Influência do uso de lama de vidro na difusividade térmica de argamassas estruturais utilizando termografia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alvarenga,Cristiane do Bom Conselho Sales
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Maximo,Oneida Heiderick, Cassimiro,Isabella Luísa Vieira Aquino, Sales,Rosemary do Bom Conselho, Aguilar,Maria Teresa Paulino
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Matéria (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762020000400338
Resumo: RESUMO O vidro soda-cal-sílica é um material com alto potencial de reciclagem. No entanto, o seu beneficiamento gera micropartículas que ficam suspensas na água utilizada para resfriamento das ferramentas. Esse resíduo é inerte e, comumente, não reaproveitado. Para seu descarte é feita a decantação das micropartículas de vidro utilizando floculantes, sendo a lama produzida depositada em aterros sanitários. De acordo com a literatura, essas micropartículas de vidro poderiam atuar como material cimentício suplementar na produção de cimento Portland. Contudo, as informações sobre o desempenho térmico desses materiais são escassas. Neste estudo investiga-se a difusividade térmica de argamassas para fins estruturais confeccionadas com cimento Portland e lama de vidro soda-cal-sílica com características pozolânicas. Foram produzidas argamassas com e sem substituição do cimento por 10 e 20% de lama in natura e lama lavada para retirada do floculante. As argamassas foram caracterizadas quanto à resistência mecânica e difusividade térmica. Também, foram determinadas a massa específica, a condutividade térmica e o perfil de aquecimento das amostras, parâmetros necessários para avaliar a difusividade térmica. Os resultados indicam que a lama de vidro, com e sem floculante, poderia ser utilizada em substituição ao cimento sem comprometer a resistência mecânica devido às suas características pozolânicas. Nas argamassas com 10% de lama sem floculante se observa um aumento de aproximadamente 8% na resistência. Contudo, em todas as amostras com lama de vidro, lavada ou não, observa-se uma diminuição de 3 a 4% na massa específica e de 17 a 18% na condutividade térmica, indicando que a reação pozolânica não ocorreu em toda a sua extensão. A difusividade, determinada com auxílio da termografia infravermelha, apresenta resultados compatíveis com a literatura e indica que o uso do resíduo não influencia significativamente a inércia térmica das argamassas. Dessa forma, a lama de vidro em substituição a 10% e 20% de cimento Portland poderia ser utilizada em argamassas estruturais sem comprometer o desempenho térmico do sistema, além de contribuir com o meio ambiente ao dar destino adequado ao resíduo e reduzir a retirada de matérias primas para a produção de cimento.
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