Pensar o cuidar no Morrer: entre a obstinação e a esperança
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS |
Texto Completo: | https://tede.unisantos.br/handle/tede/592 |
Resumo: | Os dados epidemiológicos de saúde das últimas décadas constatam a ocorrência de mudanças significativas na esperança de vida ao nascer e no perfil de morbimortalidade da população com o aumento do número de portadores de doenças crônicas. Esse novo cenário revela o fenômeno do envelhecimento populacional, como resultante de um processo gradual de transição demográfica no país. O presente estudo propôs-se a entender o significado que os profissionais de equipes de saúde atribuem aos cuidados paliativos e a seus respectivos papeis nesse tipo de conduta. Determinaram-se como objetivos específicos: desvelar o significado atribuído à morte pelos profissionais de equipes de saúde; compreender como esses profissionais trabalham a questão da morte nos cuidados paliativos; investigar as dificuldades enfrentadas por eles em relação à questão da morte e pacientes terminais e/ou sem possibilidades de cura no seu cotidiano de trabalho; evidenciar o entendimento que tem sobre os cuidados paliativos. Dada complexidade do tema optou-se por priorizar profissionais de saúde cujos espaços de atuação são o hospital, a instituição de longa permanência para os idosos e a assistência domiciliar. Trata-se de uma pesquisa social de metodologia qualitativa que utilizou a entrevista semi-estruturada com 09 profissionais de 03 categorias diferentes, médico(a), assistente social e enfermeiro(a). A interpretação dos dados levou à identificação de quatro eixos de análise: sobre o significado da morte e do morrer; prática profissional e sua relação com a morte; dificuldades em relação à questão da morte e pacientes terminais e/ou pacientes sem possibilidades de cura; identificação e compreensão dos cuidados paliativos. A morte é encarada como parte do cotidiano de trabalho pelos profissionais. Foi possível observar a falta de preparo para lidar com a morte e a relação com a família, bem como a ideologização do hospital como espaço de cura. Os cuidados paliativos não são entendidos por todos os profissionais como uma nova forma de cuidados na saúde. Por fim, as considerações apontam toda a complexidade do enfrentamento da questão da morte no cotidiano de trabalho dos profissionais de saúde e colocam os cuidados paliativos como uma idéia subversiva, entre outras coisas, por supor o estabelecimento de um vínculo entre profissionais e pacientes, bem como, a valorização da subjetividade nessa relação. |
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