Cerâmica arqueológica (Sítio PA-GU-5: Manduquinha) e cabocla na região de Caxiuanã-Pará

• Autor(a) principal: Kern, Dirse Clara
• Data de Publicação: 1997
• Outros Autores: da Costa, Marcondes Lima
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista de Arqueologia
• Texto Completo: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/122
• topic: Tecnologia cerâmica; cerâmica arqueológica; Cerâmica cabocla

O presente trabalho tem como objetivo apresentar aspectos referentes ao modo de confecção, material utilizado e decoração, tanto na cerâmica arqueológica como na cabocla da região de Caxiuanã. Para a coleta do material arqueológico no sítio PA-GU-5: Manduquinha, foram feitas sondagens, seguindo-se as anomalias positivas e negativas de P2O5. A confecção da cerâmica cabocla foi acompanhada detalhadamente e comparada com as observações feitas por Ferreira Penna, que esteve na área em 1876. Os resultados mostram que a predominância de técnica de manufatura acordelado na cerâmica arqueológica perdura até os dias atuais, porém só é utilizada para efetuar grandes peças. O antiplástico foi diverso na cerâmica arqueológica, onde o cariapé ocorria com maior frequência, seguido de areia e cauixi. O antiplástico areia diminui a sua frequência para o tempo presente, enquanto que o cariapé tende a aumentar, sendo o único antiplástico usado atualmente. No conjunto dos fragmentos arqueológicos decorados, a maior frequência é a decoração branca, seguindo-se a vermelha, incisa, excisa e a modelada. Na cerâmica cabocla a decoração é muito simples, apresentando as vezes borda digitada. A densidade de material arqueológico nos sítios da região ê baixa se comparada com outros sítios de Terra Preta Arqueológica da Amazônia, estando mais concentrada no horizonte A.