Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Arqueologia |
Texto Completo: | https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/180 |
Resumo: | Nesta tese de doutorado o autor analisa criticamente a história e a historiografia da arqueologia pantaneira, desde a segunda metade do século XIX até fins do século XX, e aborda o processo de ocupação indígena das terras baixas do Pantanal, desde os primeiros pescadores-caçadores-coletores do período pré-colonial até os atuais canoeiros Guató. O objetivo maior é contribuir para a composição de uma história indígena total, em seus múltiplos aspectos e perspectivas espaço-temporais, a partir de uma abordagem interdisciplinar que emprega procedimentos teórico-metodológicos próprios da arqueologia, antropologia e história. Para tanto, foram utilizados dados contidos em fontes textuais diversas, informações recolhidas a partir da tradição oral dos Guató e os resultados de pesquisas arqueológicas, etnográficas e etnoarqueológicas. Foi possível demonstrar que a arqueologia pantaneira tem sido pautada pelo estudo de povos pescadores-caçadores-coletores, associados à macro tecnologia ceramista conhecida no Brasil como tradição Pantanal e a estruturas monticulares do tipo aterro, os quais se estabeleceram na região muito antes do início da Era Cristã. Nos dias de hoje, a arqueologia pantaneira reflete as mesmas mudanças de nuance constatadas para a arqueologia brasileira desde a década de 1980. Nos séculos XVI, XVII e XVIII, período de muitas disputas entre Espanha e Portugal pelo domínio do alto Paraguai, foram produzidos vários relatos que atestam a existência de um extraordinário mosaico sociocultural no centro da América do Sul, inclusive de um complexo de povos canoeiros formado por sociedades cultural e lingüisticamente distintas. De todas essas sociedades, a dos Guató é a mais conhecida do ponto de vista etnoistórico e etnológico, estando tradicionalmente organizada em grupos domésticos ligados por laços de consangüinidade, descendência e afinidade, relacionados a um particular sistema de patrilocalidade e patrilinearidade. |
id |
SAB-1_be1c232b68538e0fbc21c424d5196be4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.revista.sabnet.org:article/180 |
network_acronym_str |
SAB-1 |
network_name_str |
Revista de Arqueologia |
repository_id_str |
|
spelling |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanalArqueologiaGuatóHistória IndígenaHistoriografiaPantanalNesta tese de doutorado o autor analisa criticamente a história e a historiografia da arqueologia pantaneira, desde a segunda metade do século XIX até fins do século XX, e aborda o processo de ocupação indígena das terras baixas do Pantanal, desde os primeiros pescadores-caçadores-coletores do período pré-colonial até os atuais canoeiros Guató. O objetivo maior é contribuir para a composição de uma história indígena total, em seus múltiplos aspectos e perspectivas espaço-temporais, a partir de uma abordagem interdisciplinar que emprega procedimentos teórico-metodológicos próprios da arqueologia, antropologia e história. Para tanto, foram utilizados dados contidos em fontes textuais diversas, informações recolhidas a partir da tradição oral dos Guató e os resultados de pesquisas arqueológicas, etnográficas e etnoarqueológicas. Foi possível demonstrar que a arqueologia pantaneira tem sido pautada pelo estudo de povos pescadores-caçadores-coletores, associados à macro tecnologia ceramista conhecida no Brasil como tradição Pantanal e a estruturas monticulares do tipo aterro, os quais se estabeleceram na região muito antes do início da Era Cristã. Nos dias de hoje, a arqueologia pantaneira reflete as mesmas mudanças de nuance constatadas para a arqueologia brasileira desde a década de 1980. Nos séculos XVI, XVII e XVIII, período de muitas disputas entre Espanha e Portugal pelo domínio do alto Paraguai, foram produzidos vários relatos que atestam a existência de um extraordinário mosaico sociocultural no centro da América do Sul, inclusive de um complexo de povos canoeiros formado por sociedades cultural e lingüisticamente distintas. De todas essas sociedades, a dos Guató é a mais conhecida do ponto de vista etnoistórico e etnológico, estando tradicionalmente organizada em grupos domésticos ligados por laços de consangüinidade, descendência e afinidade, relacionados a um particular sistema de patrilocalidade e patrilinearidade.Sociedade de Arqueologia Brasileira2003-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/18010.24885/sab.v16i1.180Revista de Arqueologia; Vol. 16 No. 1 (2003); 71-86Revista de Arqueologia; Vol. 16 Núm. 1 (2003); 71-86Revista de Arqueologia; Vol. 16 No 1 (2003); 71-86Revista de Arqueologia; v. 16 n. 1 (2003); 71-861982-19990102-042010.24885/sab.v16i1reponame:Revista de Arqueologiainstname:Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)instacron:SABporhttps://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/180/496Copyright (c) 2021 Jorge Eremites de Oliveirahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessEremites de Oliveira, Jorge 2022-11-11T17:20:35Zoai:ojs2.revista.sabnet.org:article/180Revistahttps://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sabPUBhttps://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/oairevistadearqueologia@gmail.com || revistasab.ojs@gmail.com1982-19990102-0420opendoar:2022-11-11T17:20:35Revista de Arqueologia - Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal |
title |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal |
spellingShingle |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal Eremites de Oliveira, Jorge Arqueologia Guató História Indígena Historiografia Pantanal |
title_short |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal |
title_full |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal |
title_fullStr |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal |
title_full_unstemmed |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal |
title_sort |
Da pré-história à história indígena: (Re) pensando a arqueologia e os povos canoeiros do pantanal |
author |
Eremites de Oliveira, Jorge |
author_facet |
Eremites de Oliveira, Jorge |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Eremites de Oliveira, Jorge |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Arqueologia Guató História Indígena Historiografia Pantanal |
topic |
Arqueologia Guató História Indígena Historiografia Pantanal |
description |
Nesta tese de doutorado o autor analisa criticamente a história e a historiografia da arqueologia pantaneira, desde a segunda metade do século XIX até fins do século XX, e aborda o processo de ocupação indígena das terras baixas do Pantanal, desde os primeiros pescadores-caçadores-coletores do período pré-colonial até os atuais canoeiros Guató. O objetivo maior é contribuir para a composição de uma história indígena total, em seus múltiplos aspectos e perspectivas espaço-temporais, a partir de uma abordagem interdisciplinar que emprega procedimentos teórico-metodológicos próprios da arqueologia, antropologia e história. Para tanto, foram utilizados dados contidos em fontes textuais diversas, informações recolhidas a partir da tradição oral dos Guató e os resultados de pesquisas arqueológicas, etnográficas e etnoarqueológicas. Foi possível demonstrar que a arqueologia pantaneira tem sido pautada pelo estudo de povos pescadores-caçadores-coletores, associados à macro tecnologia ceramista conhecida no Brasil como tradição Pantanal e a estruturas monticulares do tipo aterro, os quais se estabeleceram na região muito antes do início da Era Cristã. Nos dias de hoje, a arqueologia pantaneira reflete as mesmas mudanças de nuance constatadas para a arqueologia brasileira desde a década de 1980. Nos séculos XVI, XVII e XVIII, período de muitas disputas entre Espanha e Portugal pelo domínio do alto Paraguai, foram produzidos vários relatos que atestam a existência de um extraordinário mosaico sociocultural no centro da América do Sul, inclusive de um complexo de povos canoeiros formado por sociedades cultural e lingüisticamente distintas. De todas essas sociedades, a dos Guató é a mais conhecida do ponto de vista etnoistórico e etnológico, estando tradicionalmente organizada em grupos domésticos ligados por laços de consangüinidade, descendência e afinidade, relacionados a um particular sistema de patrilocalidade e patrilinearidade. |
publishDate |
2003 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2003-06-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/180 10.24885/sab.v16i1.180 |
url |
https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/180 |
identifier_str_mv |
10.24885/sab.v16i1.180 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/180/496 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Jorge Eremites de Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Jorge Eremites de Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade de Arqueologia Brasileira |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade de Arqueologia Brasileira |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Arqueologia; Vol. 16 No. 1 (2003); 71-86 Revista de Arqueologia; Vol. 16 Núm. 1 (2003); 71-86 Revista de Arqueologia; Vol. 16 No 1 (2003); 71-86 Revista de Arqueologia; v. 16 n. 1 (2003); 71-86 1982-1999 0102-0420 10.24885/sab.v16i1 reponame:Revista de Arqueologia instname:Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) instacron:SAB |
instname_str |
Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) |
instacron_str |
SAB |
institution |
SAB |
reponame_str |
Revista de Arqueologia |
collection |
Revista de Arqueologia |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Arqueologia - Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) |
repository.mail.fl_str_mv |
revistadearqueologia@gmail.com || revistasab.ojs@gmail.com |
_version_ |
1754639280925310976 |