Letalidade por dengue no município de Santos/SP: fatores associados e distribuição espacial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coronato, Bruna de Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS
Texto Completo: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7545
Resumo: INTRODUÇÃO: Óbitos por dengue são considerados evitáveis pelo Ministério da Saúde com a adoção de medidas simples e de baixa densidade tecnológica, e sua ocorrência é considerada um indicador de fragilidade da rede assistencial. No entanto, a cada ano a dengue apresenta epidemias de maiores proporções e aumento de número de óbitos. Uma vez que as ações se demonstram ineficazes no controle da incidência, conhecer os fatores que levam ao óbito, torna possível propor medidas eficazes para ao menos evitar este desfecho. OBJETIVO: Analisar os óbitos por dengue em Santos para identificar os fatores associados à letalidade, relacionados aos aspectos individuais, sociais, programáticos e prognósticos e sua correlação com incidência e vulnerabilidade. CASUÍSTICA E MÉTODO: Estudo descritivo, analítico e ecológico, com uso de dados secundários da Seção de Vigilância Epidemiológica do município de Santos/SP, com população de estudo de todos os sujeitos notificados e confirmados como dengue, residentes no município de Santos, de 1997 (ano do relato do primeiro caso autóctone do município) a 2018. A variável dependente foi cura e óbito por dengue. O referencial teórico utilizado foi o da vulnerabilidade e as variáveis foram divididas em categorias: fatores individuais, sociais, programáticos e prognósticos. Realizado modelo de regressão logística multivariada para análise dos fatores associados à letalidade divididos nestas categorias. E realizado geoprocessamento com uso do software QGIS com utilização dos índices de Moran e Lisa para identificação de influência entre bairros e clusters associados à letalidade. RESULTADOS: Dos 44 óbitos ocorridos entre 1997 e 2018, após comparação com os anos de maior incidência, não houve correlação entre as duas taxas (incidência e letalidade). Destes 44, 56,8% eram do sexo feminino, 59,1% brancos, 18,2% de 50 a 59 anos de idade, 2,3% no terceiro trimestre de gestação, 65,9% classificados como dengue grave, 59,1% tiveram atendimento em hospital privado, 100% não recebeu hidratação ou recebeu abaixo do preconizado, 22% recebeu hemotransfusão, 31% foi de 1 a 5 vezes a prontos-socorros antes de ser internado, 23% não tece diagnóstico de dengue no ato da internação, 59% apresentavam comorbidades. Apenas 1 óbito teve resultado de sorotipo e nenhum teve descrição dos sintomas iniciais. Entre os fatores individuais apresentaram significância estatística em relação ao óbito: cor da pele branca, ser maior que 80 anos idade e presença de gestação no terceiro trimestre. Entre os sociais apresentou significância a região de residência. Nos fatores programáticos destacou-se ter sido internado e atendido em instituição privada. E dentre os fatores prognósticos a classificação final como dengue grave demonstrou significância. No município de Santos os bairros Centro, Vila Mathias, Vila Nova, Marapé e José Menino devem ser alvo de mais atenção em ações pontuais e fortalecimento das equipes de saúde para diminuição das taxas existentes. E os bairros Porto Alemoa, Ilhéu Alto, Alemoa, Chico de Paula, Vila Hadad, Porto Saboó e Morro Saboó precisam de intervenções preventivas para que por influência de seus vizinhos não passem a apresentar elevadas taxas de incidência e letalidade e estes bairros comparados com o índice de Vulnerabilidade demonstram que A Zona Noroeste e parte dos Morros têm elevada taxa de incidência e letalidade em região de alta vulnerabilidade e Centro com ambas taxas elevadas apresenta baixa vulnerabilidade e Orla com elevada letalidade apresenta vulnerabilidade muito baixa. CONCLUSÕES: Incidência parece não ter correlação com letalidade. Cor da pele branca, ter mais de 80 anos de idade, estar gestante no terceiro trimestre de gravidez, evolução para dengue grave, internação e atendimento em hospital privado e residência nos bairros Centro, Vila Mathias, Vila Nova, Marapé e José Menino representam um risco maior para o óbito. Os dados sugerem que a ocorrência de casos pode até ter correlação com a vulnerabilidade, mas os óbitos parecem não estar relacionados com índices socioeconômicos de vulnerabilidade. A presença da Atenção Básica precisa ser mais estudada para verificar o seu real efeito protetor em relação aos óbitos.
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Uma vez que as ações se demonstram ineficazes no controle da incidência, conhecer os fatores que levam ao óbito, torna possível propor medidas eficazes para ao menos evitar este desfecho. OBJETIVO: Analisar os óbitos por dengue em Santos para identificar os fatores associados à letalidade, relacionados aos aspectos individuais, sociais, programáticos e prognósticos e sua correlação com incidência e vulnerabilidade. CASUÍSTICA E MÉTODO: Estudo descritivo, analítico e ecológico, com uso de dados secundários da Seção de Vigilância Epidemiológica do município de Santos/SP, com população de estudo de todos os sujeitos notificados e confirmados como dengue, residentes no município de Santos, de 1997 (ano do relato do primeiro caso autóctone do município) a 2018. A variável dependente foi cura e óbito por dengue. O referencial teórico utilizado foi o da vulnerabilidade e as variáveis foram divididas em categorias: fatores individuais, sociais, programáticos e prognósticos. Realizado modelo de regressão logística multivariada para análise dos fatores associados à letalidade divididos nestas categorias. E realizado geoprocessamento com uso do software QGIS com utilização dos índices de Moran e Lisa para identificação de influência entre bairros e clusters associados à letalidade. RESULTADOS: Dos 44 óbitos ocorridos entre 1997 e 2018, após comparação com os anos de maior incidência, não houve correlação entre as duas taxas (incidência e letalidade). Destes 44, 56,8% eram do sexo feminino, 59,1% brancos, 18,2% de 50 a 59 anos de idade, 2,3% no terceiro trimestre de gestação, 65,9% classificados como dengue grave, 59,1% tiveram atendimento em hospital privado, 100% não recebeu hidratação ou recebeu abaixo do preconizado, 22% recebeu hemotransfusão, 31% foi de 1 a 5 vezes a prontos-socorros antes de ser internado, 23% não tece diagnóstico de dengue no ato da internação, 59% apresentavam comorbidades. Apenas 1 óbito teve resultado de sorotipo e nenhum teve descrição dos sintomas iniciais. Entre os fatores individuais apresentaram significância estatística em relação ao óbito: cor da pele branca, ser maior que 80 anos idade e presença de gestação no terceiro trimestre. Entre os sociais apresentou significância a região de residência. Nos fatores programáticos destacou-se ter sido internado e atendido em instituição privada. E dentre os fatores prognósticos a classificação final como dengue grave demonstrou significância. No município de Santos os bairros Centro, Vila Mathias, Vila Nova, Marapé e José Menino devem ser alvo de mais atenção em ações pontuais e fortalecimento das equipes de saúde para diminuição das taxas existentes. E os bairros Porto Alemoa, Ilhéu Alto, Alemoa, Chico de Paula, Vila Hadad, Porto Saboó e Morro Saboó precisam de intervenções preventivas para que por influência de seus vizinhos não passem a apresentar elevadas taxas de incidência e letalidade e estes bairros comparados com o índice de Vulnerabilidade demonstram que A Zona Noroeste e parte dos Morros têm elevada taxa de incidência e letalidade em região de alta vulnerabilidade e Centro com ambas taxas elevadas apresenta baixa vulnerabilidade e Orla com elevada letalidade apresenta vulnerabilidade muito baixa. CONCLUSÕES: Incidência parece não ter correlação com letalidade. Cor da pele branca, ter mais de 80 anos de idade, estar gestante no terceiro trimestre de gravidez, evolução para dengue grave, internação e atendimento em hospital privado e residência nos bairros Centro, Vila Mathias, Vila Nova, Marapé e José Menino representam um risco maior para o óbito. Os dados sugerem que a ocorrência de casos pode até ter correlação com a vulnerabilidade, mas os óbitos parecem não estar relacionados com índices socioeconômicos de vulnerabilidade. A presença da Atenção Básica precisa ser mais estudada para verificar o seu real efeito protetor em relação aos óbitos.INTRODUCTION: Deaths from dengue are considered preventable by the Ministry of Health with the adoption of low technological density measures, and its occurrence is considered an indicator of fragility of the health care network. However, the dengue epidemic takes place with bigger proportions and with a higher death toll every year. Since the actions proved ineffective in controlling the incidence, learning the factors that increase mortality allows the implementation of effective measures to prevent this outcome. OBJECTIVE: To analyze dengue deaths in Santos in order to identify factors associated with lethality, regarding individual, social, programmatic and prognostic factors and their correlation with incidence and vulnerability. CASE AND METHOD: Descriptive, analytical and ecological study, using secondary data from the Epidemiological Surveillance Section of the municipality of Santos/SP, with a study population of all subjects notified and confirmed as dengue, living in the municipality of Santos, from 1997 (year of the report of the first autochthonous case of the municipality) to 2018. The dependent variable was cure and death from dengue. The theoretical framework used was vulnerability and the variables were divided into categories: individual, social, programmatic and prognostic factors. Multivariate logistic regression model was performed to analyze the factors associated with lethality divided into these categories. And geoprocessing was performed using QGIS software using Moran and Lisa indexes to identify the influence between neighborhoods and clusters associated with lethality. RESULTS: Of the 44 deaths that occurred between 1997 and 2018, after comparing them with the years of higher incidence, there was no correlation between the two rates (incidence and lethality). Of these 44, 56.8% were female, 59.1% were white, 18.2% from 50 to 59 years of age, 2.3% in the third trimester of pregnancy, 65.9% classified as severe dengue, 59.1% had care in a private hospital, 100% did not receive hydration or received less than recommended, 22% received blood transfusion, 31% were 1 to 5 times in the emergency room before being hospitalized, 23% did not diagnose dengue at the time of hospitalization, 59% had comorbidities. Only one death resulted from serotype and none had a description of the initial symptoms. Among the individual factors, the following presented statistical significance with death: white skin color, being older than 80 years and pregnancy in the third trimester. Among the social ones, the region of residence presented statistical significance. Regarding the programmatic factors, having been hospitalized and attended in a private institution was noteworthy. Among the prognostic factors, the final classification as severe dengue showed significance. In the municipality of Santos, the neighborhoods Centro, Vila Mathias, Vila Nova, Marapé and José Menino should be the focus of specific actions and health teams must be strengthened to reduce current rates. And the neighborhoods Porto Alemoa, Ilhéu Alto, Alemoa, Chico de Paula, Vila Hadad, Porto Saboó and Morro Saboó need preventive interventions due to the influence of their neighbors. This way, they shall not start presenting a high incidence and lethality rate. Furthermore, these neighborhoods, when compared with the Vulnerability index, demonstrate that The Northwest Zone and part of the Hills region have a high incidence and lethality rate in a region of high vulnerability. The Centro neighborhood¿s both rates are high, and presents low vulnerability and Orla has high lethality and presents very low vulnerability. CONCLUSIONS: Incidence seems to have no correlation with lethality. White skin color, being over 80 years of age, being pregnant in the third trimester of pregnancy, progression to severe dengue, hospitalization and care in a private hospital and residence in the neighborhoods Centro, Vila Mathias, Vila Nova, Marapé and José Menino presents a higher risk for death. The data suggest that the occurrence of cases may even be correlated with vulnerability, but deaths do not seem to be related to socioeconomic indexes of vulnerability. The presence of Primary Care needs to be further studied to verify its real protective effect regarding the mortality rate.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Católica de SantosDoutorado em Saúde ColetivaCatólica de SantosBrasilCentro de Ciências Sociais Aplicadas e SaúdeCORONATO, Bruna de Oliveira. Letalidade por dengue no município de Santos/SP: fatores associados e distribuição espacial. 2021. 89 f. Tese (doutorado) - Universidade Católica de Santos, Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Saúde Coletiva, 2021CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAdengue letalidade; dengue mortalidade; dengue complicações; dengue vulnerabilidade; dengue óbitodengue lethality; dengue mortality; dengue complications; dengue vulnerability; dengue deathLetalidade por dengue no município de Santos/SP: fatores associados e distribuição espacialDengue lethality in the municipality of Santos/SP : associated factors and spatial distributioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOSinstname:Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)instacron:UNISANTOSORIGINALBruna de Oliveira Coronato.pdfBruna de Oliveira Coronato.pdfTese_Doutorado em Saúde Coletivaapplication/pdf1406300https://tede.unisantos.br/bitstream/tede/7545/1/Bruna%20de%20Oliveira%20%20Coronato.pdf67769e16a2262b621919098550e702a2MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://tede.unisantos.br/bitstream/tede/7545/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTBruna de Oliveira Coronato.pdf.txtBruna de Oliveira Coronato.pdf.txtExtracted texttext/plain133800https://tede.unisantos.br/bitstream/tede/7545/3/Bruna%20de%20Oliveira%20%20Coronato.pdf.txt50b1be60710a7bce1e72a0090c45190bMD53THUMBNAILBruna de Oliveira Coronato.pdf.jpgBruna de Oliveira Coronato.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1277https://tede.unisantos.br/bitstream/tede/7545/4/Bruna%20de%20Oliveira%20%20Coronato.pdf.jpg7a0601e2643d24d11c8c55ad65856ea3MD54tede/75452022-06-13 13:49:23.379oai:tede.unisantos.br:tede/7545Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://biblioteca.unisantos.br:8181/http://biblioteca.unisantos.br:8181/oai/requestmrita.biblio@unisantos.br||mrita.biblio@unisantos.bropendoar:47132022-06-13T16:49:23Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS - Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)false
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