Cateterização profilática de artérias uterinas com oclusão temporária do fluxo sanguíneo em pacientes de alto risco para hemorragia puerperal: é uma técnica segura?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brandão,Alexandre Malta
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Raymundo,Selma Regina de Oliveira, Miquelin,Daniel Gustavo, Miquelin,André Rodrigo, Reis Neto,Fernando, Silva,Gabriela Leopoldino da, Galão,Heloisa Aparecida, Veloso,Maria Lucia Luiz Barcelos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Vascular Brasileiro (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492019000100310
Resumo: Resumo Contexto A placenta acreta é um importante causa de morbimortalidade materna, sendo responsável por aproximadamente 64% dos casos de histerectomia de urgência e em torno de 2/3 dos casos de sangramento puerperal. Objetivos Descrever uma série de casos de cateterização uterina profilática para evitar sangramento significativo no pós-parto ou durante parto cesárea em gestantes com diagnóstico prévio de acretismo. Métodos Foi realizada uma análise retrospectiva de prontuários dos casos de cateterização da artéria uterina durante cesarianas eletivas ou de urgência em pacientes com alto risco de sangramento puerperal. Resultados O procedimento foi realizado em 14 pacientes. O tempo médio do procedimento cirúrgico e da internação foi de 214,64 minutos (± 42,16) e 7 dias, respectivamente. Todas as pacientes foram submetidas a histerectomia por indicação obstétrica. Nenhuma paciente necessitou de embolização. Não houve sangramento ou necessidade de reabordagem em nenhuma paciente e nenhuma complicação relacionada à punção. Houve apenas um caso de morte fetal e nenhuma morte materna. Conclusões Neste estudo, a cateterização profilática de artérias uterinas com oclusão temporária do fluxo sanguíneo demonstrou ser uma técnica segura, pois apresentou baixa mortalidade fetal, baixa necessidade de hemotransfusão, e nenhuma morte materna. Portanto, pode ser considerada uma estratégia terapêutica importante e eficaz para a diminuição da morbimortalidade materna, especialmente em gestantes com implantação placentária anômala. Além disso, a possibilidade de preservação uterina com o uso do método traz excelente contribuição na terapêutica nesse grupo de pacientes. Entretanto, são necessários ensaios clínicos randomizados para avaliar a eficácia do uso rotineiro da técnica.
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