Ocorrência de amebas de vida-livre, dos gêneros Acanthamoeba e Naegleria, em pisos de ambientes internos, na Universidade Católica de Santos, SP, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Lais Helena
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS
Texto Completo: https://tede.unisantos.br/handle/tede/551
Resumo: Amebas de vida-livre, particularmente as pertencentes aos gêneros Acanthamoeba e Naegleria, são amplamente distribuídas no mundo todo e têm sido consideradas como parasitas oportunísticos de humanos. Elas são resistentes a extremas condições de temperatura e de pH, bem como ao cloro e a outros tipos de desinfetantes. Cistos desidratados podem sobreviver por vários anos numa variedade de hábitats, incluindo solo, poeiras domésticas, esgoto, água fresca, água de torneira, lagos naturais e artificiais e piscinas inadequadamente (ou adequadamente) cloradas, onde as amebas podem se alimentar de bactérias contaminantes. O gênero Acanthamoeba pode ocorrer comensalmente na região nasofaríngea de indivíduos saudáveis, mas pode ser considerada uma infecção oportunista, ocorrendo principalmente em indivíduos debilitados, alcoólatras, doentes crônicos, pessoas submetidas a tratamento com drogas imunossupressoras e pacientes imunocomprometidos. No Brasil, já foram descritos casos de ceratites e encefalites amebianas, mas poucos são os relatos da presença delas no ambiente. O objetivo do trabalho é o de avaliar a ocorrência de amebas de vida-livre, dos gêneros Acanthamoeba e Naegleria, em ambientes fechados, e para tal foi escolhido a Universidade Católica de Santos, com a finalidade de se conhecer o universo desses organismos, em lugares com alta densidade circulante de indivíduos aparentemente saudáveis. Foram coletadas 200 amostras de poeira dos pisos, no período de 5 meses, com auxílio de swab esterilizado, e transferidas para tubos de ensaio com 5ml de solução salina de Page, usada como transporte. Essa solução foi semeada em ágar não nutriente com 50μl de caldo BHI ou solução de Page enriquecida com E. coli ATCC 25922, viva, com crescimento de 18 a 24h. Os tubos foram incubados a 37ºC e a leitura foi realizada a cada 48h por até 20 dias, em microscópio óptico comum, com aumento de 400X. As amostras positivas foram repicadas para novos tubos com ágar não nutriente da mesma forma. A identificação foi feita pela observação de cistos e trofozoítas baseando-se no tipo de movimento e nos critérios morfológicos. Nas amostras analisadas, observou-se 28% de positividade com cistos e trofozoítas sugestivos para os gêneros Acanthamoeba e Naegleria. As amebas de vida-livre mais encontradas foram as do gênero Acanthamoeba provavelmente por serem organismos comensais e ubiquitários, e por apresentarem maior resistência à ação dos desinfetantes utilizados na limpeza da universidade. Já o gênero Naegleria foi encontrado menos frequentemente talvez por estarem associados a locais úmidos, e as amostras terem sido, em sua grande maioria, coletadas de locais secos.
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