Giz de cor : um olhar de professores negros sobre as relações raciais na escola pública
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS |
Texto Completo: | https://tede.unisantos.br/handle/tede/128 |
Resumo: | O trabalho tem como proposta debater como os professores que se consideram negros enxergam as relações raciais nas escolas públicas, foco de atuação deles. Todos os envolvidos lecionam em unidades de ensino da Baixada Santista. A partir disso, o objetivo é entender como esses docentes se relacionam com alunos, pais, professores de outras etnias e equipes pedagógicas. Além disso, a dissertação tentará indicar como tais professores avaliam as políticas públicas educacionais no Brasil, quando o assunto são relações raciais. Um dos alvos é a lei 10.639/03, que determina a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura afro-brasileira nas escolas públicas e particulares do país. Os professores também explicam suas posições no que se refere aos movimentos negros politizados. A pesquisa, que aparece no terceiro capítulo, tem como suporte dois capítulos teóricos. O primeiro deles conceitua a negritude no Brasil, observado a trajetória histórica do termo e suas conseqüências para a formação social brasileira. Isso estaria presente em questões como indicadores sociais e variações de cor da pele em censos demográficos. O segundo capítulo teórico observa os conceitos de raça, etnia e racismo, com as particularidades brasileiras. No texto, reflete-se sobre os referenciais teóricos a partir do século XIX, quando se relacionava raça com biologia. Esta postura gera comportamentos pseudo-científicos e culturais até a contemporaneidade. As variações sobre o conceito de raça e exemplos do cotidiano brasileiro entram como suporte para o debate teórico em torno do tema. O trabalho mostra que os professores de etnia negra observam práticas discriminatórias em todo o universo escolar, exceto contra si mesmos. Contraditoriamente, passaram por experiências de racismo na infância ou como alunos. Na prática profissional, buscam nível elevado de excelência, visando evitar que sejam apontados como professores negros, e não como professores. |
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