O tempo e a anestesia obstétrica: da cosmologia caótica à cronobiologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000500013 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Ciclos temporais (claro/escuro; nascer/morrer, etc.) ao lado de condições ambientais (sincronizadores) influenciam a fisiologia do parto em função da existência de relógios endógenos (osciladores) que interagem com pistas sociais diuturnas. Nesta revisão foram ordenados os parâmetros anestésico-obstétricos cíclicos mais importantes no atendimento à parturiente. CONTEÚDO: Análise cronobiológica dos principais eventos da fisiopatologia obstétrica da Mulier sapiens: I) Período da embriogênese - risco de teratogênese; II) Da prematuridade ao pósdatismo: do parto eutócico à cerclagem uterina; III) A noite e o parto: maior incidência noturna do parto (facilitação fisiológica) e diurna da cesariana (opção do obstetra); IV) A lua e o parto - resultado não conclusivo; V) plantão noturno na Anestesia Obstétrica: contingência profissional de mais riscos; VI) Tempos da cesariana: retirada fetal: tempo UD (uterotomy - delivery) o mais curto possível; correção eficaz de hipotensão arterial e valorizar o tempo de jejum pré-anestésico; VII) Variação circadiana da distócia: dor; contração uterina; perda sanguínea; hipertensão arterial sistêmica (HAS); risco de alergia e asma brônquica. Na fase noturna há maior intensidade de contração e maiores riscos de hemorragia, de alergia e de asma. Em contraponto, há ausência de variação circadiana da HAS na eclâmpsia; VIII) Cronofarmacologia obstétrica: anestésicos locais, analgésicos, hipnóticos, anestésicos gerais e bloqueadores neuromusculares. A cronergia explica o pico analgésico matinal dos opioides, vespertino dos anestésicos locais e noturno dos anestésicos gerais inalatórios. CONCLUSÕES: A abordagem cronobiológica do atendimento anestésico ao parto na maternidade enfatiza a importância obstétrica da ritmicidade circadiana na humanização e segurança do parto. |
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O tempo e a anestesia obstétrica: da cosmologia caótica à cronobiologiaANESTESIA ObstétricaCIRURGIA, Obstétrica/cesarianaCRONOBIOLOGIA/reproduçãoCRONOBIOLOGIA/partoJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Ciclos temporais (claro/escuro; nascer/morrer, etc.) ao lado de condições ambientais (sincronizadores) influenciam a fisiologia do parto em função da existência de relógios endógenos (osciladores) que interagem com pistas sociais diuturnas. Nesta revisão foram ordenados os parâmetros anestésico-obstétricos cíclicos mais importantes no atendimento à parturiente. CONTEÚDO: Análise cronobiológica dos principais eventos da fisiopatologia obstétrica da Mulier sapiens: I) Período da embriogênese - risco de teratogênese; II) Da prematuridade ao pósdatismo: do parto eutócico à cerclagem uterina; III) A noite e o parto: maior incidência noturna do parto (facilitação fisiológica) e diurna da cesariana (opção do obstetra); IV) A lua e o parto - resultado não conclusivo; V) plantão noturno na Anestesia Obstétrica: contingência profissional de mais riscos; VI) Tempos da cesariana: retirada fetal: tempo UD (uterotomy - delivery) o mais curto possível; correção eficaz de hipotensão arterial e valorizar o tempo de jejum pré-anestésico; VII) Variação circadiana da distócia: dor; contração uterina; perda sanguínea; hipertensão arterial sistêmica (HAS); risco de alergia e asma brônquica. Na fase noturna há maior intensidade de contração e maiores riscos de hemorragia, de alergia e de asma. Em contraponto, há ausência de variação circadiana da HAS na eclâmpsia; VIII) Cronofarmacologia obstétrica: anestésicos locais, analgésicos, hipnóticos, anestésicos gerais e bloqueadores neuromusculares. A cronergia explica o pico analgésico matinal dos opioides, vespertino dos anestésicos locais e noturno dos anestésicos gerais inalatórios. CONCLUSÕES: A abordagem cronobiológica do atendimento anestésico ao parto na maternidade enfatiza a importância obstétrica da ritmicidade circadiana na humanização e segurança do parto.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2009-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000500013Revista Brasileira de Anestesiologia v.59 n.5 2009reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942009000500013info:eu-repo/semantics/openAccessVale,Nilton Bezerra doVale,Lúcio Flávio Bezerra doCruz,José Rômulopor2009-09-22T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942009000500013Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2009-09-22T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false |
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