Germinação e crescimento de Calophyllum brasiliense (Clusiaceae), uma espécie típica de florestas inundadas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Acta Botanica Brasilica |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062000000100010 |
Resumo: | A saturação hídrica do solo e a conseqüente diminuição na quantidade de oxigênio disponível para o sistema radicular selecionaram, ao longo do processo evolutivo, plantas capazes de sobreviverem à inundação sazonal ou permanente. Nas espécies neotropicais as adaptações que permitem suportar este estresse são bastante diversificadas. Neste trabalho foram estudados a germinação das sementes e o crescimento inicial das plantas de Calophyllum brasiliense, em condições de hipoxia. As sementes de C brasiliense não são fotoblásticas, sobrevivem ao menos três meses submersas, mas germinam apenas em solo bem drenado. A inundação não inibe o crescimento da planta. Não houve mudanças morfológicas na parte aérea das plantas, mas a substituição das raízes formadas no período pré-inundação por um sistema radicular eficiente talvez seja o principal motivo que permita o crescimento normal das plantas em áreas inundadas. Ao contrário de algumas espécies de locais sujeitos ao alagamento, cujas plantas têm o crescimento inibido pelo estresse, o ciclo de vida de C brasiliense está adaptado à inundação temporária ou permanente. A diversificação da forma de dispersão, a indiferença em relação à luz e a capacidade de sobreviver e crescer em solo inundado são características que contribuem para a ampla distribuição geográfica da espécie, sempre associada a áreas alagáveis. |
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