Dispersão de sementes de Melocactus glaucescens e M. paucispinus (Cactaceae), no Município de Morro do Chapéu, Chapada Diamantina - BA
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Acta Botanica Brasilica |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062012000200024 |
Resumo: | Objetivou-se identificar os dispersores de duas espécies de Melocactus, verificar o padrão de liberação dos frutos, correlacionando-o com a remoção por frugívoros e variação térmica do cefálio, bem como caracterizar a distribuição espacial. Para tanto, foram realizadas observações focais, testes de germinação, registros da emergência, extrusão e remoção de frutos, da temperatura do cefálio, de interações formigas-diásporos e distribuição espacial. Lagartos (2 espécies) e formigas (3 espécies) foram os dispersores das espécies estudadas. A dormência das sementes não foi quebrada pela passagem pelo trato digestivo dos lagartos. As maiores taxas de remoção dos frutos pelos lagartos ocorreram nas horas centrais do dia, coincidindo ou sendo posterior aos picos de extrusão. As taxas de emergência e extrusão foram mais intensas pela manhã, o que aumentou as chances de remoção dos frutos no dia da liberação, evitando dissecação e predação. Não houve correlação entre a liberação dos frutos e a variação térmica do cefálio. O desenvolvimento do fruto gera tensão nas fibras do cefálio que promove sua emergência ou expulsão. A expulsão de frutos emergidos pode ser auxiliada pela dilatação das fibras em resposta ao aquecimento, tensão da união das fibras na base e saída de outros frutos. A distribuição espacial dos indivíduos parece ser influenciada pelo comportamento dos dispersores. |
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Objetivou-se identificar os dispersores de duas espécies de Melocactus, verificar o padrão de liberação dos frutos, correlacionando-o com a remoção por frugívoros e variação térmica do cefálio, bem como caracterizar a distribuição espacial. Para tanto, foram realizadas observações focais, testes de germinação, registros da emergência, extrusão e remoção de frutos, da temperatura do cefálio, de interações formigas-diásporos e distribuição espacial. Lagartos (2 espécies) e formigas (3 espécies) foram os dispersores das espécies estudadas. A dormência das sementes não foi quebrada pela passagem pelo trato digestivo dos lagartos. As maiores taxas de remoção dos frutos pelos lagartos ocorreram nas horas centrais do dia, coincidindo ou sendo posterior aos picos de extrusão. As taxas de emergência e extrusão foram mais intensas pela manhã, o que aumentou as chances de remoção dos frutos no dia da liberação, evitando dissecação e predação. Não houve correlação entre a liberação dos frutos e a variação térmica do cefálio. O desenvolvimento do fruto gera tensão nas fibras do cefálio que promove sua emergência ou expulsão. A expulsão de frutos emergidos pode ser auxiliada pela dilatação das fibras em resposta ao aquecimento, tensão da união das fibras na base e saída de outros frutos. A distribuição espacial dos indivíduos parece ser influenciada pelo comportamento dos dispersores. |
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