Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942003000600006 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: As lesões da mucosa traqueal em contato com o balonete do tubo traqueal são proporcionais à pressão exercida pelo balonete e ao tempo de exposição. O objetivo foi estudar as eventuais lesões da mucosa do segmento traqueal em contato com o balonete do tubo traqueal insuflado com volume de ar suficiente para se obter pressão de “selo” ou com a pressão limite de 25 cmH2O, abaixo da pressão crítica de 30 cm de água para produção de lesão da mucosa traqueal. MÉTODO: Dezesseis cães foram submetidos à anestesia venosa e ventilação artificial. Os cães foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de acordo com a pressão no balonete do tubo traqueal (Portex Blue-Line, Inglaterra): Gselo (n = 8) balonete com pressão mínima de “selo” para impedir vazamento de ar durante a respiração artificial; G25 (n = 8) balonete insuflado até obtenção da pressão de 25 cmH2O. A medida da pressão do balonete foi realizada por meio de manômetro digital no início (controle) e após 60, 120 e 180 minutos. Após o sacrifício dos cães, foram feitas biópsias nas áreas da mucosa traqueal adjacentes ao balonete e ao tubo traqueal para análise à microscopia eletrônica de varredura (MEV). RESULTADOS: A pressão média do balonete em G25 manteve-se entre 24,8 e 25 cmH2O e em Gselo entre 11,9 e 12,5 cmH2O durante o experimento. As alterações à MEV foram pequenas e não significantemente diferentes nos grupos (p > 0,30), mas ocorreram lesões mais intensas nas áreas de contato da mucosa traqueal com o balonete do tubo traqueal, nos dois grupos, em relação às áreas da mucosa adjacentes ou não ao tubo traqueal (p < 0,05). CONCLUSÕES: No cão, nas condições experimentais empregadas, a insuflação do balonete de tubo traqueal em volume de ar suficiente para determinar pressão limite de 25 cmH2O ou de “selo” para impedir vazamento de ar determina lesões mínimas da mucosa traqueal em contato com o balonete e sem diferença significante entre elas. |
id |
SBA-1_0316855cbe02c18c01bff4f240eb108c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0034-70942003000600006 |
network_acronym_str |
SBA-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cãoANIMAL/cãoEQUIPAMENTOS/tubo traquealINTUBAÇÃO TRAQUEALTÉCNICAS DE MEDIÇÃO/pressão do baloneteJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: As lesões da mucosa traqueal em contato com o balonete do tubo traqueal são proporcionais à pressão exercida pelo balonete e ao tempo de exposição. O objetivo foi estudar as eventuais lesões da mucosa do segmento traqueal em contato com o balonete do tubo traqueal insuflado com volume de ar suficiente para se obter pressão de “selo” ou com a pressão limite de 25 cmH2O, abaixo da pressão crítica de 30 cm de água para produção de lesão da mucosa traqueal. MÉTODO: Dezesseis cães foram submetidos à anestesia venosa e ventilação artificial. Os cães foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de acordo com a pressão no balonete do tubo traqueal (Portex Blue-Line, Inglaterra): Gselo (n = 8) balonete com pressão mínima de “selo” para impedir vazamento de ar durante a respiração artificial; G25 (n = 8) balonete insuflado até obtenção da pressão de 25 cmH2O. A medida da pressão do balonete foi realizada por meio de manômetro digital no início (controle) e após 60, 120 e 180 minutos. Após o sacrifício dos cães, foram feitas biópsias nas áreas da mucosa traqueal adjacentes ao balonete e ao tubo traqueal para análise à microscopia eletrônica de varredura (MEV). RESULTADOS: A pressão média do balonete em G25 manteve-se entre 24,8 e 25 cmH2O e em Gselo entre 11,9 e 12,5 cmH2O durante o experimento. As alterações à MEV foram pequenas e não significantemente diferentes nos grupos (p > 0,30), mas ocorreram lesões mais intensas nas áreas de contato da mucosa traqueal com o balonete do tubo traqueal, nos dois grupos, em relação às áreas da mucosa adjacentes ou não ao tubo traqueal (p < 0,05). CONCLUSÕES: No cão, nas condições experimentais empregadas, a insuflação do balonete de tubo traqueal em volume de ar suficiente para determinar pressão limite de 25 cmH2O ou de “selo” para impedir vazamento de ar determina lesões mínimas da mucosa traqueal em contato com o balonete e sem diferença significante entre elas.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2003-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942003000600006Revista Brasileira de Anestesiologia v.53 n.6 2003reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942003000600006info:eu-repo/semantics/openAccessCastilho,Emanuel CeliceBraz,José Reinaldo CerqueiraCatâneo,Antonio José MariaMartins,Regina Helena GarciaGregório,Elisa AparecidaMonteiro,Eduardo Raposopor2003-12-11T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942003000600006Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2003-12-11T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão |
title |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão |
spellingShingle |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão Castilho,Emanuel Celice ANIMAL/cão EQUIPAMENTOS/tubo traqueal INTUBAÇÃO TRAQUEAL TÉCNICAS DE MEDIÇÃO/pressão do balonete |
title_short |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão |
title_full |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão |
title_fullStr |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão |
title_full_unstemmed |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão |
title_sort |
Efeitos da pressão limite (25 cmH2O) e mínima de “selo” do balonete de tubos traqueais sobre a mucosa traqueal do cão |
author |
Castilho,Emanuel Celice |
author_facet |
Castilho,Emanuel Celice Braz,José Reinaldo Cerqueira Catâneo,Antonio José Maria Martins,Regina Helena Garcia Gregório,Elisa Aparecida Monteiro,Eduardo Raposo |
author_role |
author |
author2 |
Braz,José Reinaldo Cerqueira Catâneo,Antonio José Maria Martins,Regina Helena Garcia Gregório,Elisa Aparecida Monteiro,Eduardo Raposo |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Castilho,Emanuel Celice Braz,José Reinaldo Cerqueira Catâneo,Antonio José Maria Martins,Regina Helena Garcia Gregório,Elisa Aparecida Monteiro,Eduardo Raposo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
ANIMAL/cão EQUIPAMENTOS/tubo traqueal INTUBAÇÃO TRAQUEAL TÉCNICAS DE MEDIÇÃO/pressão do balonete |
topic |
ANIMAL/cão EQUIPAMENTOS/tubo traqueal INTUBAÇÃO TRAQUEAL TÉCNICAS DE MEDIÇÃO/pressão do balonete |
description |
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: As lesões da mucosa traqueal em contato com o balonete do tubo traqueal são proporcionais à pressão exercida pelo balonete e ao tempo de exposição. O objetivo foi estudar as eventuais lesões da mucosa do segmento traqueal em contato com o balonete do tubo traqueal insuflado com volume de ar suficiente para se obter pressão de “selo” ou com a pressão limite de 25 cmH2O, abaixo da pressão crítica de 30 cm de água para produção de lesão da mucosa traqueal. MÉTODO: Dezesseis cães foram submetidos à anestesia venosa e ventilação artificial. Os cães foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de acordo com a pressão no balonete do tubo traqueal (Portex Blue-Line, Inglaterra): Gselo (n = 8) balonete com pressão mínima de “selo” para impedir vazamento de ar durante a respiração artificial; G25 (n = 8) balonete insuflado até obtenção da pressão de 25 cmH2O. A medida da pressão do balonete foi realizada por meio de manômetro digital no início (controle) e após 60, 120 e 180 minutos. Após o sacrifício dos cães, foram feitas biópsias nas áreas da mucosa traqueal adjacentes ao balonete e ao tubo traqueal para análise à microscopia eletrônica de varredura (MEV). RESULTADOS: A pressão média do balonete em G25 manteve-se entre 24,8 e 25 cmH2O e em Gselo entre 11,9 e 12,5 cmH2O durante o experimento. As alterações à MEV foram pequenas e não significantemente diferentes nos grupos (p > 0,30), mas ocorreram lesões mais intensas nas áreas de contato da mucosa traqueal com o balonete do tubo traqueal, nos dois grupos, em relação às áreas da mucosa adjacentes ou não ao tubo traqueal (p < 0,05). CONCLUSÕES: No cão, nas condições experimentais empregadas, a insuflação do balonete de tubo traqueal em volume de ar suficiente para determinar pressão limite de 25 cmH2O ou de “selo” para impedir vazamento de ar determina lesões mínimas da mucosa traqueal em contato com o balonete e sem diferença significante entre elas. |
publishDate |
2003 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2003-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942003000600006 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942003000600006 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0034-70942003000600006 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Anestesiologia v.53 n.6 2003 reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) instacron:SBA |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) |
instacron_str |
SBA |
institution |
SBA |
reponame_str |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sba2000@openlink.com.br |
_version_ |
1752126624614055936 |