Parada cardiorrespiratória em raquianestesia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Limongi,Juliana Arruda Godoy
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Lins,Rossana Sant'Anna de Melo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942011000100012
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A raquianestesia faz parte do dia a dia de inúmeros anestesiologistas. É considerada bastante segura, embora existam algumas complicações relacionadas a essa técnica, dentre as quais a mais temida é a ocorrência de parada cardiorrespiratória (PCR). A incidência real de PCR relacionada à raquianestesia, bem como sua etiologia, ainda não estão completamente elucidadas, o que motivou a realização deste artigo. CONTEÚDO: Foram revisados artigos publicados, nos últimos vinte anos, em revistas indexadas ao Medline e em um livro-texto. O propósito desta revisão foi identificar a incidência de PCR relacionada à anestesia subaracnoidea e a etiologia desses casos. Procurou-se também identificar eventuais fatores de risco. Por fim, as estratégias de tratamento descritas na literatura foram revisadas a fim de se determinar a melhor conduta diante de um caso de PCR no curso de bloqueio espinhal. CONCLUSÕES: A incidência de PCR relacionada à raquianestesia é bastante variável, e parece ser menor quando comparada à anestesia geral. No passado, acreditava-se que a PCR era decorrente de hipoxemia, relacionada, principalmente, à sedação excessiva. Entretanto, hoje se sabe que a PCR no curso de um bloqueio subaracnoideo tem etiologia cardiocirculatória, relacionada principalmente à redução da pré-carga resultante do bloqueio simpático. Existem também outros fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento de PCR, dentre os quais merecem relevância: alterações no posicionamento do paciente e hipovolemia. Em relação ao tratamento, está bem sedimentado que o mais importante é que seja instituído precocemente. Além de um agente vagolítico, deve-se lançar mão precocemente de um simpaticomimético, em especial adrenalina, a fim de minimizar os danos para o paciente.
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