Tratamento endovascular da estenose da artéria renal em rim único

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guillaumon,Ana Terezinha
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Rocha,Eduardo Faccini, Medeiros,Charles Angotti Furtado de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Vascular Brasileiro (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492008000200003
Resumo: CONTEXTO: O tratamento endovascular da doença renal hipertensiva, em doentes com rim único, conseqüente à estenose de artéria renal, mostrou ser efetivo na prevenção da falência do órgão, sua função e controle da hipertensão. Quando indicado após avaliação criteriosa, tanto bioquímica como por imagens e sinais do doente, o tratamento endovascular apresenta benefícios clínicos de forma efetiva e pouco invasiva. OBJETIVO: Estudar a doença hipertensiva renovascular e avaliar a eficácia do tratamento endovascular no controle da hipertensão arterial sistêmica e da insuficiência renal secundárias à estenose da artéria renal e como medida de prevenção de falência renal em doentes com rim único funcionante. MÉTODO: Estudo realizado com protocolo de atendimento previamente elaborado, no Centro de Referência de Alta Complexidade em Cirurgia Endovascular do Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas, de abril de 1997 a junho de 2005, em 10 doentes com diagnóstico de estenose da artéria renal em rim único funcionante, submetidos ao tratamento endovascular. Foi avaliada a melhora da hipertensão e função renal através de seguimento clínico e laboratorial com medidas de pressão arterial, dosagens séricas de uréia, creatinina e clearance. Exames pelo eco-color-Doppler foram realizados no pós-operatório de 30 dias, 3 meses, 6 meses e anualmente; no caso de haver alguma dúvida na obtenção de imagens ou sinais, foi realizada a aortografia e arteriografia seletiva renal. Nesta casuística, 90% dos doentes apresentavam hipertensão arterial, 70% eram tabagistas, 40%, hiperlipidêmicos, 30% apresentavam doença oclusiva cerebral extracraniana, 60%, obstrução arterial crônica nos membros inferiores, e 20%, diabetes melito. RESULTADOS: O sucesso inicial foi de 100%. O seguimento médio foi de 40 meses. Houve controle da pressão arterial em 90%, diminuição significativa dos níveis de uréia e creatinina após procedimento e piora do quadro de hipertensão em 10%. CONCLUSÃO: O tratamento endovascular da estenose da artéria renal é uma técnica que apresenta benefícios clínicos no controle da hipertensão arterial, preserva a função renal e desacelera a progressão da insuficiência renal crônica de origem renovascular, porém sem melhora desta.
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