesis pretends to show how Fredric Jameson and Stanley Fish, although coming from different theoretical traditions, share some common general principles on literary theory. They both believe with universal criteria of objectivity, justification and methodology is impossible. This notion explains why they developed a kind of meta-theoretical inquiry, rather than a theoretical one. This move was made in order to avoid problems and doubts raised against theory, or at least, against the classical conception of theory. I try to show, however, that this transition from theory to meta-theory seems to fail as an attempt to avoid the so-called problems of literary theory. Those problems reappear, although sometimes dressed in new garments.Feijó, António M.,1952-Repositório da Universidade de LisboaSantos, Rui Costa2011-07-18T10:40:10Z20062006-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/3747porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:44:21Zoai:repositorio.ul.pt:10451/3747Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:29:33.666609Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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