Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000200004 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Sucesso no transplante renal (Tx) depende do tipo de doador, da duração da isquemia fria e de parâmetros hemodinâmicos na reperfusão. O objetivo desta pesquisa foi analisar a técnica anestésica, a incidência de alterações cardiovasculares e a ocorrência de diurese no período perioperatório dos Tx realizados na UNICAMP. MÉTODO: Avaliou-se retrospectivamente Tx de adultos realizados entre janeiro de 2005 e abril de 2006. Consideraram-se dados demográficos, exames laboratoriais pré-operatórios, técnicas e agentes anestésicos, hidratação, parâmetros hemodinâmicos, emprego de aminas vasoativas, presença de diurese e complicações intra-operatórias, com análise comparativa entre os subgrupos formados conforme a técnica anestésica empregada. Foram usados na análise estatística o teste t de Student (paramétricos), Mann-Whitney (não paramétricos), teste do Qui-quadrado e Exato de Fisher para comparação de proporções e análise multivariada. RESULTADOS: Estudaram-se 92 pacientes, 59 com anestesia geral (AG) e 33 anestesia geral associada à peridural (AG + Peri), 42 receberam rim de doadores vivos e 50 de falecidos. Não houve diferença (p > 0,05) na maioria dos parâmetros pré-operatórios estudados, exceção feita à origem do enxerto (82% AG + Peri receberam rins de doador falecido). A alteração cardiovascular mais frequente foi hipotensão arterial (30% AG e 48% AG + Peri, p < 0,05). Regime de hidratação não diferiu entre os grupos (86,7 ± 30,2 mL.kg-1 AG e 94,8 ± 21,8 mL.kg-1 AG+Peri, p = 0,38). Enxerto de doador falecido correlacionou-se a maior instabilidade hemodinâmica e pior prognóstico para função imediata do enxerto, p < 0,01 e 0,01, respectivamente. Volume de hidratação de 80 mL.kg-1 associou-se à diurese (OR = 2,94, IC95% 1,00-8,32). CONCLUSÕES: A técnica anestésica empregada foi anestesia geral, associada ou não à peridural. Alteração hemodinâmica mais comum foi hipotensão arterial. Mostraram-se benéficos em relação à diurese ser receptor de doador vivo e receber hidratação de 80 mL.kg-1 de solução fisiológica a 0,9%. |
id |
SBA-1_2c6fc57a6db123164f8c024a62bac259 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0034-70942009000200004 |
network_acronym_str |
SBA-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivoCIRURGIA, Urológica/transplante renalCOMPLICAÇÕES/hemodinâmicasCOMPLICAÇÕES/função imediata do enxertoCOMPLICAÇÕES/diureseJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Sucesso no transplante renal (Tx) depende do tipo de doador, da duração da isquemia fria e de parâmetros hemodinâmicos na reperfusão. O objetivo desta pesquisa foi analisar a técnica anestésica, a incidência de alterações cardiovasculares e a ocorrência de diurese no período perioperatório dos Tx realizados na UNICAMP. MÉTODO: Avaliou-se retrospectivamente Tx de adultos realizados entre janeiro de 2005 e abril de 2006. Consideraram-se dados demográficos, exames laboratoriais pré-operatórios, técnicas e agentes anestésicos, hidratação, parâmetros hemodinâmicos, emprego de aminas vasoativas, presença de diurese e complicações intra-operatórias, com análise comparativa entre os subgrupos formados conforme a técnica anestésica empregada. Foram usados na análise estatística o teste t de Student (paramétricos), Mann-Whitney (não paramétricos), teste do Qui-quadrado e Exato de Fisher para comparação de proporções e análise multivariada. RESULTADOS: Estudaram-se 92 pacientes, 59 com anestesia geral (AG) e 33 anestesia geral associada à peridural (AG + Peri), 42 receberam rim de doadores vivos e 50 de falecidos. Não houve diferença (p > 0,05) na maioria dos parâmetros pré-operatórios estudados, exceção feita à origem do enxerto (82% AG + Peri receberam rins de doador falecido). A alteração cardiovascular mais frequente foi hipotensão arterial (30% AG e 48% AG + Peri, p < 0,05). Regime de hidratação não diferiu entre os grupos (86,7 ± 30,2 mL.kg-1 AG e 94,8 ± 21,8 mL.kg-1 AG+Peri, p = 0,38). Enxerto de doador falecido correlacionou-se a maior instabilidade hemodinâmica e pior prognóstico para função imediata do enxerto, p < 0,01 e 0,01, respectivamente. Volume de hidratação de 80 mL.kg-1 associou-se à diurese (OR = 2,94, IC95% 1,00-8,32). CONCLUSÕES: A técnica anestésica empregada foi anestesia geral, associada ou não à peridural. Alteração hemodinâmica mais comum foi hipotensão arterial. Mostraram-se benéficos em relação à diurese ser receptor de doador vivo e receber hidratação de 80 mL.kg-1 de solução fisiológica a 0,9%.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2009-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000200004Revista Brasileira de Anestesiologia v.59 n.2 2009reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942009000200004info:eu-repo/semantics/openAccessHirata,Eunice SizueBaghin,Maria FernandaPereira,Rosa Inês CostaAlves Filho,GentilUdelsmann,Arturpor2009-04-17T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942009000200004Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2009-04-17T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo |
title |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo |
spellingShingle |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo Hirata,Eunice Sizue CIRURGIA, Urológica/transplante renal COMPLICAÇÕES/hemodinâmicas COMPLICAÇÕES/função imediata do enxerto COMPLICAÇÕES/diurese |
title_short |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo |
title_full |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo |
title_fullStr |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo |
title_full_unstemmed |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo |
title_sort |
Influência da técnica anestésica nas alterações hemodinâmicas no transplante renal: estudo retrospectivo |
author |
Hirata,Eunice Sizue |
author_facet |
Hirata,Eunice Sizue Baghin,Maria Fernanda Pereira,Rosa Inês Costa Alves Filho,Gentil Udelsmann,Artur |
author_role |
author |
author2 |
Baghin,Maria Fernanda Pereira,Rosa Inês Costa Alves Filho,Gentil Udelsmann,Artur |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Hirata,Eunice Sizue Baghin,Maria Fernanda Pereira,Rosa Inês Costa Alves Filho,Gentil Udelsmann,Artur |
dc.subject.por.fl_str_mv |
CIRURGIA, Urológica/transplante renal COMPLICAÇÕES/hemodinâmicas COMPLICAÇÕES/função imediata do enxerto COMPLICAÇÕES/diurese |
topic |
CIRURGIA, Urológica/transplante renal COMPLICAÇÕES/hemodinâmicas COMPLICAÇÕES/função imediata do enxerto COMPLICAÇÕES/diurese |
description |
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Sucesso no transplante renal (Tx) depende do tipo de doador, da duração da isquemia fria e de parâmetros hemodinâmicos na reperfusão. O objetivo desta pesquisa foi analisar a técnica anestésica, a incidência de alterações cardiovasculares e a ocorrência de diurese no período perioperatório dos Tx realizados na UNICAMP. MÉTODO: Avaliou-se retrospectivamente Tx de adultos realizados entre janeiro de 2005 e abril de 2006. Consideraram-se dados demográficos, exames laboratoriais pré-operatórios, técnicas e agentes anestésicos, hidratação, parâmetros hemodinâmicos, emprego de aminas vasoativas, presença de diurese e complicações intra-operatórias, com análise comparativa entre os subgrupos formados conforme a técnica anestésica empregada. Foram usados na análise estatística o teste t de Student (paramétricos), Mann-Whitney (não paramétricos), teste do Qui-quadrado e Exato de Fisher para comparação de proporções e análise multivariada. RESULTADOS: Estudaram-se 92 pacientes, 59 com anestesia geral (AG) e 33 anestesia geral associada à peridural (AG + Peri), 42 receberam rim de doadores vivos e 50 de falecidos. Não houve diferença (p > 0,05) na maioria dos parâmetros pré-operatórios estudados, exceção feita à origem do enxerto (82% AG + Peri receberam rins de doador falecido). A alteração cardiovascular mais frequente foi hipotensão arterial (30% AG e 48% AG + Peri, p < 0,05). Regime de hidratação não diferiu entre os grupos (86,7 ± 30,2 mL.kg-1 AG e 94,8 ± 21,8 mL.kg-1 AG+Peri, p = 0,38). Enxerto de doador falecido correlacionou-se a maior instabilidade hemodinâmica e pior prognóstico para função imediata do enxerto, p < 0,01 e 0,01, respectivamente. Volume de hidratação de 80 mL.kg-1 associou-se à diurese (OR = 2,94, IC95% 1,00-8,32). CONCLUSÕES: A técnica anestésica empregada foi anestesia geral, associada ou não à peridural. Alteração hemodinâmica mais comum foi hipotensão arterial. Mostraram-se benéficos em relação à diurese ser receptor de doador vivo e receber hidratação de 80 mL.kg-1 de solução fisiológica a 0,9%. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-04-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000200004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000200004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0034-70942009000200004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Anestesiologia v.59 n.2 2009 reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) instacron:SBA |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) |
instacron_str |
SBA |
institution |
SBA |
reponame_str |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sba2000@openlink.com.br |
_version_ |
1752126626362032128 |