Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, Joana Marisa da Cruz Martins
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/1611
Resumo: No passado, as regiões concorriam entre si para a construção de grandes infra-estruturas físicas, que a seu ver as tornariam competitivas face a outras. A prosperidade dos territórios passava pela sua atractividade para a instalação de negócios e consequente criação de empregos. Hoje em dia, o sucesso de indivíduos, organizações ou territórios depende da mobilização de activos intangíveis. Ao entrarem eles próprios na era do conhecimento, os territórios não estão a fazer mais do que responder à economia electrónica que se instalou há muito no planeta e que é reconhecida e reforçada por opções estratégicas tomadas pelos Estados, individualmente ou de forma concertada. A reformulação da Estratégia de Lisboa abriu uma janela de oportunidade para o desenvolvimento das metrópoles europeias baseadas na economia do conhecimento. As organizações com fins lucrativos há já algum tempo que vêm pondo em prática um novo estilo de gestão, baseada nos chamados activos intangíveis, como por exemplo o capital humano. Mas as organizações são sistemas abertos e, por isso, a progressão interna do conhecimento alimenta-se constantemente do conhecimento externo disponível no meio envolvente, em clientes, fornecedores, concorrentes e sociedade em geral. Ao processo anterior junta-se, assim, a captação, absorção e integração do conhecimento externo. O conhecimento é um recurso indispensável à inovação e esta é o sustento das vantagens competitivas numa época em que os ciclos de inovação são cada vez mas curtos. Desta forma, o conhecimento torna-se estratégico para a sobrevivência da sociedade em geral e dos territórios em particular e é necessário geri-lo também a este nível. Na presente dissertação, discute-se a aplicabilidade do conceito de gestão do conhecimento ao território. Pretende-se investigar se nos modelos conhecidos de gestão do conhecimento ao nível territorial existe uma abordagem multinível e se é visível uma estrutura de cadeia de operações no processo de gestão de conhecimento. Concluímos que o território é uma rede viva, cuja matéria-prima essencial é o indivíduo, uma vez que é nestes que reside o conhecimento, a verdadeira mola propulsora do território. Os modelos disponíveis no presente ainda estão mais orientados para a mensuração, passo essencial para aferir qual o nível de conhecimento que os territórios detêm na actualidade. Depreende-se ser esta uma área de investigação muito promissora e realmente desafiante, não só pela riqueza das temáticas envolvidas mas, sobretudo, pelos resultados que poderá permitir alcançar: o bem-estar de todos os envolvidos ABSTRACT: In the past, the regions compete among themselves for the construction of large physical infrastructure, which in their eyes would make them competitive against the other. The prosperity of the territories passed by its attractiveness for the installation of business and consequent job creation. Nowadays, the success of individuals, organizations or territories depends on mobilisation of intangible assets. By entering themselves in the era of knowledge, the territories aren’t doing more than responding to the electronic economy that is installed long ago on the planet and that is recognized and strengthened by strategic choices made by states, individually or in a concerted manner. The recasting of the Lisbon Strategy opened a window of opportunity for the development of European metropolises based on the knowledge economy. In recente past, profit organisations started to put into practice, a new management style, based on, essentially, in so-called intangible assets, such as human capital. But organisations are open systems and therefore the internal advancement of knowledge is constantly fed by the knowledge available in the external environment, customers, suppliers, competitors and society in general. To the previous process join, therefore, the capture, absorption and integration of external knowledge. Knowledge is an indispensable resource for innovation and this is the livelihood of competitive advantage at a time when the cycles of innovation are increasingly short. Thus, the knowledge becomes strategic to the survival of society in general and of the territories in particular and it is necessary to manage him well also at this level. This dissertation, discusses the applicability of the concept of knowledge management to the territory. The aim is to investigate if in the known models of knowledge management at territorial level there is a multi-level approach and if is visible a chain operations structure in the management of knowledge. We concluded that the territory is a alive network, whose raw material is essentially the individual, since it is in these that knowledge resides, the real propulsion spring of the territory. The models available at present are still more geared to the measurement essential step to ascertain at what level of knowledge the territories is at present. It is this as a very promising area of research and really challenging, not only for the wealth of thematic involved, but above all the results that can achieve: the welfare of all involved
id RCAP_fff97732099564d3e9ce8a8afd532183
oai_identifier_str oai:ria.ua.pt:10773/1611
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoriaGestão do conhecimentoSociedade de informaçãoPlaneamento do territórioDesenvolvimento urbanoNo passado, as regiões concorriam entre si para a construção de grandes infra-estruturas físicas, que a seu ver as tornariam competitivas face a outras. A prosperidade dos territórios passava pela sua atractividade para a instalação de negócios e consequente criação de empregos. Hoje em dia, o sucesso de indivíduos, organizações ou territórios depende da mobilização de activos intangíveis. Ao entrarem eles próprios na era do conhecimento, os territórios não estão a fazer mais do que responder à economia electrónica que se instalou há muito no planeta e que é reconhecida e reforçada por opções estratégicas tomadas pelos Estados, individualmente ou de forma concertada. A reformulação da Estratégia de Lisboa abriu uma janela de oportunidade para o desenvolvimento das metrópoles europeias baseadas na economia do conhecimento. As organizações com fins lucrativos há já algum tempo que vêm pondo em prática um novo estilo de gestão, baseada nos chamados activos intangíveis, como por exemplo o capital humano. Mas as organizações são sistemas abertos e, por isso, a progressão interna do conhecimento alimenta-se constantemente do conhecimento externo disponível no meio envolvente, em clientes, fornecedores, concorrentes e sociedade em geral. Ao processo anterior junta-se, assim, a captação, absorção e integração do conhecimento externo. O conhecimento é um recurso indispensável à inovação e esta é o sustento das vantagens competitivas numa época em que os ciclos de inovação são cada vez mas curtos. Desta forma, o conhecimento torna-se estratégico para a sobrevivência da sociedade em geral e dos territórios em particular e é necessário geri-lo também a este nível. Na presente dissertação, discute-se a aplicabilidade do conceito de gestão do conhecimento ao território. Pretende-se investigar se nos modelos conhecidos de gestão do conhecimento ao nível territorial existe uma abordagem multinível e se é visível uma estrutura de cadeia de operações no processo de gestão de conhecimento. Concluímos que o território é uma rede viva, cuja matéria-prima essencial é o indivíduo, uma vez que é nestes que reside o conhecimento, a verdadeira mola propulsora do território. Os modelos disponíveis no presente ainda estão mais orientados para a mensuração, passo essencial para aferir qual o nível de conhecimento que os territórios detêm na actualidade. Depreende-se ser esta uma área de investigação muito promissora e realmente desafiante, não só pela riqueza das temáticas envolvidas mas, sobretudo, pelos resultados que poderá permitir alcançar: o bem-estar de todos os envolvidos ABSTRACT: In the past, the regions compete among themselves for the construction of large physical infrastructure, which in their eyes would make them competitive against the other. The prosperity of the territories passed by its attractiveness for the installation of business and consequent job creation. Nowadays, the success of individuals, organizations or territories depends on mobilisation of intangible assets. By entering themselves in the era of knowledge, the territories aren’t doing more than responding to the electronic economy that is installed long ago on the planet and that is recognized and strengthened by strategic choices made by states, individually or in a concerted manner. The recasting of the Lisbon Strategy opened a window of opportunity for the development of European metropolises based on the knowledge economy. In recente past, profit organisations started to put into practice, a new management style, based on, essentially, in so-called intangible assets, such as human capital. But organisations are open systems and therefore the internal advancement of knowledge is constantly fed by the knowledge available in the external environment, customers, suppliers, competitors and society in general. To the previous process join, therefore, the capture, absorption and integration of external knowledge. Knowledge is an indispensable resource for innovation and this is the livelihood of competitive advantage at a time when the cycles of innovation are increasingly short. Thus, the knowledge becomes strategic to the survival of society in general and of the territories in particular and it is necessary to manage him well also at this level. This dissertation, discusses the applicability of the concept of knowledge management to the territory. The aim is to investigate if in the known models of knowledge management at territorial level there is a multi-level approach and if is visible a chain operations structure in the management of knowledge. We concluded that the territory is a alive network, whose raw material is essentially the individual, since it is in these that knowledge resides, the real propulsion spring of the territory. The models available at present are still more geared to the measurement essential step to ascertain at what level of knowledge the territories is at present. It is this as a very promising area of research and really challenging, not only for the wealth of thematic involved, but above all the results that can achieve: the welfare of all involvedUniversidade de Aveiro2011-04-19T13:44:14Z2008-01-01T00:00:00Z2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/1611porRamos, Joana Marisa da Cruz Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T10:58:08Zoai:ria.ua.pt:10773/1611Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:40:14.311006Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria
title Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria
spellingShingle Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria
Ramos, Joana Marisa da Cruz Martins
Gestão do conhecimento
Sociedade de informação
Planeamento do território
Desenvolvimento urbano
title_short Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria
title_full Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria
title_fullStr Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria
title_full_unstemmed Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria
title_sort Cidades e territórios do conhecimento : contribuição para o desenvolvimento de uma teoria
author Ramos, Joana Marisa da Cruz Martins
author_facet Ramos, Joana Marisa da Cruz Martins
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ramos, Joana Marisa da Cruz Martins
dc.subject.por.fl_str_mv Gestão do conhecimento
Sociedade de informação
Planeamento do território
Desenvolvimento urbano
topic Gestão do conhecimento
Sociedade de informação
Planeamento do território
Desenvolvimento urbano
description No passado, as regiões concorriam entre si para a construção de grandes infra-estruturas físicas, que a seu ver as tornariam competitivas face a outras. A prosperidade dos territórios passava pela sua atractividade para a instalação de negócios e consequente criação de empregos. Hoje em dia, o sucesso de indivíduos, organizações ou territórios depende da mobilização de activos intangíveis. Ao entrarem eles próprios na era do conhecimento, os territórios não estão a fazer mais do que responder à economia electrónica que se instalou há muito no planeta e que é reconhecida e reforçada por opções estratégicas tomadas pelos Estados, individualmente ou de forma concertada. A reformulação da Estratégia de Lisboa abriu uma janela de oportunidade para o desenvolvimento das metrópoles europeias baseadas na economia do conhecimento. As organizações com fins lucrativos há já algum tempo que vêm pondo em prática um novo estilo de gestão, baseada nos chamados activos intangíveis, como por exemplo o capital humano. Mas as organizações são sistemas abertos e, por isso, a progressão interna do conhecimento alimenta-se constantemente do conhecimento externo disponível no meio envolvente, em clientes, fornecedores, concorrentes e sociedade em geral. Ao processo anterior junta-se, assim, a captação, absorção e integração do conhecimento externo. O conhecimento é um recurso indispensável à inovação e esta é o sustento das vantagens competitivas numa época em que os ciclos de inovação são cada vez mas curtos. Desta forma, o conhecimento torna-se estratégico para a sobrevivência da sociedade em geral e dos territórios em particular e é necessário geri-lo também a este nível. Na presente dissertação, discute-se a aplicabilidade do conceito de gestão do conhecimento ao território. Pretende-se investigar se nos modelos conhecidos de gestão do conhecimento ao nível territorial existe uma abordagem multinível e se é visível uma estrutura de cadeia de operações no processo de gestão de conhecimento. Concluímos que o território é uma rede viva, cuja matéria-prima essencial é o indivíduo, uma vez que é nestes que reside o conhecimento, a verdadeira mola propulsora do território. Os modelos disponíveis no presente ainda estão mais orientados para a mensuração, passo essencial para aferir qual o nível de conhecimento que os territórios detêm na actualidade. Depreende-se ser esta uma área de investigação muito promissora e realmente desafiante, não só pela riqueza das temáticas envolvidas mas, sobretudo, pelos resultados que poderá permitir alcançar: o bem-estar de todos os envolvidos ABSTRACT: In the past, the regions compete among themselves for the construction of large physical infrastructure, which in their eyes would make them competitive against the other. The prosperity of the territories passed by its attractiveness for the installation of business and consequent job creation. Nowadays, the success of individuals, organizations or territories depends on mobilisation of intangible assets. By entering themselves in the era of knowledge, the territories aren’t doing more than responding to the electronic economy that is installed long ago on the planet and that is recognized and strengthened by strategic choices made by states, individually or in a concerted manner. The recasting of the Lisbon Strategy opened a window of opportunity for the development of European metropolises based on the knowledge economy. In recente past, profit organisations started to put into practice, a new management style, based on, essentially, in so-called intangible assets, such as human capital. But organisations are open systems and therefore the internal advancement of knowledge is constantly fed by the knowledge available in the external environment, customers, suppliers, competitors and society in general. To the previous process join, therefore, the capture, absorption and integration of external knowledge. Knowledge is an indispensable resource for innovation and this is the livelihood of competitive advantage at a time when the cycles of innovation are increasingly short. Thus, the knowledge becomes strategic to the survival of society in general and of the territories in particular and it is necessary to manage him well also at this level. This dissertation, discusses the applicability of the concept of knowledge management to the territory. The aim is to investigate if in the known models of knowledge management at territorial level there is a multi-level approach and if is visible a chain operations structure in the management of knowledge. We concluded that the territory is a alive network, whose raw material is essentially the individual, since it is in these that knowledge resides, the real propulsion spring of the territory. The models available at present are still more geared to the measurement essential step to ascertain at what level of knowledge the territories is at present. It is this as a very promising area of research and really challenging, not only for the wealth of thematic involved, but above all the results that can achieve: the welfare of all involved
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-01-01T00:00:00Z
2008
2011-04-19T13:44:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10773/1611
url http://hdl.handle.net/10773/1611
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de Aveiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade de Aveiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137451966464000