Comparação da qualidade do bloqueio oftálmico periconal com ropivacaína a 1% e 0,75% com punção os pontos infraorbitário lateral e medial da órbita
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942002000600004 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: São diversos os fármacos empregados e diversas as vias de abordagem da região peribulbar. Nosso objetivo foi investigar a qualidade do bloqueio oftálmico periconal, através de dois pontos de punção, utilizando ropivacaína em diferentes concentrações, sem adição de hialuronidase. MÉTODO: Foram estudados 50 pacientes submetidos à cirurgia oftalmológica, distribuídos aleatoriamente em dois grupos: R1 (Ropivacaína a 1%) e R0,75 (Ropivacaína a 0,75%). O volume de anestésico local injetado foi ajustado conforme a tolerância e distensibilidade do espaço periconal no ponto infraorbitário e, se necessário, um volume adicional de até 3 ml no compartimento periconal medial da órbita. Escores de motilidade foram atribuídos a cada músculo reto. Foi avaliado também o grau de bloqueio motor dos músculos elevador da pálpebra superior e orbicular ocular. Os dados foram avaliados nos seguintes momentos: M0 = imediatamente antes de realizar o bloqueio; M5 = 5 minutos após o bloqueio; M10 = 10 minutos após o bloqueio; e M15 = 15 minutos após o bloqueio. RESULTADOS: Dois pacientes do grupo R1 e oito pacientes no grupo R0,75 necessitaram complementação, sendo esta diferença significativa. Em 72% dos casos, em ambos os grupos, foram realizadas somente as duas punções iniciais. O volume total de anestésico e o volume empregado na primeira punção foram respectivamente, no grupo R1: 9,72 ± 2,38 ml e 6,96 ± 0,97 ml e no grupo R0,75: 12,64 ± 5,10 ml e 7,36 ± 1,07 ml, apresentando também diferença significativa. Houve diferença significativa dos escores de motricidade nos momentos M10(R1 = 1,6; R0,75 = 3,8) e M15(R1 = 1,04; R0,75 = 2,8). CONCLUSÕES: Concluímos que a ropivacaína a 1% mostrou-se mais eficiente do que a ropivacaína a 0,75% quando utilizadas sem hialuronidase para realização de bloqueios oftálmicos periconais pelas técnicas apresentadas. Houve uma tendência a um menor número de punções com a ropivacaína a 1%, e um número significativamente menor de pacientes necessitou de complementação neste mesmo grupo. |
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