Bupivacaína levógira a 0,5% pura versus mistura enantiomérica de bupivacaína (S75-R25) a 0,5% em anestesia peridural para cirurgia de varizes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Delfino,José
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Vale,Nilton Bezerra do
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942001000600002
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A cardiotoxicidade da bupivacaína racêmica (50:50) ainda é a grande variável relacionada à segurança de indicação nos bloqueios regionais que exigem massas e volumes elevados. Recentes experimentações em animais sugerem que a modificação da relação enantiomérica da bupivacaína racêmica poderia contribuir para sua eficácia terapêutica e diminuição de sua toxicidade potencial. O objetivo do presente estudo foi comparar a eficiência da mistura enantiomérica de bupivacaína (S75-R25) com a levógira pura S(-100) na anestesia peridural lombar para cirurgias de varizes dos membros inferiores. MÉTODO: O estudo envolveu 30 pacientes do sexo feminino com idades entre 15 e 65 anos, estado físico ASA I ou II, programados para cirurgia eletiva de varizes. Em teste aleatório e duplamente encoberto, os pacientes foram divididos em dois grupos de 15: Grupo S75-R25 - 20 ml (100 mg) de mistura enantiomérica de bupivacaína a 0,5% (S75-R25) - e Grupo Levógiro - 20 ml (100 mg) de bupivacaína levógira S(-100%) a 0,5% sem adjuvante. Foram comparadas as características dos bloqueios sensitivo e motor bem como a incidência de efeitos colaterais. RESULTADOS: Foram detectadas diferenças intergrupais relacionadas às características demográficas e um maior tempo cirúrgico no grupo S75-R25. A dispersão mais rápida e a menor potência analgésica da mistura isomérica exibiram significância estatística. Não houve diferença significativa relacionada à ocorrência de efeitos colaterais. O grupo levógiro apresentou menor relaxamento muscular. CONCLUSÕES: A redução da incidência de efeitos colaterais, a receptividade do método pelos pacientes, a ausência de sintomatologia neurológica transitória pós-operatória apontam para a aplicação segura de ambas as soluções em anestesia peridural lombar para cirurgia de varizes dos membros inferiores. A casuística, entretanto, não é ainda suficiente para permitir conclusões definitivas.
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