Variações florísticas e estruturais do componente arbóreo de uma floresta ombrófila alto-montana às margens do rio Grande, Bocaina de Minas, MG, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Douglas Antônio de
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Oliveira-Filho,Ary Teixeira de, van den Berg,Eduardo, Fontes,Marco Aurélio Leite, Vilela,Enivanis de Abreu, Marques,João José Granate de Sá e Melo, Carvalho,Warley Augusto Caldas
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Botanica Brasilica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062005000100010
Resumo: Realizou-se o levantamento da comunidade arbórea de uma floresta ombrófila alto-montana situada nas vertentes interiores do maciço do Itatiaia, em Bocaina de Minas, MG (22º13'S; 44º34'W, altitude 1.210 a 1.360m), com o propósito de avaliar as correlações entre variações estruturais e variáveis ambientais relacionadas ao substrato. Foram analisados aspectos da estrutura fisionômica (densidade, área basal e distribuição de tamanhos das árvores) e comunitária (composição, distribuição e diversidade de espécies). Foram alocadas 26 parcelas de 20×20m para amostragem dos indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito (DAP) > 5cm, onde também foram coletados dados topográficos e amostras de solo superficial para análises químicas e texturais. Foram registrados 2.574 indivíduos, 221 espécies, 120 gêneros e 54 famílias, bem como três subgrupos de solos: Latossolos Amarelos, Latossolos Vermelho-Amarelos e Latossolos Vermelhos, distribuídos seqüencialmente da baixa para a alta encosta. A comunidade arbórea correspondeu ao perfil florístico e fisionômico das florestas alto-montanas do Sudeste brasileiro, diferenciando daquelas de menores altitudes da mesma região. Uma análise de correspondência canônica detectou um gradiente de distribuição das espécies arbóreas significativamente correlacionado com variações do substrato ao longo da encosta do morro. Houve ainda variações significativas entre os três habitats de solo quanto à diversidade de espécies, mas não para a densidade e área basal das árvores e para as distribuições de altura e diâmetro. O regime de água no solo foi provavelmente a variável ambiental chave, relacionada com as variações florísticas e estruturais da floresta.
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