Aplicação de rejeito de mineração em pequena escala de ouro na produção de tijolo de solo-cimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes,Ana Cláudia Franca
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Cordeiro,Carol Cardoso Moura, Santos,Roberto Aguiar dos, Soares,Vítor Rodrigues Alves, Rocha,Sônia Denise Ferreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Matéria (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762022000100315
Resumo: RESUMO A economia circular na mineração, com a utilização de rejeitos para geração de novos produtos, destaca-se como forma potencial de mitigar o passivo ambiental da atividade mineral. Este trabalho avaliou a utilização de rejeito da mineração de ouro, como matéria-prima principal, na composição de tijolos tipo solo-cimento. Para tal, foram preparadas misturas com traços cimento CPII-Z-32 (1): rejeito (5-10): solo (0-5) e submetidas à caracterização física (distribuição granulométrica pela NBR 7181, massa específica por picnometria a gás hélio e área superficial específica por BET), química (fluorescência de raios-X), mineralógica (difração de raios-X), geotécnica (limites de consistência) e ensaios de compactação (NBR 12023), sendo este último ensaio determinador do teor de umidade ótimo utilizado na produção dos tijolos para cada mistura. Os parâmetros mecânicos dos tijolos foram caracterizados segundo a NBR 8491 e a avaliação ambiental foi realizada através da NBR 10004. Os tijolos com traço 1:5:5 alcançaram resistência a compressão de 3,1 MPa e absorção de água de 17,0%, compatíveis com a exigência da norma. A NBR 10004 classificou estes tijolos como um produto não perigoso e não inerte devido à solubilização de alumínio superior ao limite estabelecido. A liberação de alumínio está associada a composição química natural das matérias-primas. Por outro lado, contaminantes do rejeito, como o cianeto, foram imobilizados pela mistura cimento, rejeito e solo através das fases de hidratação do cimento (C-S-H e C-A-S-H). Portanto, os estudos demonstraram que o rejeito da mineração de ouro estudada, até então considerado passivo ambiental, apresenta potencial para produção de tijolos tipo solo-cimento atendendo as especificações técnicas e ambientais.
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