Arquitetura que enlouquece

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Juliana Brandão
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Arqueologia
Texto Completo: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/450
Resumo: Considerando que a loucura é uma construção social, observamos, ao longo da história ocidental, variadas formas de segregar aqueles sujeitos considerados improdutivos e de comportamento desviante, dentre as quais os manicômiosconstituem-se num exemplo significativo. Através de uma linha alternativa de estudo centrada na cultura material, propus, com essa pesquisa, discutir o processo de construção na sociedade ocidental, bem como no mundo contemporâneo, do conceito de loucura, sua caracterização como doença e as práticas desenvolvidas ao redor desta.Nesse universo, meu objeto de estudo - o Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil de Belo Horizonte (HNPI) - é um arquétipo cuja materialidade apresenta discursos de poder. Desse modo, por meio da leitura de sua espacialidade, foi possível compreender as estratégias de disciplinamento, controle e cura exercidas sobre as crianças ali internadas, muitas das quais sequer sofriam de algum transtorno mental. Reportagens publicadas no jornal Diário de Minas (em 1956) e no jornal Estado de Minas (em 1980), também colaboraram na construção desse mosaico que reveste o HNPI em um ambiente tipicamente manicomia.
id SAB-1_c1c41e44873b95e6310d7bf589a6abfc
oai_identifier_str oai:ojs2.revista.sabnet.org:article/450
network_acronym_str SAB-1
network_name_str Revista de Arqueologia
repository_id_str
spelling Arquitetura que enlouqueceArqueologia da ArquiteturaHospital de Neuro-psiquiatria InfantilDiscursos de PoderConsiderando que a loucura é uma construção social, observamos, ao longo da história ocidental, variadas formas de segregar aqueles sujeitos considerados improdutivos e de comportamento desviante, dentre as quais os manicômiosconstituem-se num exemplo significativo. Através de uma linha alternativa de estudo centrada na cultura material, propus, com essa pesquisa, discutir o processo de construção na sociedade ocidental, bem como no mundo contemporâneo, do conceito de loucura, sua caracterização como doença e as práticas desenvolvidas ao redor desta.Nesse universo, meu objeto de estudo - o Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil de Belo Horizonte (HNPI) - é um arquétipo cuja materialidade apresenta discursos de poder. Desse modo, por meio da leitura de sua espacialidade, foi possível compreender as estratégias de disciplinamento, controle e cura exercidas sobre as crianças ali internadas, muitas das quais sequer sofriam de algum transtorno mental. Reportagens publicadas no jornal Diário de Minas (em 1956) e no jornal Estado de Minas (em 1980), também colaboraram na construção desse mosaico que reveste o HNPI em um ambiente tipicamente manicomia.Sociedade de Arqueologia Brasileira2016-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/45010.24885/sab.v29i1.450Revista de Arqueologia; Vol. 29 No. 1 (2016); 215-218Revista de Arqueologia; Vol. 29 Núm. 1 (2016); 215-218Revista de Arqueologia; Vol. 29 No 1 (2016); 215-218Revista de Arqueologia; v. 29 n. 1 (2016); 215-2181982-19990102-042010.24885/sab.v29i1reponame:Revista de Arqueologiainstname:Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)instacron:SABporhttps://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/450/205Copyright (c) 2016 Juliana Brandão Moreirahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMoreira, Juliana Brandão2021-02-22T02:35:02Zoai:ojs2.revista.sabnet.org:article/450Revistahttps://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sabPUBhttps://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/oairevistadearqueologia@gmail.com || revistasab.ojs@gmail.com1982-19990102-0420opendoar:2021-02-22T02:35:02Revista de Arqueologia - Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)false
dc.title.none.fl_str_mv Arquitetura que enlouquece
title Arquitetura que enlouquece
spellingShingle Arquitetura que enlouquece
Moreira, Juliana Brandão
Arqueologia da Arquitetura
Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil
Discursos de Poder
title_short Arquitetura que enlouquece
title_full Arquitetura que enlouquece
title_fullStr Arquitetura que enlouquece
title_full_unstemmed Arquitetura que enlouquece
title_sort Arquitetura que enlouquece
author Moreira, Juliana Brandão
author_facet Moreira, Juliana Brandão
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Moreira, Juliana Brandão
dc.subject.por.fl_str_mv Arqueologia da Arquitetura
Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil
Discursos de Poder
topic Arqueologia da Arquitetura
Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil
Discursos de Poder
description Considerando que a loucura é uma construção social, observamos, ao longo da história ocidental, variadas formas de segregar aqueles sujeitos considerados improdutivos e de comportamento desviante, dentre as quais os manicômiosconstituem-se num exemplo significativo. Através de uma linha alternativa de estudo centrada na cultura material, propus, com essa pesquisa, discutir o processo de construção na sociedade ocidental, bem como no mundo contemporâneo, do conceito de loucura, sua caracterização como doença e as práticas desenvolvidas ao redor desta.Nesse universo, meu objeto de estudo - o Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil de Belo Horizonte (HNPI) - é um arquétipo cuja materialidade apresenta discursos de poder. Desse modo, por meio da leitura de sua espacialidade, foi possível compreender as estratégias de disciplinamento, controle e cura exercidas sobre as crianças ali internadas, muitas das quais sequer sofriam de algum transtorno mental. Reportagens publicadas no jornal Diário de Minas (em 1956) e no jornal Estado de Minas (em 1980), também colaboraram na construção desse mosaico que reveste o HNPI em um ambiente tipicamente manicomia.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-06-30
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/450
10.24885/sab.v29i1.450
url https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/450
identifier_str_mv 10.24885/sab.v29i1.450
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/450/205
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2016 Juliana Brandão Moreira
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2016 Juliana Brandão Moreira
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Arqueologia Brasileira
publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Arqueologia Brasileira
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Arqueologia; Vol. 29 No. 1 (2016); 215-218
Revista de Arqueologia; Vol. 29 Núm. 1 (2016); 215-218
Revista de Arqueologia; Vol. 29 No 1 (2016); 215-218
Revista de Arqueologia; v. 29 n. 1 (2016); 215-218
1982-1999
0102-0420
10.24885/sab.v29i1
reponame:Revista de Arqueologia
instname:Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)
instacron:SAB
instname_str Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)
instacron_str SAB
institution SAB
reponame_str Revista de Arqueologia
collection Revista de Arqueologia
repository.name.fl_str_mv Revista de Arqueologia - Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)
repository.mail.fl_str_mv revistadearqueologia@gmail.com || revistasab.ojs@gmail.com
_version_ 1754639281956061184