Envelhecimento Bem-Sucedido: Estamos Preparados?/Successful Aging: Are we Prepared?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Heloísa Gonçalves
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Ciências em Saúde
Texto Completo: https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/601
Resumo: Não é novidade que o Brasil vivencia um processo de envelhecimento da população, ocasionado principalmente por aumentos na expectativa de vida e quedas nas taxas de natalidade e mortalidade. Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em 2050, os indivíduos com 60 anos ou mais serão aproximadamente 30% da população total do país.1 Embora uma parcela dessa população seja capaz de se manter com níveis adequados de qualidade de vida, outra parte significativa sofre de transtornos cognitivos e psicológicos, perda de funcionalidade, doenças crônicas e fatores diversos que afetam a qualidade de vida de forma considerável. Logo, são inúmeras as consequências desse fenômeno demográfico no âmbito da saúde, além dos desdobramentos na conjuntura econômica, política, social e cultural do país. Entretanto, o ponto que pretendo destacar no contexto desse fenômeno refere-se ao que tem sido considerado na literatura científica como envelhecimento bem-sucedido, bem como quanto tal conceito está associado a estilos de vida adotados ao longo de toda a vida.A trajetória do envelhecimento é distinta para os indivíduos e depende da combinação de uma série de fatores biológicos, psicológicos, sociais, culturais e econômicos. Um dos modelos teóricos mais aceitos e difundidos na literatura, para compreender o que seria o envelhecimento bem-sucedido, é o proposto por Rowe e Kahn.2 Esse modelo assume basicamente que o envelhecimento bem-sucedido seria uma combinação dos seguintes três fatores: (1) habilidade de se manterem baixos os riscos para doenças e incapacidades; (2) boa saúde física e mental; e (3) engajamento ativo com a vida. Posteriormente, um quarto fator foi incorporado:3 a importância da espiritualidade positiva, definida como a capacidade de desenvolver uma relação pessoal e internalizada com o sagrado ou o transcendente que não esteja vinculada à raça, etnia, economia ou classe social, e que promova o bem-estar para si e para os outros. 
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