Acesso venoso trans-hepático percutâneo para hemodiálise: uma alternativa para pacientes portadores de insuficiência renal crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Motta-Leal-Filho,Joaquim Maurício da
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Carnevale,Francisco Cesar, Nasser,Felipe, Sousa Junior,Wilson de Oliveira, Zurstrassen,Charles Edouard, Moreira,Airton Mota, Affonso,Breno Boueri, Cerri,Giovanni Guido
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Vascular Brasileiro (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492010000300006
Resumo: CONTEXTO: Acesso venoso trans-hepático percutâneo para hemodiálise é uma opção para pacientes que já exauriram acessos venosos tradicionais. OBJETIVO: Apresentar uma série de casos que demonstram a factibilidade e a funcionalidade da implantação dos cateteres semi-implantáveis por meio de acesso venoso trans-hepático percutâneo em pacientes sem possibilidades de outros acessos. MÉTODOS: Análise observacional retrospectiva dos prontuários de seis pacientes que foram submetidos à implantação de nove cateteres trans-hepáticos percutâneos para hemodiálise. Os cateteres foram implantados na ausência de acessos venosos periféricos disponíveis. No seguimento dos pacientes, procurou-se avaliar: sucesso técnico do procedimento, taxa de complicação, taxa de infecção e patência do acesso. RESULTADOS: Quatro homens e duas mulheres com idades entre 31 e 85 anos (média: 55 anos). Sucesso técnico obtido em 100%. A média de duração dos cateteres foi de 300,5 dias (2 a 814 dias). Médias de patência primária e secundária foram de 179,60 e 328,33 dias, respectivamente. Taxa de trombose dos cateteres foi de 0,05 por 100 cateteres-dias, assim como a taxa de infecção. Houve três complicações precoces (30 primeiros dias de implantação dos cateteres): dois deslocamentos dos cateteres e uma infecção. Duas complicações tardias foram observadas: uma trombose e uma migração. Três pacientes (50%) tiveram que trocar seus cateteres. Taxa de mortalidade em 30 dias foi de 33%, porém não relacionada ao procedimento. CONCLUSÃO: Implantação do cateter para hemodiálise por meio do acesso venoso trans-hepático percutâneo parece ser uma técnica segura, porém a utilização desse acesso deve ser aplicada somente em casos de esgotamento de outros acessos vasculares profundos.
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