Influência da dexmedetomidina na concentração expirada do sevoflurano: avaliação pelo índice bispectral, taxa de supressão e análise espectral da potência do eletroencefalograma
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942002000200001 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dexmedetomidina, um alfa2-agonista adrenérgico, tem sido descrita como capaz de reduzir o consumo tanto de agentes venosos como inalatórios. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da dexmedetomidina na concentração expirada (CE) do sevoflurano, com monitorização da profundidade da anestesia. MÉTODO: Participaram do estudo 40 pacientes do sexo feminino, estado físico ASA I, submetidas à laparoscopia ginecológica sob anestesia geral mantida com sevoflurano, divididas aleatoriamente em dois grupos: Grupo I (20): sem dexmedetomidina, e Grupo II (20): com dexmedetomidina em infusão contínua no seguinte esquema: Fase rápida (1 µg.kg-1 em 10 minutos), 10 minutos antes da indução da anestesia, seguida por uma fase de manutenção (0,4 µg.kg-1.h-1) até o final da cirurgia. Foram analisados os seguintes parâmetros: PA, FC, BIS, SEF 95%, amplitude relativa na freqüência de banda delta (delta %), taxa de supressão (TS), rSO2, CE, SpO2 e P ET CO2, nos seguintes momentos: M1 - antes da infusão da dexmedetomidina ou solução fisiológica a 0,9%, M2: antes da intubação traqueal (IT), M3: após a IT, M4: antes da incisão, M5: após a incisão, M6: antes da insuflação do CO2, M7: após a insuflação de CO2, M8: 10 minutos após a insuflação de CO2, M9: 10 min após M8, M10: 20 min após M8, M11: 30 min após M8, M12: 40 min após M8 e M13: ao despertar. Anotamos também o tempo de despertar e de alta hospitalar. RESULTADOS: A dexmedetomidina reduziu a concentração expirada de sevoflurano de M4 até M13 (p<0,05), comparando-se GI e GII. Não foram observadas mudanças clinicamente significativas nos parâmetros hemodinâmicos. O tempo de despertar no GI foi 11 ± 0,91 minutos e no GII foi 6,35 ± 0,93 minutos (p < 0,05). O tempo de alta hospitalar no GI foi 7,45 ± 0,69 horas e no GII foi 8,37 ± 0,88 horas (p < 0,05). CONCLUSÕES: A dexmedetomidina é efetiva em reduzir a concentração expirada do sevoflurano, mantendo estabilidade hemodinâmica, sem comprometer o tempo de alta hospitalar, além de promover um despertar mais precoce. |
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