Reposição volêmica intraoperatória: cristaloides versus coloides em revascularização cirúrgica do miocárdio sem circulação extracorpórea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares,Raquel Reis
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Ferber,Leonardo, Lorentz,Michelle Nacur, Soldati,Marjorie Taboada
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000400006
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O uso de cristaloides ou coloides na reposição volêmica de intervenções cirúrgicas de grande porte é assunto controverso. O objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos do cristaloide (solução fisiológica a 0,9% SF) com coloide (gelatina fluida modificada) quando administrados no intraoperatório de revascularização cirúrgica do miocárdio (RVCM) sem circulação extracorpórea (CEC). MÉTODO: Quarenta pacientes submetidos à RVCM sem CEC foram divididos aleatoriamente em dois grupos similares. O primeiro grupo recebeu gelatina fluida modificada e SF e o segundo grupo recebeu somente SF. Registrou-se a diurese, nível da hemoglobina, sangramentos intra e pós-operatórios, valores de glicemia e lactato do intraoperatório em quatro medidas distintas. Foram avaliados a morbimortalidade pós-operatória, o tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) e o tempo de internação hospitalar. RESULTADOS: O tempo de extubação do grupo da gelatina foi de 6,6 horas contra 7,3 horas do grupo do SF. O tempo de internação no CTI foi de 2,4 dias no grupo da gelatina contra 3,3 dias no grupo do SF. O tempo de internação hospitalar no grupo da gelatina foi de 10,3 dias contra 6,8 dias no grupo do uso exclusivo de SF. A ocorrência de complicações renais, respiratórias, disritmias cardíacas, infartos, infecções, reintubações, transfusões sanguíneas e reoperações foi a mesma. CONCLUSÕES: O uso de coloides, representados pela gelatina fluida modificada associada a cristaloides ou o uso de cristaloides exclusivamente não alterou o prognóstico pós-operatório de pacientes submetidos à RVCM sem CEC nos pacientes estudados. Talvez mais importante que o tipo de líquido administrado ao paciente cirúrgico seja a manutenção de estabilidade hemodinâmica adequada durante o procedimento.
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