Influência do sevoflurano e do isoflurano na recuperação do bloqueio neuromuscular produzido pelo cisatracúrio
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942002000500001 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os efeitos dos agentes bloqueadores neuromusculares sobre a junção neuromuscular são aumentados pelos anestésicos voláteis. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do sevoflurano e do isoflurano na recuperação do bloqueio neuromuscular produzido pelo cisatracúrio. MÉTODO: Foram estudados 90 pacientes, estado físico ASA I e II, submetidos à cirurgias eletivas sob anestesia geral, distribuídos em três grupos: Grupo I (sevoflurano), Grupo II (isoflurano) e Grupo III (propofol). Todos os pacientes receberam como medicação pré-anestésica, midazolam (0,1 mg.kg-1) por via muscular, 30 minutos antes da cirurgia. A indução anestésica foi obtida com alfentanil (50 µg.kg-1), propofol (2,5 mg.kg-1) e cisatracúrio (0,15 mg.kg-1). Os pacientes foram ventilados com oxigênio a 100% sob máscara até o desaparecimento das quatro respostas a SQE, quando foram realizadas as manobras de laringoscopia e intubação traqueal. Os agente voláteis para a manutenção da anestesia foram introduzidos logo após a intubação traqueal e empregados nas concentrações de 2% e 1%, respectivamente para o sevoflurano e isoflurano, e o propofol em infusão contínua (7 a 10 mg.kg-1.h-1). Em todos os pacientes empregou-se a mistura de oxigênio e óxido nitroso a 50%. A função neuromuscular foi monitorizada por aceleromiografia do músculo adutor do polegar, empregando-se a SQE a cada 15 segundos. Foram avaliados: a duração clínica do bloqueio neuromuscular (T1(25%)) e o índice de recuperação (IR= T1(25-75%)). RESULTADOS: Os tempos médios e desvios padrão para a duração clínica (T1(25%)) e índice de recuperação (IR = T1(25-75%)) foram respectivamente: Grupo I (66,2 ± 13,42 min e 23,6 ± 5,02 min), Grupo II (54,4 ± 6,58 min e 14,9 ± 3,82 min) e Grupo III (47,2 ± 7,43 min e 16,2 ± 2,93 min). Em relação à duração clínica houve diferença significante entre os grupos I e II, I e III, e II e III. Para o índice de recuperação houve diferença significante entre o grupo I e os demais grupos. CONCLUSÕES: A recuperação do bloqueio neuromuscular produzido pelo cisatracúrio foi mais lenta durante a anestesia com os agentes voláteis do que com o propofol, sendo o efeito mais pronunciado com o sevoflurano. |
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Influência do sevoflurano e do isoflurano na recuperação do bloqueio neuromuscular produzido pelo cisatracúrioANESTÉSICOS/VolátilANESTÉSICOS/isofluranoANESTÉSICOS/sevofluranoBLOQUEADORES NEUROMUSCULARES/Não despolarizantesBLOQUEADORES NEUROMUSCULARES/cisatracúrioMONITORIZAÇÃO/aceleromiografiaJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os efeitos dos agentes bloqueadores neuromusculares sobre a junção neuromuscular são aumentados pelos anestésicos voláteis. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do sevoflurano e do isoflurano na recuperação do bloqueio neuromuscular produzido pelo cisatracúrio. MÉTODO: Foram estudados 90 pacientes, estado físico ASA I e II, submetidos à cirurgias eletivas sob anestesia geral, distribuídos em três grupos: Grupo I (sevoflurano), Grupo II (isoflurano) e Grupo III (propofol). Todos os pacientes receberam como medicação pré-anestésica, midazolam (0,1 mg.kg-1) por via muscular, 30 minutos antes da cirurgia. A indução anestésica foi obtida com alfentanil (50 µg.kg-1), propofol (2,5 mg.kg-1) e cisatracúrio (0,15 mg.kg-1). Os pacientes foram ventilados com oxigênio a 100% sob máscara até o desaparecimento das quatro respostas a SQE, quando foram realizadas as manobras de laringoscopia e intubação traqueal. Os agente voláteis para a manutenção da anestesia foram introduzidos logo após a intubação traqueal e empregados nas concentrações de 2% e 1%, respectivamente para o sevoflurano e isoflurano, e o propofol em infusão contínua (7 a 10 mg.kg-1.h-1). Em todos os pacientes empregou-se a mistura de oxigênio e óxido nitroso a 50%. A função neuromuscular foi monitorizada por aceleromiografia do músculo adutor do polegar, empregando-se a SQE a cada 15 segundos. Foram avaliados: a duração clínica do bloqueio neuromuscular (T1(25%)) e o índice de recuperação (IR= T1(25-75%)). RESULTADOS: Os tempos médios e desvios padrão para a duração clínica (T1(25%)) e índice de recuperação (IR = T1(25-75%)) foram respectivamente: Grupo I (66,2 ± 13,42 min e 23,6 ± 5,02 min), Grupo II (54,4 ± 6,58 min e 14,9 ± 3,82 min) e Grupo III (47,2 ± 7,43 min e 16,2 ± 2,93 min). Em relação à duração clínica houve diferença significante entre os grupos I e II, I e III, e II e III. Para o índice de recuperação houve diferença significante entre o grupo I e os demais grupos. CONCLUSÕES: A recuperação do bloqueio neuromuscular produzido pelo cisatracúrio foi mais lenta durante a anestesia com os agentes voláteis do que com o propofol, sendo o efeito mais pronunciado com o sevoflurano.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2002-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942002000500001Revista Brasileira de Anestesiologia v.52 n.5 2002reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942002000500001info:eu-repo/semantics/openAccessBraga,Angélica de Fátima de AssunçãoBraga,Franklin Sarmento da SilvaPotério,Glória Maria BragaCremonesi,EugesseMauro,Gislainepor2003-04-15T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942002000500001Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2003-04-15T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false |
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