Anestesia tópica associada à sedação para facoemulsificação: experiência com 312 pacientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bertrand,Romero Henrique Carvalho
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Garcia,João Batista Santos, Oliveira,Caio Márcio Barros de, Bertrand,Adriana Leite Xavier
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000100004
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A anestesia tópica vem ganhando espaço nas operações de catarata, sobretudo após os avanços advindos com a técnica de facoemulsificação. O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia da anestesia tópica associada à sedação para operações de catarata por facoemulsificação. MÉTODO: Estudo prospectivo de 312 pacientes, ASA I e II, com idades entre 41 e 89 anos. Foi realizada a facoemulsificação sob anestesia tópica (cinco minutos antes da operação, por gotejamento com proximetacaína a 0,5%) associada à sedação (midazolam, 1 mg, por via venosa, administrado 15 minutos antes da operação). Alfentanil em bolus de 125 µg por via venosa foi administrado sob demanda. Variáveis como dor no intra-operatório, consumo de alfentanil, efeitos colaterais, tempo de recupe\ração e nível de satisfação do paciente foram analisados. RESULTADOS: No período intra-operatório foram observados oito (2,6%) casos de bradicardia, quatro (1,3%) de edema epitelial, dois (0,65%) de náuseas e duas (0,65%) rupturas de cápsula posterior. No pós-operatório foram observados 15 (4,8%) casos de náuseas, seis (1,9%) casos de tonturas, dois (0,65%) casos de vômitos e um (0,32%) caso de bradicardia. O tempo médio de recuperação pós-operatória foi de 21,77 minutos. O consumo de alfentanil variou entre 125 µg e 1.250 µg, com um consumo médio de 537 µg. Trezentos (96,2%) pacientes classificaram a técnica anestésica como boa e 12 (3,8%) pacientes classificaram como regular. Quarenta e dois pacientes relataram dor em algum momento da operação e quatro (1,3%) pacientes disseram que caso necessitassem realizar um novo procedimento de facoemulsificação não gostariam de ser submetidos à mesma técnica anestésica. CONCLUSÕES: A anestesia tópica com sedação em pacientes submetidos a operações de catarata por facoemulsificação, neste estudo, demonstrou eficácia, fácil aplicação e complicações mínimas.
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