Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942011000400010 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A Arterite de Takayasu (AT) é uma doença idiopática, crônica, inflamatória e progressiva que causa estreitamento, oclusão e aneurismas das artérias sistêmicas e pulmonares, afetando principalmente a aorta e seus ramos. Durante a gestação deve-se estar atento à condução dessas pacientes. O objetivo foi relatar um caso de condução anestésica periparto de uma paciente com AT e fazer uma revisão da literatura. RELATO DE CASO: Gestante de 31 anos com troca de arco aórtico e prótese metálica em válvula aórtica por AT há 4 anos. A gestação prosseguiu sem complicações e a paciente foi internada com 34 semanas para adequação da anticoagulação. Realizou-se cesariana eletiva com 39 semanas de gestação com anestesia peridural contínua. Doses fracionadas de anestésico local foram administradas para garantir a instalação lenta do bloqueio. Paciente permaneceu estável hemodinamicamente e foi encaminhada para pós-operatório na UTI. CONCLUSÕES: Muitas complicações podem ocorrer na gestante com AT. Avaliação cuidadosa da paciente, tratamento das complicações da AT e planejamento anestésico cirúrgico são fundamentais. Manutenção da perfusão orgânica é a principal preocupação nessas pacientes e bloqueios neuroaxiais podem ser utilizados sem prejuízo para mãe ou recém-nato. Na paciente com as complicações da AT compensadas, a monitoração não difere da utilizada rotineiramente em cesarianas. Anestesia peridural contínua de instalação lenta mantém a estabilidade hemodinâmica e permite monitorar a perfusão cerebral através do nível de consciência da gestante. Para evitar hipoperfusão orgânica ou complicações hipertensivas no pós-operatório, a paciente deve permanecer monitorada em unidade intensiva ou semi-intensiva por 24 horas. |
id |
SBA-1_fc63ffb855b076e0d6973a83021c2323 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0034-70942011000400010 |
network_acronym_str |
SBA-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literaturaANESTESIA/ObstétricaCIRURGIA/CesáreaDOENÇAS/CardíacaDOENÇAS/VascularJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A Arterite de Takayasu (AT) é uma doença idiopática, crônica, inflamatória e progressiva que causa estreitamento, oclusão e aneurismas das artérias sistêmicas e pulmonares, afetando principalmente a aorta e seus ramos. Durante a gestação deve-se estar atento à condução dessas pacientes. O objetivo foi relatar um caso de condução anestésica periparto de uma paciente com AT e fazer uma revisão da literatura. RELATO DE CASO: Gestante de 31 anos com troca de arco aórtico e prótese metálica em válvula aórtica por AT há 4 anos. A gestação prosseguiu sem complicações e a paciente foi internada com 34 semanas para adequação da anticoagulação. Realizou-se cesariana eletiva com 39 semanas de gestação com anestesia peridural contínua. Doses fracionadas de anestésico local foram administradas para garantir a instalação lenta do bloqueio. Paciente permaneceu estável hemodinamicamente e foi encaminhada para pós-operatório na UTI. CONCLUSÕES: Muitas complicações podem ocorrer na gestante com AT. Avaliação cuidadosa da paciente, tratamento das complicações da AT e planejamento anestésico cirúrgico são fundamentais. Manutenção da perfusão orgânica é a principal preocupação nessas pacientes e bloqueios neuroaxiais podem ser utilizados sem prejuízo para mãe ou recém-nato. Na paciente com as complicações da AT compensadas, a monitoração não difere da utilizada rotineiramente em cesarianas. Anestesia peridural contínua de instalação lenta mantém a estabilidade hemodinâmica e permite monitorar a perfusão cerebral através do nível de consciência da gestante. Para evitar hipoperfusão orgânica ou complicações hipertensivas no pós-operatório, a paciente deve permanecer monitorada em unidade intensiva ou semi-intensiva por 24 horas.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2011-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942011000400010Revista Brasileira de Anestesiologia v.61 n.4 2011reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942011000400010info:eu-repo/semantics/openAccessLeal,Plínio da CunhaSilveira,Fernanda Fabrízia MartinsSadatsune,Eduardo JunClivatti,JeffersonYamashita,Américo Masafunipor2011-07-07T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942011000400010Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2011-07-07T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura |
title |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura |
spellingShingle |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura Leal,Plínio da Cunha ANESTESIA/Obstétrica CIRURGIA/Cesárea DOENÇAS/Cardíaca DOENÇAS/Vascular |
title_short |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura |
title_full |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura |
title_fullStr |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura |
title_full_unstemmed |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura |
title_sort |
Arterite de Takayasu na gestação: relato de caso e revisão de literatura |
author |
Leal,Plínio da Cunha |
author_facet |
Leal,Plínio da Cunha Silveira,Fernanda Fabrízia Martins Sadatsune,Eduardo Jun Clivatti,Jefferson Yamashita,Américo Masafuni |
author_role |
author |
author2 |
Silveira,Fernanda Fabrízia Martins Sadatsune,Eduardo Jun Clivatti,Jefferson Yamashita,Américo Masafuni |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Leal,Plínio da Cunha Silveira,Fernanda Fabrízia Martins Sadatsune,Eduardo Jun Clivatti,Jefferson Yamashita,Américo Masafuni |
dc.subject.por.fl_str_mv |
ANESTESIA/Obstétrica CIRURGIA/Cesárea DOENÇAS/Cardíaca DOENÇAS/Vascular |
topic |
ANESTESIA/Obstétrica CIRURGIA/Cesárea DOENÇAS/Cardíaca DOENÇAS/Vascular |
description |
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A Arterite de Takayasu (AT) é uma doença idiopática, crônica, inflamatória e progressiva que causa estreitamento, oclusão e aneurismas das artérias sistêmicas e pulmonares, afetando principalmente a aorta e seus ramos. Durante a gestação deve-se estar atento à condução dessas pacientes. O objetivo foi relatar um caso de condução anestésica periparto de uma paciente com AT e fazer uma revisão da literatura. RELATO DE CASO: Gestante de 31 anos com troca de arco aórtico e prótese metálica em válvula aórtica por AT há 4 anos. A gestação prosseguiu sem complicações e a paciente foi internada com 34 semanas para adequação da anticoagulação. Realizou-se cesariana eletiva com 39 semanas de gestação com anestesia peridural contínua. Doses fracionadas de anestésico local foram administradas para garantir a instalação lenta do bloqueio. Paciente permaneceu estável hemodinamicamente e foi encaminhada para pós-operatório na UTI. CONCLUSÕES: Muitas complicações podem ocorrer na gestante com AT. Avaliação cuidadosa da paciente, tratamento das complicações da AT e planejamento anestésico cirúrgico são fundamentais. Manutenção da perfusão orgânica é a principal preocupação nessas pacientes e bloqueios neuroaxiais podem ser utilizados sem prejuízo para mãe ou recém-nato. Na paciente com as complicações da AT compensadas, a monitoração não difere da utilizada rotineiramente em cesarianas. Anestesia peridural contínua de instalação lenta mantém a estabilidade hemodinâmica e permite monitorar a perfusão cerebral através do nível de consciência da gestante. Para evitar hipoperfusão orgânica ou complicações hipertensivas no pós-operatório, a paciente deve permanecer monitorada em unidade intensiva ou semi-intensiva por 24 horas. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-08-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942011000400010 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942011000400010 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0034-70942011000400010 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Anestesiologia v.61 n.4 2011 reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) instacron:SBA |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) |
instacron_str |
SBA |
institution |
SBA |
reponame_str |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sba2000@openlink.com.br |
_version_ |
1752126627218718720 |