Alterações hemodinâmicas durante a revascularização do miocárdio sem utilização de circulação extracorpórea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kim,Silvia Minhye
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Malbouisson,Luiz Marcelo Sá, Auler Jr,José Otávio Costa, Carmona,Maria José Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942011000400005
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O posicionamento e a estabilização cardíaca durante a revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea (CEC) podem causar alterações hemodinâmicas de acordo com o local abordado. O objetivo deste estudo foi avaliar essas alterações durante a realização das anastomoses coronarianas distais. MÉTODOS: Vinte pacientes adultos submetidos à revascularização do miocárdio sem CEC receberam monitoração com cateter de artéria pulmonar e ecodoppler transesofágico. Os dados hemodinâmicos foram coletados: (1) após ajustes volêmicos, (2) no início das anastomoses distais e (3) após 5 minutos, antes da remoção do estabilizador de parede. As coronárias tratadas foram agrupadas segundo sua localização: na parede lateral, anterior ou posterior. Realizaram-se ANOVA de duplo fator com repetição e pós-teste de Newman-Keuls. Considerou-se significativo p inferior a 0,05. RESULTADOS: Durante a revascularização do miocárdio sem CEC, a pressão de oclusão de artéria pulmonar elevou-se de 17,7 ± 6,1 para 19,2 ± 6,5 (p < 0,001) e 19,4 ± 5,9 mmHg (p < 0,001), enquanto a pressão venosa central de 13,9 ± 5,4 subiu para 14,9 ± 5,9 (p = 0,007) e 15,1 ± 6,0 mmHg (p = 0,006). O débito cardíaco intermitente sofreu redução de 4,70 ± 1,43 para 4,23 ± 1,22 (p < 0,001) e 4,26 ± 1,27 L.min-1 (p < 0,001). Houve interação grupo-tempo significativa no débito cardíaco obtido por Doppler transesofágico, que sofreu redução no grupo lateral de 4,08 ± 1,99 para 2,84 ± 1,81 (p = 0,02) e 2,86 ± 1,73 L.min-1 (p = 0,02), e no fluxo sanguíneo aórtico, de 2,85 ± 1,39 para 1,99 ± 1,26 (p = 0,02) e 2,00 ± 1,21 L.min-1 (p = 0,02). Não se observaram outras alterações hemodinâmicas durante as anastomoses. CONCLUSÕES: Houve deterioração hemodinâmica significativa durante a revascularização do miocárdio sem CEC. Com o Doppler transesofágico detectou-se redução do débito cardíaco apenas no grupo lateral.
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